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Eu me soltei dos braços do Seojun e saí correndo para o banheiro da escola; minha cara estava vermelha de tanto chorar, e eu estava na escola. Aquilo me doía, meu coração doía; eu não sabia o que era a dor de um coração partido por alguém que realmente gostava. Amar o Han Seojun doía ainda mais, e eu pensava nisso enquanto me olhava no espelho da escola, implorando para que aquilo parasse e tudo voltasse ao normal. Eu nunca havia chorado tanto por ninguém desde o meu primeiro amor. Então, por que eu teria que chorar pelo Han Seojun? Aquilo era uma droga.
— Que droga! — Falei, me agachando no chão, sentindo as lágrimas caírem sobre o meu rosto e meu cabelo ficar molhado com as lágrimas que estavam caindo. Novamente me levantei, olhei-me no espelho, lavei o meu rosto e fiquei um tempo no banheiro. Saí quando o sinal tocou para saírem da escola. Caminhei normalmente até a sala e esbarrei em alguém, fazendo uma referência como pedido de desculpas. A pessoa me puxou para trás.
— Você está bem, Nayeon? — O garoto que me entregou flores e uma caixa de bombons no outro dia perguntou. Balancei a cabeça negativamente, vendo o Seojun entrar na sala.
— Lee Kwan, pode pegar aquela bolsa para mim? — Falei, retirando a mão dele do meu braço, coloquei um sorriso no rosto, e ele caminhou para pegar a minha bolsa, trazendo-a para mim. — Muito obrigado, Kwan. — Falei sorrindo, afastei o cabelo do meu rosto e caminhei para fora da escola.
Enquanto caminhava, pensava nas coisas que o Seojun havia dito para mim. Sobre gostar de mim, eu não sabia se aquilo era real. Mas se ele realmente não gostasse de mim, ele não teria arriscado a vida para me salvar, pensei ao entrar no restaurante da minha mãe, coloquei a bolsa de lado e peguei o meu celular.
— Filha, está com fome? — Minha mãe disse, dando dois socos fracos na mesa de madeira, e eu sorri para ela.
— Quero, mãe. A senhora pode fazer um tteokbokki apimentado de queijo? — Falei, olhando ainda para o celular. Quando olhei para frente, vi o Seojun de uniforme atendendo os clientes que estavam chegando.
— Isso só pode ser o karma. O que eu fiz para ele na vida passada? — Disse, abaixando a cabeça. — Ai, que inferno. — Reclamei, e a minha mãe colocou o meu cabelo atrás da orelha.
— Não fala assim dele, tadinho. Ele está trabalhando aqui para pagar os medicamentos da senhora Han. — Minha mãe disse, sentando ao meu lado, e eu a levantei a cabeça.
— A mãe dele está internada novamente? — Perguntei baixinho, vendo ele passar para a cozinha de cabeça baixa.
— Sim, filha. Então, vê se maneira. — Sorriu.
— Ele me fez chorar, mãe. — Falei seca, sentindo as lágrimas querendo sair, e logo respirei fundo.
