Capítulo 3: no final das contas, será minha.

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— Fique tranquila, não possuo sequer uma expectativa em relação a sua pessoa.

— Então guarde os seus questionamentos para si.

— Farei isso.

O jantar segue de maneira estranha, logo é servido o primeiro prato. Estranho que Carolina mal toca na sua comida, presumo que seja por conta das dietas malucas que muitas damas da nobreza fazem para ter a silhueta perfeita.

(...)

Do primeiro ao nono prato ela agiu da mesma forma, estava tentando controlar meus questionamentos, mas percebi quando a entreolhei que ela desejava o prato, seus olhos brilhavam ao observar a comida, porém, sequer uma garfada era acrescentada aos seus lábios.

— Porque não come? — ela segue a fitar o prato, porém seus olhos se tornam opacos.

— Não é da sua conta, Jones. — sua voz é dura.

— A partir do momento que está ao meu lado, sugando a minha boa energia, posso afirmar, é sim da minha conta. — minha voz sai autoritária.

— Então se esse é o caso, me dê licença. — ela segura o guardanapo de tecido posto ao seu colo e da leves batidinhas em torno da sua boca.

— O que irá fazer? — Carolina me fita com rancor e se põe de pé.

— Estou satisfeita, cavalheiro. — ela sorri falsamente ao anunciar — Estou sufocada pelo ar quente do salão e preciso de ar.

— Irá poluir o ar com a sua presença. — sorri sem humor ao me ver.

— Desde que você não esteja no mesmo ar, não poluirei.

Carolina arrebita seu queixo com graça e se encaminha pela porta lateral, saindo por completo do cômodo.

Sigo com a minha refeição apetitosa, mas meus pensamentos se mantém na dama que saiu por aquela porta, meus olhos se mantém fixos a cada pessoa que passa por ela.

A sobremesa está prestes a ser servida, porém, a curiosidade está vencendo do meu sistema digestório nessa situação.

Estou me achando um tolo por não conseguir controlar meus sentimentos, de curiosidade, é claro.

Somente curiosidade.

Preciso de algo para seguir infernizando-a.

Pego a minha taça de champagne e a viro sobre meus lábios em um gole só, em um impulso me levanto e me direciono a mesma porta que ela saiu a segundos atrás.

Sigo por um corredor iluminado por castiçais, prossigo a andar pelo local cheio de molduras e quadros chiques pendurados, mas não me atento aos detalhes, pois estou focado em chegar as portas que levam em direção aos jardins.

Quando enfim alcanço o local fico surpreso ao vê-la sozinha, com os braços cruzados sobre o parapeito da sacada que tem vista para os jardins.

Sigo escondido para observa-la, seu rosto tem de direção o céu estrelado.

— Porque as coisas são tão difíceis para mim? — sua voz soa deprimida.

Arqueio a sobrancelha e me escoro no varão da porta dupla e a fito com deboche.

— Trabalhe em minério, talvez descubra que a sua vida é demasiadamente fácil.

Ela da um salto e se vira para mim com os olhos arregalados, seu peito se move de maneira frenética pelo susto. Parte dos seus seios ameaçam sair pelo decote, meu olhar se fixa ali de maneira descarada.

Como seria toca-los?

Alexander Jones, está a se enganar por seios lindos e apetitosos!

Fascínio De Um Americano (Série Destinados Ao Para Sempre)Onde histórias criam vida. Descubra agora