21 | Câmera Nova

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Sabia se uma coisa, eu não era mais uma adolescente. Há alguns poucos anos, eu me formei, parei de carregar uma mochila com livros escolares, minha franja no meio da testa sumiu e os tênis viraram saltos altos. Mas nada mudava o jeito que eu me sentia com choques de realidade. As vezes eu sequer lembrava de que pagava contas, tinha camisinhas na carteira e precisava conferir meu nome na justiça pelo menos uma vez no mês desde que fofocar virou meu trabalho. Mesmo com isso, as mudanças, as situações eram completamente semelhantes, talvez mais importantes e tratadas de um modo diferente, ainda havia aqueles problemas que me perseguiam e o peso que de antes vinha da mochila estava nas minhas costas como algo pior.

Suas mãos sempre me foram um pouco pegajosas, agora eu as não sentia, pois hoje por Deus, optei em usar um casaco. Mesmo assim, não o tirava dali, sua respiração bem no topo da minha cabeça e o barulho que a sua boca transmita, a língua passando pelos dentes, me fez pensar se todos os homens eram assim.

Seu corpo se inlicnou, e agora apoiando a palma da mão na minha mesa me encarou logo depois de ver o artigo no computador.

— Ainda usa aquele shampoo maravilhoso?

Sua voz naquele ponto já me deixava enojada.

— Me diga o que achou do texto — minha voz era tediosa.

Um sorriso sarcástico apareceu nos seus lábios, me causando calafrios, e antes que pudesse encostar em meu pescoço com os mesmos, eu me levantei, causando pequenos olhares dos outros funcionários em seus próprio computadores, o silêncio revelava muito.

— Não vou mais permitir que me encoste. Que chegue perto de mim. Eu trabalho pra você mas assim como te trato com respeito, espero o mesmo.

Ele riu, colocando as mãos no bolso, parecia não se importar com nada, mas era a verdade estampada em tudo sobre alister.

— Não vai mais precisar se preocupar comigo. Tá fora, Lydia.

Meus olhos se arregalaram, e eu fechei os punhos, diante dele não sabia se partia pra cima para lhe dar um soco por simplesmente me mandar embora, ou emploraria uma segunda chance.

— Fora? — eu precisava ter certeza do que fazer.

— Eu e o senhor Hugo decidimos que sua escrita é simplesmente muito saltitante para estar presa em parágrafos. Não sei, você se veste bem, algo assim que ele disse.

Senhor Hugo, esse era seu nome... Espera...

— O que?

Alister deu de ombros, e ainda com as mãos na calça social deu meia volta sumindo pelas cabines.

Vindo dele eu sempre precisaria duvidar de algo, mas bufei juntando minhas coisas, e apenas após isso eu fui até o escritório principal. Meu chefe estava de pernas cruzadas quando implicou os olhos nos meus.

— Precisa de ajuda, senhorita paz?

— eu fui demitida, acho que preciso resolver as coisas da papelada.

Ele franziu as sobrancelhas, e se levantou como se estivesse com um grande peso nas costas, provavelmente Alister.

— Não lembro de ter despedido você, apenas sugerido a troca de departamento com Alister.

Era isso no final, nunca de esperanças suficiente para alister. Hugo bagunçou os papéis na mesa, mas para ele parecia fazer sentido.

— Eu já estava com essa ideia. Me comunicaram da falta de âncoras e entrevistadores e pedi para te colocarem... Vai lá, testa seu potencial. Se tivesse subido seu currículo antes de entrar com o convite de Silver teria conseguido entrar. — ele me entregou um papel, era simpático — tem algumas informações aí.

Era mais uma coisa para pensar sobre, ou talvez uma distração maior.

Meu guarda roupa não era vasto, e nem modesto. A ficha caiu quando eu encarei os cabides. Estava me arrumando para aparecer na tv com falas gravadas de última hora? Posicionei o papel com o roteiro e fiquei o repetindo por alguns minutos.

As peças que ocupavam a maior parte eram meus casacos e os poucos vestidos festivos que foram ideias de Harley, incluindo o prata lantejoso que usei naquele noite caótica. "Bola de espelho" Alex precisava ser a última coisa a me preocupar diante aquela situação, mas eu sempre seria a boba ao pensar que ele poderia me ver mesmo que com perda ou culpa na cabeça ao fazer isso. Não trocamos mensagens desde que Tamires me contou sobre suas aventuras há duas semanas.

Para Tamires, provavelmente éramos amigas na mesma intensidade, mas nada se comprava a Harley que estava no meu quarto, me dando broncas com a repetida frase "eu te avisei", me fazendo pensar na outra face, aceitando com a cabeça ligeiramente baixa. Ela tinha razão. Mas trouxe uma mala cheia de vestidos.

Com suas mãos apoiadas na minha cintura me rodou como se eu fosse sua modelo.

— Minha obra, hein? Ficou gostosa de mais, Lydia.

— Você sempre me salva, Hay. — ela sorriu ao ouvir o pequeno apelido — Pretende voltar, não é?

— Ah, não. Estou noiva de um loiro e pai dos meus filhos.

— Vai se casar!

— Pretendo, óbvio. Ainda não estamos namorando.

— Imaginei, só passou um mês fora. — ela negou com a cabeça e riu.

Os sapatos apertavam, mas eram lindos de morrer. Harley me levou com seu carro, até a entrada no grande prédio, e ao sair um bocejo escapou dos meus lábios, era muitas pessoas e até mesmo as que trabalhavam comigo pareciam arrogantes. O nome vogue estava espalhado por todo lado.

— Moda não era meu objetivo... — murmurei baixo.

— Escalada por Hugo? Se você não for muito boa, está dando pra ele. — disse uma moça baixa com cara de alta, e sumiu em segundos, me deixando com um microfone de espumas.

Se fosse a assim, eu era muito boa. A câmera ficou alinhada ao meu pé, eu fui cercada de pessoas e o papel pousou perto da minha cintura, eu parecia linda uma hora dessas. Ação.

WET STAGE - 𝑨𝒍𝒆𝒙 𝑻𝒖𝒓𝒏𝒆𝒓Место, где живут истории. Откройте их для себя