09

994 110 39
                                    

✓ Pete Saengtham

— Já está na hora de voltar a trabalhar - Tay anunciou se sentando ao meu lado na mesa - não me leve a mal, mas já cansei de você aqui.

— Essa casa é minha, Tay Saengtham! - exclamei totalmente ofendido e ele riu pegando uma torrada com geleia de frutas vermelhas.

— Você já está uma semana em casa, Pe, Mac já está totalmente cem por cento, está até andando de um lado para o outro - suspirei olhando para o pequeno pimpolho que perambulava a sala de jantar, com um pouquinho de dificuldade, claro - volte para sua vida normal, sim?

— Sei que está me querendo fora para arrumar toda a festinha do Macau só - respondi e ele concordou plenamente - ok, vou voltar a trabalhar ainda hoje, querido.

— Ótimo, agora vá, vamos! - ele pegou minha bolsa e a jogou em mim, nem vi ele carregando aquela coisa - se despeça do Macau e suma, beijinhos.

— Está vendo filhote como seu papai é tratado? - resmunguei ficando na altura de Macau e ele sorriu - passei uma semana grudadinho do seu lado, agora o papai vai precisar ir, ok?

— Papa - ele pousou suas duas mãozinhas no meu rosto e sorriu mostrando seus novos dentinhos que estavam nascendo - bejo!

— Beijo - deixei um beijo demorado em sua bochecha e ele retribuiu me dando seu “bejo” especial - agora se comporte como o anjinho que você ée obedeça o tio Tay, tchauzinho meu bebê - o abracei novamente e me levantei relutante. Não quero o deixar ainda, mas preciso de mais dinheiro e fui expulso por algumas horas da minha própria casa.

Saí da residência e parti para a boate a pé mesmo, queria sentir a brisa fresca surrar a pele do meu rosto. Uma sensação única que eu precisava sentir a tempo — no caminho, avistei algumas famílias sorrindo com seus respectivos filhos e uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto, as vezes me pego imaginando como seria ter uma família completa, eu, meu filho e um outro pai para ele, já que o seu biológico não foi homem o suficiente para assumir sua responsabilidade como pai. Sequei aquela lágrima e balancei a cabeça rapidamente, afastando aqueles pensamentos malditos que pairavam em minha mente.

“Não seja bobo Pete, Macau não precisa de nenhum outro pai” murmurei para mim mesmo e levantei a cabeça, passando por ali sem olhar para os lados, apenas seguindo meu caminho.

[...]

— Oh Pete, chegou cedo - Liam, um dançarino na qual eu não era tão próximo murmurou ao me ver entrar na sala de ensaios - como vai?

— Bom dia - respondi deixando minhas coisas num canto e ajeitei o boné em minha cabeça - vou bem e você, Liam?

— Bem também, Pete - ele sorriu e voltou sua atenção para sua dança. Não posso negar, Liam executa seus movimentos de forma graciosa e totalmente limpa, ele sem dúvidas é um dos melhores dançarinos daqui, mas não tem seu devido reconhecimento.

Conectei meus fones de ouvido no celular e coloquei numa música qualquer, apenas para me alongar já que estou a uma semana sem subir num pole — alonguei meus braços, pernas, cabeça e as costas e troquei a música, colocando na que eu usaria para me apresentar hoje.

Escutei o som pela primeira vez apenas para me familiarizar com a melodia, depois retornei a música novamente e comecei a improvisar, ora dançando no chão, ora dançando no pole — felizmente tenho facilidade na questão do improviso e eu agradeço aos céus por isso.

Depois de alguns minutos, terminei a dança me curvando no pole enquanto levantava minha perna direita no ar, executando um passo em que a maioria ali tinha dificuldade.

Sexy Body || VegasPeteजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें