12 | carta na manga

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O ventilador no teto rodava de um jeito melancólico, mesmo que fosse um objeto. Deveriam ser cedo da manhã, e não conseguia tirar meus pés do sofá em que eu preguiçosamente assistia Harley treinar por uma última vez os passos da coreogragia nova que inventou em segundos.

Na quarta passada, visitei Callangham que ouviu com um certo desgosto sobre meu novo emprego, mas quando acabei de falar ele me elogiou, coisa rara, e desejou sorte.

Harley conseguia soar em plena segunda de manhã, resmungando quando errava um passo, e constantemente analisando a janela ao nosso lado que deixava alguns raios do amanhecer entrar.

Olhei minhas mãos e sem exitar as esmague no meu rosto.

— Ainda consigo sentir! — reclamei levando os dedos as têmporas e as massageando.

— Garota qual o problema de uma foda rápida e no sigilo? Você ficou o fim de semana inteiro me perturbando por causa do beijo.

— Quem? — ele perguntou óbvia, e desligou a música — Você é paranoica, Lydia.

Concordei com a cabeça, e relutante voltei para o quarto me arrumando para um possivel dia difícil. Primeiros dias sempre me afetavam, de certa forma me sentia insegura, mesmo as orientações e histórias sobre.

Não era muito de se esperar de uma empressa grande um prédio enorme. Foi fácil chegar até lá. Ponto de referência a muitas coisas, e claro que me sentiria perdida em um lugar tão grande como aquele.

Subi não sei quantos andares, a pedido de uma secretária lá do primeiro andar, dizendo que minha situação se resolvia lá em cima. A primeira pessoa importante que poderia achar era em um escritório maior e de destaque, então assim que avistei um, todo espelhado e com visão para fora, bati sem muita força.

Sua sinalização foi para que eu entrasse, cabelos curtos e louros manchados, e apesar da coloração na cabeça seu look era totalmente apagado de cores. Acompanhado com um óculos sem armação que ficava pendurado na ponta do nariz.

— Bom dia, eu sou Lydia. É meu primeiro dia aqui e não sei aonde devo ir.

— Lydia de que?

— Lydia Paz.

Falei baixo e vi seus olhos percorerem para as gavetas em baixo da mesa e seus dedos voltando o óculos para perto do olhos.

— Ah sim, Lydia Paz — ele leu o papel, que parecia ser meu currículo — Não é comigo, bonitinha.

O loiro se levantou rápido, indo até a porta de vidro e abrindo na intenção que ele o seguisse. Demorados alguns segundos se raciocínio fui atrás dele, que andava pelas mesas de escritórios e funcionários segurando café.

Parecia que era Divido por alas aquele lugar, e esse andar em especifico era sobre as matérias das revistas, mas existiam várias.

— Aqui, seu chefe deve estar aí dentro.

Seus dedos finos com anéis apontaram para uma sala parecida com a sua anteriormente, porém não era espelhada, e não dava para ver quem estava lá. Encarei a sala e voltei a olhar para o lado, procurando-o para agradecer, mas vi sua silhueta virar o corredor para voltar.

Suspirei fundo, e caminhei até a porta batendo três vezes repetidamente. O sorriso de serpente logo veio em minha mente, enxergando sei nariz o acompanhando. Claro, Alister era meu chefe.

— Você realmente veio.

— Não acredito nisso também. É meu chefe?

— Não, não sou — sua voz soou simples, e com um movimento ele abriu ainda mais a porta.

Tive a visão ampliada sobre o lugar, avistando um corpo musculoso encostado a mesa lendo alguma coisa na prancheta. Terno azul escuro e cabelos muito bem penteados. Quase me belisquei por associar o cabelo de gel do moço com Alex. Seus olhos foram tirados atenção, e subiram até mim me encarando.

— Foi ela que você contratou?

Sua voz me assustou, era grave. Alister me olhou, e olhou para ele, concordando.

— É um prazer te conhecer, Lydia. — ele veio até mim, esmagando minhas mãos nas suas — Já deve conhecer o senhor Silver. Meu braço direito.

Ele riu, e fiz o mesmo aliviada de saber que Alister realmente não era meu maior superior.

— Creio que o mesmo vai te mostrar as coisas melhor. Agora tenho um compromisso e não posso atrasar.

Não soube o nome dele, apenas vi ele sair com uma maleta e abandonar o escritório normalmente, como se fizesse com frequência.

— Aqui é especificamente a parte das tendências e famosos. Sei que é uma ótima envestigadora por isso te coloquei aqui.

— Isso explica o por que está aqui também. Não me esqueço de quando conseguia todos os meus números de telefones novos e endereços.

Seus olhos cercaram para mim, e não era mentira quando dizia das loucuras de Alister.

— Ainda estou curioso de como vai agradecer esse ótimo emprego que ganhou.

Minha garganta fechou, e prendi com mais força bolsa em mãos. Já esperava isso vindo de Alister, e mesmo com os riscos aceitei vir até aqui.

— Eu tenho nojo de você, Alister.

Falei baixo como se fosse uma maldição, e me virei procurando a maçaneta da porta, mas a única coisa que achei foi meu corpo contra a mesa do até então chefe.

Realmente não conseguia, o cheiro de Alister me deixava enjoada e pensei mesmo que tentando aguentar aquilo eu conseguiria me livrar dele mais cedo, mas não funcionou.

— Se quer ter algo comigo pelo menos tentaria mudar, Silver.

Falei o afastando em um pequeno empurro, e sabia que as palavras que saiam da minha boca eram totalmente mentiras. Era quase impossível alguém como ele mudar.

— Quer fazer uma aposta, então? — suas sobrancelhas levantavam — Se eu mostrar que sou outra pessoa você vai voltar de braços abertos, eu tenho certeza.

WET STAGE - 𝑨𝒍𝒆𝒙 𝑻𝒖𝒓𝒏𝒆𝒓Where stories live. Discover now