Sob o mesmo sol

Vinte e oito dias para o fim das férias

Notas da autora

Finalmente consegui arrumar meu computador, gente! Vitória! Haha. Eu também gostaria de dizer que quase acabei as provas da faculdade. Então, vou ficar mais livre. Isso quer dizer que se tudo der certo conseguirei atualizar com mais frequência. Esse capítulo até que ficou bem longo. Por favor perdoem qualquer erro de português, eu não consegui revisar e não queria atrasar ainda mais a postagem. Espero que gostem, as coisas agora estão oficialmente acontecendo! Tem umas bombas vindo, boa sorte a todos nós haha. Amo vocês. 

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Laura

Já que meus pais voltam no final de semana e a Dal vai acampar com a Malu, a gente resolve fazer um churrasco na piscina do meu prédio, meio que uma 'festa'. O Thiago está cuidando das carnes, enquanto ensina o Taeyang como fazer, e eu acho que nunca vi ele tão concentrado em aprender algo. A Dal e a Malu estão jogando Uno com a filha do seu Gilson, que precisou vir com o pai para o trabalho por causa de algum problema familiar. Eu estou na piscina com a Duda e não consigo parar de pensar que algo está errado.

— Tá tudo bem?

— Eu não sei... — Eduarda acaba falando e dá de ombros, passando uma mão pelos cabelos.

— O que aconteceu? Desembucha. — falo, olhando para a minha amiga com certa preocupação.

— Acho que eu estraguei tudo com o Thiago... — Eduarda fala baixo e eu ergo levemente a sobrancelha.

— Por quê? — pergunto confusa, e Duda junta os lábios em uma linha fina, parecendo pensar muito em tudo o que está falando para mim.

— Porque eu acho que ele não lidou bem com aquela história de relacionamento aberto e mesmo que esteja agindo como se estivesse tudo bem, eu sinto uma tensão invisível e esquisita... — Eduarda suspira, se ajeitando para me olhar — eu acho que eu fiz com que ele pensasse em outras possibilidades e talvez alguma delas tenha parecido melhor do que a gente. — Duda dá uma pequena pausa e respira fundo — Eu sei que muita gente entende isso de relacionamento aberto como falta de amor, mas no meu caso não é isso, eu juro que não é, e eu também morro de medo dele ter pensado assim, porque o Thiago e minha família são tudo pra mim.

Pisco algumas vezes, do jeito que a Eduarda me encara é quase como se ela soubesse dos meus sentimentos por ele. Não é possível, né? Como ela saberia sobre algo assim? Eu guardei isso bem, eu nunca falei em voz alta, sempre mantive tudo dentro do meu peito, e agora acho que talvez esteja começando a superar. Meus olhos vão para os meninos, eles estão rindo sobre alguma coisa. Taeyang parece muito relaxado ao lado do Thiago, minha cabeça gira por um momento e eu sinto meu estômago revirar. Volto a encarar a Duda, e mesmo com vontade de vomitar tudo que eu comi no dia, forço meu melhor sorriso tranquilizador.

— Duda, eu não acho que você precise se preocupar... — digo para ela, e na realidade não sei se o que estou falando é real, mas preciso que ela acredite e eu mesma preciso desesperadamente acreditar naquilo. — Mulher, o Thiago te ama mais que tudo, eu nunca vi ele tão apaixonado, e ele não costuma falar dos problemas da família dele com ninguém além de mim, mas ele fala com você — olho para o céu e depois volto a encarar a minha amiga. — O Thiago odeia parecer vulnerável, ele detesta ter que mostrar quando não está bem, mas ele faz isso com você, eu realmente acho que tá tudo bem e que você só está com medo porque se arrependeu do que falou, mas eu acho de coração que não precisa ficar tensa com isso.

— Obrigada, Laura. — Eduarda fala, mas eu não sei decifrar se eu consegui acalmá-la de alguma maneira. Meu coração está batendo tão forte no peito que por um momento penso que talvez todo mundo vá escutar, mesmo com a música tão alta. Naquele momento eu percebo de verdade o porque eu nunca falei para o Thiago como eu me sentia, porque eu sempre engoli tudo e fingi que estar perto deles não me machucava. Eu não queria perder a Duda, eu não queria que a minha amiga me odiasse.