Capítulo 17

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Dul: Ele é motivado. O Alonzo também era, mas eu só soube por que quando já era tarde demais. Meu Deus, eu não devia estar comparando os dois.

Meg: Tudo bem. Você estava apaixonada pelo Alonzo...

Dul: Não. Eu queria amar o Alonzo. Pensei que ele fosse alguém que não era. Depois que eu descobri os segredos dele, só queria distância. Eu conheço os segredos do Christopher, suas motivações...

Meg: E seus sentimentos em relação ao Christopher são...? — não podia defini-los. Não com palavras. Ainda não.

Dul: Você sabe por que ele precisava se casar? — Meg balançou a cabeça. Desci do balcão e peguei a mão da minha amiga. Em seguida a levei a um quarto, do outro lado do corredor, em frente à suíte master. — Estou pensando em paredes azuis... Azul-escuro com estrelas no teto.

Meg: Não estou entendendo. — olhei para o alto e sorri.

Dul: O nome dele é Hayden. Não tem nem um ano e já está no meio de um drama familiar.

Meg: O Hunter tem um filho? — não sabia ao certo até que ponto devia contar. A casa tinha microfones e os monitores já estavam gravando meus movimentos.

Dul: Digamos que... a necessidade que o Christopher tinha de se casar não era tão egoísta quanto eu acreditava no início.

Meg: Constituir uma família é um grande passo.

Dul: Às vezes, a família simplesmente acontece. Olha só nós duas. Eu amo o meu irmão, mas sempre quis uma irmã. E aqui está você.

Meg: Mas você já quis ter filhos?

Dul: Meu relógio biológico, como se costuma dizer, andou trabalhando por um tempo. Mas, antes do Christopher, eu tinha abandonado completamente os relacionamentos e tirado fraldas e mamadeiras da cabeça.

Meg: Mulheres têm bebês sem pais o tempo todo.

Dul: Eu sei. Meu pai faleceu quando eu era adolescente e o Val assumiu o papel dele. Mas e se eu tivesse decidido ter um filho sozinha e acontecesse alguma coisa comigo? Eu não podia correr esse risco.

Meg: Você tem a nós.

Dul: Eu sei. Com o Hayden caindo de paraquedas na nossa vida, eu e o Christopher vamos saber se nascemos para ser pais. — Essa ideia deveria me assustar, mas, por alguma razão, não assustava. Meg parou de andar e me abraçou.

Meg: Me conte a história toda quando ninguém estiver escutando — sussurrou. Quando Meg se afastou, seus olhos estavam cheios de lágrimas. — Eu e o Val... nós... Eu acho que estou grávida.

Dul: Você acha?

Meg: Vou encontrar a Judy mais tarde com o teste do xixi. Parece errado sem o Val aqui, mas... — gritei como uma adolescente nomeada capitã do time de futebol e abracei minha cunhada com força.

Dul: Estou tão feliz!

Meg: Mas ainda não é certeza.

Dul: Uma mulher sabe. — Meg riu.

Meg: Você parece a sua mãe.

Dul: Minha mãe sabe. Ela sabe tudo. Ah, Margaret, eu estou tão feliz por vocês!

Meg: Sua mãe não para de me olhar ultimamente.

Dul: Quando a Judy vai chegar? Precisamos comemorar.

Meg: Pode ser alarme falso.

...

P.O.V. Ucker

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