Lisa Ferraz é brasileira e irmã de um dos melhores pilotos de Fórmula 1 atualmente, mas tudo em sua vida começa a desandar quando o destino parece querer juntar ela e o maior rival do seu irmão.
Liam Byrne, nunca foi de responder a ninguém. O piloto...
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—Liam, o que estamos fazendo? — Sussurro entre arfadas olhando para...a poltrona em um jatinho.
Quando percebo o que está acontecendo dou um pulo da poltrona e olho para todo o canto. Não avisto Theo, menos mal.
Será que ele escutou eu dizer alguma coisa?
Merda!
Percebo o assistente de Liam em uma das primeiras poltronas do avião particular, ele está com um fone de ouvido e uma máscara para dormir nos olhos. Entretanto a postura dele está rígida, como se estivesse acordado.
— Oi! — Falei meio alto para ver se ele estava escutando. — Robert?
Nada! Eu deveria ver se ele está bem? Sei que em jovens o infarto é bem menor, mas e se?
Eu sei, sou um pouquinho paranoica. Me decido e vou conferir, solto meu cinto e caminho no corredor, não vejo nenhum dos comissários. Ao me aproximar do homem em sua poltrona, toco o seu ombro e ele salta.
— Oi? — Ele pergunta meio alto. Ainda sem tirar nenhum dos acessórios.
— Oi, Robert é a Lisa, tudo bem com você? — Aumento meu tom de voz, pois aparentemente ele está ouvindo alguma coisa que o impede de me escutar perfeitamente.
— Ah! Senhorita Lisa, tudo bem sim.
— Certo, Robert, se me permite perguntar, o que está fazendo? — Preciso sanar minha curiosidade.
— Cumprindo ordens, senhorita. — Responde ainda com os fones, com a máscara para dormir e falando em um tom bem alto.
Ok, Theo, o que você fez dessa vez?
Juro que não posso deixar esse menino sozinho.
Com cuidado, eu retiro os fones dele e o deixo a visão dele livre. Robert pisca algumas vezes para se adaptar à claridade.
— O que exatamente o Theo falou para você?
— Sinceramente, senhorita, eu não quero ser demitido. — Ele diz morrendo de medo.
— Você não vai ser, só estou te perguntando algo.
— Você não tem como prever isso.
— Você sabe que o "Ferraz" no meu sobrenome não é de enfeite, certo?— Pergunto ironicamente.
Ele suspira.
— Ele me mandou não incomodar você, depois colocou esse fone e esse negócio de olho em mim. Ordenou que eu não tirasse até que ele viesse aqui.
— Era só o que me faltava.
Vou em direção ao fundo do jatinho, bato na porta de um cômodo que fica uma cama king size, que usamos quando estamos muito cansados e é essencial em voos de longa duração.