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— Demorou, Nayeon. O que estava fazendo? — perguntou Jookyung, caminhando ao meu lado enquanto íamos para a mesa e nos sentamos.
— Estava procurando meu celular — disse, colocando um sorriso simpático no rosto e começando a comer. Olhei para o lado e vi Seojun na porta do refeitório observando So-ho — Eles gostam de se encarar tanto assim?
— Bom, eles eram melhores amigos, mas depois da morte do amigo, se afastaram — explicou Sooah, agindo como uma verdadeira fofoqueira, afastando-se de seu namorado com quem tinha brigado.
Agora eu entendia o clima pesado sempre que se enfrentavam. Enquanto eu estava perdida em pensamentos, um garoto da minha classe se sentou à mesa onde eu e as meninas estávamos, interrompendo meus pensamentos.
— Você é a novata, não é? — o garoto perguntou, afastando Soojin e sentando ao meu lado — Gosta de frango? — disse, tirando comida de sua bandeja e colocando na minha.
— Não cansa de ser imprudente? — Soojin falou para o garoto ao meu lado — Sai daqui, anda, vaza — ordenou, fazendo uma careta para o garoto que continuava ali.
— Não quero, obrigado — disse, retirando o frango da minha bandeja e voltando a comer.
— Que isso, Nayeon, aceita o meu frango — insistiu — Ta gostoso! — pegou outro frango de sua bandeja e mordeu. — Não vai querer? — colocou o alimento na minha frente.
— Se eu aceitar, você vai sair da minha frente? — perguntei, olhando para ele.
— Claro. — ele concordou, e eu peguei um da bandeja dele e mordi. — Pronto, satisfeito? — falei e encarei ele.
— Continue sendo uma boa garota, Nayeon. — ele se retirou da mesa.
Olhei para o garoto andando até a mesa dos meninos e peguei uma caixa de leite vazia para jogar nele, mas Jookyung me impediu. Compreendi, largando a caixa na mesa e fechando minha mão no formato de soco.
— Por que impediu? Deveria ter deixado jogar! — reclamou Sooah, com sua cara fofa habitual. — Garotos irritantes, sem humanidade e completamente irritantes — falou, largando seus hashis.
Coloquei a mão na testa, afastando a franja, pensando na provocação que acabou de acontecer, e me alevantei.
— Vou ao banheiro, já volto — disse para as meninas, pegando a bandeja da mesa e caminhando até a bancada para deixar o objeto lá.
Caminhando até o banheiro, ouvi xingamentos vindo de lá, pareciam de três meninas. Me aproximei mais e escutei o barulho da porta sendo atingida por algo. Eram três garotas que pareciam estar com inveja porque outra iria fazer um solo.
— Ei! — disse, pegando um balde de água e jogando nas três — O que pensam que estão fazendo?! — me aproximei. — Querem morrer, é?
— O que foi? Vaca imunda, não se mete onde você não foi chamada. — a do meio falou se aproximando de mim, e eu continuei parada no mesmo lugar.
