Capítulo 57

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Acordei e não fez muito tempo. O som das máquinas ainda me deixavam meio confusa, não me lembro de ter vindo aqui, pois só lembro do carro estar capotando e tudo ficar escuro ao meu redor, enquanto minha mente se apagava, eu escutava o Daniel me chamar. Mas foi só isso, ele simplesmente me chamava, pena que não pude responder.

Olho bem ao meu redor, vejo que o quarto era somente para um paciente, e parecia estar restritivo. Olho para minha mão e vejo algumas marcas, olho mais a cima, vejo o soro, e o sangue, e me questiono, Quem terá me doado o sangue?
Enquanto me questiono, a enfermeira entra para poder me examinar.

- Olá Katarina....- falou a enfermeira de forma gentil.- Você está bem?

- E..Eu... Eu não sinto muito bem as minhas pernas, o meu corpo dói muito, e eu detesto esse barulho das máquinas.- falo calmamente.

- É normal, você acabou de sair da cirurgia, por isso está assim. Não se preocupe, tenho certeza que você irá melhorar logo logo. Por agora, eu vou trocar o soro.- falou mexendo em uns negócios aí.

- Será que no lugar do soro, você não pode colocar água, isso me deixa cansada.- falo mexendo meus pés.

- É claro que não! Você é muito doida, meu Deus.

- Você sabe me dizer, o que aconteceu com o homem que esteve comigo no acidente?- pergunto preocupada com o Daniel.

- Sim, ele está bem! Ele já teve alta, e não teve nada grave.

- Quem está lá fora? Quem está me acompanhando?- pergunto curiosa.

- Tem muita gente lá fora, principalmente um homem muito bonito, que não parava de perguntar de você.- tenho certeza que é o embuste.

- Eles podem entrar para me ver?- pergunto pois não quero ficar sozinha nesse lugar.

- Por agora, só entram três pessoas por cada visita, está certo?- perguntou e eu assenti.- Quer mais alguma coisa?- faço um não com a cabeça- Então, com licença.

Quando a enfermeira saiu, eu fiquei aqui pensando, como é que eu iria para a minha viagem, sendo que ela seria semana que vem, infelizmente sou tirada dos meus pensamentos, quando vejo o Alejandro, a Alcina e o Will, entrando.

Enquanto eles se aproximavam, consigui ver o quão abalado o embuste está, ele está com olheiras e tudo, parecia cansado e feliz ao mesmo tempo, então decido provocá-lo um pouco.

- Achou mesmo que eu iria morrer?- pergunto com certa dificuldade.- Pois não, nem? Pois eu tenho certeza que vaso ruim não quebra meu bem.

- Até nessa cama, você ainda faz esse tipo de coisa?- perguntou Will se sentando na cama.- Fiquei preocupado, muito preocupado.

- Mas eu já estou bem, estou ótima, e também, eu tenho uma viagem semana que vem.

- Esquece essa viagem!- falou em um tom autoritário.- Precisa se recuperar.

- Não! Eu vou sim senhor!- falo o desafiando.

- Você não vai e ponto final, se eu digo que não, é não.- falou alterado.

- Você não é ninguém para falar assim comigo.- falo segurando o choro, que não foi possível.- Eu vou sim, e ninguém irá me impedir.

- Acho bom não me desobedecer! Já falei que você não vai, e ponto final, fim de papo.- falou irritado.

- Meninos, chega!- falou Alcina tentando nos acalmar.- Will a Katarina não está bem, por favor, deixe ela em paz.

- Mas tia.... Ela é que começou, como sempre, ela nunca gosta de ver alguém feliz, ela adora provocar, mas eu não vou ceder, estou enjoado de tanto ficar nesse lugar, eu vou embora. E você Katarina, você vai me agradecer, sua ingrata, não é atoa, que você está sozinha e solitária.- falou indo em direção a porta.

Doçuras de PrazerWhere stories live. Discover now