Capítulo 12

96 10 0
                                    

Dul: Sobre o Alonzo? — Ele era aquele que não devia ser nomeado, pelo menos desde que morreu. Mas ouvir o nome dele tantas vezes no último mês teve o efeito contrário ao dos dias passados. Era mais fácil agora com Christopher ali, para me irritar e distrair. — Acho que sim.

Meg: Se não quiser responder, não tem problema.

Dul: Não vou desmoronar por causa de uma pergunta. Meg: Como eram as coisas... você sabe, sexualmente... entre vocês? — Fazia muito tempo que não pensava em sexo. Mesmo com Christopher atiçando meus hormônios, nunca pensava em meu relacionamento na cama com Alonzo.

Dul: Bem... antes. — balancei a cabeça. Meg pousou a mão brevemente no meu braço enquanto caminhamos pela praia deserta. — Era satisfatório.

Meg: Satisfatório? — Era difícil lembrar o tempo que havia passado junto com ele como algo diferente de uma mentira. Disse a mim mesma que não tinha vida sexual por causa da traição da qual fui vítima. — Estamos falando de satisfatório como se fartar de um belo filé-mignon ou de um sanduíche de mortadela?

Dul: Tenho que admitir que eu sempre continuava com um pouco de fome depois.

Meg: Isso é muito errado.

Dul: Eu sei. Agora posso ver.

Meg: E com o Christopher?

Dul: Ah, nós não... Quer dizer... o que você viu na cozinha... nós não fizemos... — Como era possível que, mesmo sendo adulta, tivesse tanta dificuldade de falar sobre sexo?

Meg: O que eu vi na cozinha parecia bem quente. — senti o rubor me tomar as faces.

Dul: E foi — respondi, ofegante. Meg riu.

Meg: Não quero comparar, mas aquele canalha já fez você sentir o que o Uckermann te fez sentir hoje?

Dul: Não. De jeito nenhum.

Meg: Hummm...

Dul: Mas isso não pode acontecer — me apressei, expressando em voz alta a cautela que me preocupava desde que deixei a companhia de Christopher.

Meg: Por que não? É óbvio que ele também se sente atraído por você. Vocês estão presos nesse casamento por um ano e meio, e sexo selvagem sem amor é melhor que sexo morno do tipo papai e mamãe.

Dul: Não pode haver sexo de jeito nenhum. Não sou o tipo de mulher que transa sem amor.

Meg: Você já tentou? Parece que o Val sempre te protegeu muito.

Dul: É verdade. Mas eu tive mais oportunidades do que o Val imagina. Simplesmente não corri atrás.

Meg: Como foi essa experiência para você?

Dul: O que você está sugerindo, Margaret? Que eu transe com o meu marido para apagar o fogo?

Meg: Você disse que ele é atraente. E o meu palpite é que tudo ali funciona.

Dul: Não posso confiar nele. — O sorriso de Meg desapareceu.

Meg: Você acha que ele pode te machucar?

Dul: Não. Fisicamente, não. De jeito nenhum.

Meg: Então, emocionalmente? — não conseguia explicar a essência dos próprios pensamentos.

Dul: Como uma pessoa transa com alguém de quem não gosta?

Meg: Os homens fazem isso o tempo todo.

Dul: Eu não tenho tudo o que os homens têm para agir desse jeito.

Meg: Você sabe o que eu quero dizer. Escuta, não estou sugerindo que você não dê importância ao que pensa. Mas não tenha medo de curtir. Você sabe que ele quer te levar para a cama. Vocês já estão casados, e o relacionamento tem prazo para acabar. Pode ser exatamente isso que você precisa para se satisfazer sexualmente. Parece que o Alonzo não ajudou muito nisso. — E eu confiava nele, pensei. — Se isso ajuda... eu gosto do Christopher. Sim, ele é meio bruto, e eu não o teria aceitado como cliente da Alliance. Mas ele está se saindo muito bem com todos nós. E, considerando o dinheiro que esse homem tem, acho que ele não precisaria fingir.

OlvidarWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu