Capítulo 33

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Senti uma mão deslizar por meu ombro e minhas costas nuas, como se estivesse fazendo desenhos invisíveis pela minha pele

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Senti uma mão deslizar por meu ombro e minhas costas nuas, como se estivesse fazendo desenhos invisíveis pela minha pele.

— Bom dia. — Uma voz carregada por uma rouquidão me atingiu e eu virei para encarar os olhos azuis intensos.

— Bom dia, Byrne. — Falo como cumprimento, é impossível não esboçar o mesmo sorriso que ele está me oferecendo. — Sabe que horas são?

Ele pensa um pouquinho, mas desiste de adivinhar o horário. Gira a parte superior até pegar um celular que está na mesa de canto e quando liga percebo que é o meu.

— Faltam sete minutos para as onze. — Ele coloca o celular de volta e me encara. — Posso saber qual a sua obsessão com os globos de neve?

— Minha obsessão? — pergunto confusa, porque não tem como ele saber disso. — Por que acha isso?

— Bom, na nossa "primeira vez" a tela de bloqueio do seu celular também era um globo de neve. — É verdade, mas sinto que ele está omitindo algo a mais.

— Sinceramente, eu não sei ao certo. — Dou de ombros. — Eu sempre achei bonitos e não é algo rotineiro que se encontra nas lojinhas de souvenirs no Brasil.

Acabei externalizando o pensamento de que seria um pouco hipócrita colocar o Cristo Redentor em uma lembrancinha que nevava, mas que eu adoraria mesmo assim.

Liam soltou uma risada anasalada.

— Você deve ter um monte de globos de neve como lembrancinha dos lugares que você foi, então. — Ele conclui e eu dou uma risada sarcástica.

— Quem me dera! — Eu brinco. Só explico quando vejo o olhar confuso no rosto do ruivo. — Eu não consigo comprar para mim, eu tenho meio que uma filosofia própria que algumas coisas só podem ser ganhas, é como a árvore da felicidade.

— Ok, eu ainda não entendi. — Confessa o irlandês com a testa franzida.

Eu decidi pegar meu celular para poder explicar melhor a ele. Entretanto ele devolveu a mesinha de canto que estava do lado dele, subo por cima do corpo de Liam e sento no seu colo enquanto me estico até conseguir alcançar meu aparelho telefônico.

— Precisava mesmo de tudo isso? — Ele diz com uma sobrancelha arqueada e com um sorriso safado brotando no seu rosto. — Só para deixar claro, não estou reclamando.

— Não posso perder a oportunidade de ficar acima de você. — Provoco-o e sinto suas mãos em minha cintura.

— Saiba que você pode ficar em cima de mim sempre que quiser. — Diz, aproveitando a posição para apertar minha bunda.

— Tão arrogante, Byrne. — Comento com um sorriso no rosto.

— Já me chamaram de coisa pior... — Pondera. — Quer dizer, você já me chamou de coisa pior.

Príncipe dos Circuitosحيث تعيش القصص. اكتشف الآن