Capítulo 6

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O som da voz de Val me fez sentir um nó no peito:

Val: A expressão no rosto da Margaret me diz que temos problemas. Que foi, tesoro?

Dul: Não é um problema... — Não se você ignorasse os fatos. Fui lentamente dando as informações necessárias. Eu assinei um contrato. O casamento é temporário. Sim, já nos casamos. Não, eu não estou louca. — Sei que você não está feliz, Val, mas tente entender que eu precisei fazer isso. — O silêncio do meu irmão era cortante.

Val: Qual o nome desse cara? — ele perguntou com frieza. Ele suavizou a voz para dizer que me amava e então interrompeu a conversa. Meg pegou o aparelho e informou que Val havia aberto uma garrafa de uísque.

Meg: Vou falar com ele.

Dul: Eu estou bem, de verdade.

Meg: Estamos só preocupados.

Dul: Eu sei. Desculpe. Não era essa a minha intenção. — nos despedimos e mandei uma mensagem para Christopher.

"Já avisei minha família."

P.O.V. Ucker

A mensagem de Dulce chegara às oito da manhã. Falei com a corretora de imóveis durante o almoço, e pouco depois das quatro e meia Tiffany estava sentada na sala comigo, fazendo uma lista de convidados para um anúncio especial naquela mesma semana. Quinta-feira, uma semana depois do casamento, seria perfeito. E então eu tiraria o fim de semana de folga.

Tiffany: Que anúncio é esse? — Tiffany perguntou enquanto anotava o que ele queria para o evento. — Achei que o acordo com a Adams não estava fechado.

Ucker: Não é coisa de trabalho. É pessoal.

Tiffany: Você não faz eventos pessoais.

Ucker: Agora faço. — O telefone sem fio na mão de Tiffany tocou e ela atendeu.

Tiffany: Escritório do sr. Uckermann, um momento. — E baixou o telefone. — Um tal de sr. Saviñon quer vê-lo — disse. Saviñon? O irmão de Dulce.

Ucker: Foi rápido. Manda ele subir. — Tiffany comunicou os seguranças e se levantou. — Preciso conversar com ele em particular, Tiffany. Por favor, não passe nenhuma ligação.

Não tinha irmã e não podia imaginar como reagiria se descobrisse que ela se casara por dinheiro. Bem é que não seria, conclui. Hora de desarmar e ir com calma. Garantir que ela está segura... Amenizar as coisas. O homem que entrou na sala poderia acabar com minha tática. Valentino Saviñon não era um homem pequeno. Estava de terno, mas desalinhado depois de ter viajado feito um relâmpago atravessando o país. Os olhos escuros eram letais, extremamente intimidantes. Encontrei força no olhar do outro homem e o sustentei. Tiffany saiu silenciosamente da sala, deixando nós dois nos encarando.

Ucker: Sr. Saviñon — disse, oferecendo um aperto de mão.

Val: Por que a Dulce?

São só negócios, assim como para sua irmã, Sr. Saviñon. Baixei a mão:

Ucker: Ela aceitou.

Val: A Dulce nunca faria isso de livre e espontânea vontade. — Talvez o irmão soubesse mais que a maioria.

Ucker: Mas lhe garanto que fez.

Val: Sua garantia não significa nada. — Valentino avançou dois passos, falando em voz mortalmente baixa: — Ela não precisa do seu dinheiro, não precisa da sua casa e não confia nos homens. O fato de ela ter concordado com esse contrato destoa completamente do caráter dela.

Ucker: Talvez você não conheça sua irmã tão bem quanto pensa — retruquei. Valentino apertou os punhos na lateral do corpo. Por um momento, simplesmente nos entreolhamos. Estava prestes a lhe garantir que Dulce estava segura comigo quando meu cunhado temporário fez uma ameaça que não esperava:

OlvidarWhere stories live. Discover now