07 | quase tudo certo

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Aquele salto estava incomodando bastante, e eu esperava que Jamie, pelo menos, me levasse a um restaurante próximo, já que estávamos indo a pé

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Aquele salto estava incomodando bastante, e eu esperava que Jamie, pelo menos, me levasse a um restaurante próximo, já que estávamos indo a pé. Agora, estava considerando seriamente se valeria a pena investir nele.

— Achei melhor trazer você aqui.

Tentei forçar um sorriso enquanto entramos em um restaurante chinês com um cheiro desagradável. Suspirei profundamente sem que ele visse, depois me sentei na cadeira mais próxima.

Ele chamou o garçom, e, por um bom tempo, a única coisa que falamos foi o nosso pedido do cardápio.

Seus dedos constantemente estalavam, e não conseguíamos evitar o constrangedor silêncio entre nós. Ao fundo, um chinês bêbado cantava uma música ao vivo, mesmo que ninguém entendesse uma palavra do que ele dizia.

— Você... - olhei para ele, aliviada por finalmente ouvir algo sair da boca dele - já experimentou comida chinesa?

— Não, só japonesa.

Ele me olhou relutante, e percebi que ele não era a mesma pessoa animada que estava mais cedo, entusiasmada com o possível encontro.

— Sabe, eu tenho namorada.

Minhas sobrancelhas se arquearam, e uma sensação de desespero começou a surgir.

— Namorada, Jamie?

— Nós terminamos porque ela sempre viajava a trabalho, ela é modelo. E eu também viajo em turnês. Pensei que convidando a primeira garota bonita que vi para sair, eu poderia esquecê-la.

— Ah, entendi.

— Katie, o nome dela. Katie Downes.

Ele pegou o celular e me mostrou uma foto da loira, que era realmente muito bonita. Observando Jamie agora, senti pena dele. Eles pareciam ser um casal legal, e o mais engraçado de tudo foi ele me convidar especificamente.

— Deveríamos ir embora?

Ele sorriu e se levantou rapidamente quando concordei com a cabeça.

O restaurante não estava lotado, então foi embaraçoso ter que pedir para cancelar os nossos pedidos, mas não pagaríamos por algo que não comeríamos.

Eu poderia simplesmente explodir com aquele guitarrista maluco, mas ele foi muito educado ao me levar para casa, desta vez de táxi. Ele fez questão de me convidar para um show particular da banda em algumas semanas, e por coincidência descobrimos que ambos éramos fãs dos Rolling Stones, o que gerou muita conversa boba sobre suas músicas e álbuns.

Estava exausta com a situação, mas ter uma conversa fluente e descontraída com Jamie foi libertador.

Quando cheguei em casa, subi as escadas relutantemente, percebendo que os elevadores não estavam funcionando naquele dia

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Quando cheguei em casa, subi as escadas relutantemente, percebendo que os elevadores não estavam funcionando naquele dia. Por azar ou sorte, morava no quarto andar.

Tirei meu salto e o joguei pela casa, me aconchegando no sofá novo que eu e Harley compramos.

— Parece que se divertiu — ouvi a voz sonolenta de Harley ao meu lado.

— Sim, mas não do jeito que esperava.

A loira deu de ombros e seguiu até a cozinha com uma colher na mão.

Eram quase meia-noite, e a essa hora eu sabia exatamente onde deveria estar o meu nome. Liguei a TV e, sentindo-me como uma celebridade, ouvi meu nome no programa de fofocas das celebridades. Desde que comecei a conseguir trabalhos significativos, meu nome sempre aparecia no final das matérias, o que era uma grande conquista para mim.

Cruzei as pernas, massageando os dedos, e prestei atenção ao vídeo que Taylor Bagley postou, se justificando ou, na verdade, se vitimizando.

— "É uma falta de respeito inventarem coisas assim sobre mim..."

Repeti, tentando imitar a voz fina da garota, pegando meu celular e voltando ao trabalho. Aquilo parecia fútil, e eu esperava que meus trabalhos significativos não se resumissem a fofocas adolescentes. Uma promoção, senhor Callangham?

Vídeo e matéria postados. Talvez ganhar um extra não exigisse o uso do meu notebook, mas ele estava ali, e tinha certeza de que suas mentiras seriam expostas no dia seguinte.

Fui dormir como um anjo após isso.

Era incrível como o cheiro de maracujá do perfume de Harley me acordava. Esfreguei os olhos no sofá, me culpando por ter adormecido lá.

— É isso, você acabou com um relacionamento de 3 anos entre Taylor Bagley e Alex Turner.

Queria rir, mas tinha um pressentimento de que Taylor ainda poderia me processar por tirar fotos dela.

— Café? — Perguntei com um sorriso e fui até a mesa para me servir.

Mais tarde, radiante, fui para o trabalho, usando um dos sobretudos que combinava perfeitamente com as minhas botas novas. Naquele dia, permiti a mim mesma usar óculos escuros, mesmo com o frio e o sol brilhando pelas ruas cinzentas.

Meu celular vibrou no bolso, e atendi como se fosse uma madame na França, nem olhando quem era.

— Alô?

— Feliz?

Sua voz era misteriosa.

— Se estou feliz? Sim, por quê?

— Encontre-me à tarde no café de sempre.

Franzi a testa, afastei o celular do rosto e olhei para o número bloqueado. Mas sabia quem era. Suspirei e voltei a falar com Alister.

— Não.

— Nos vemos lá.

Ele desligou, e mesmo que não quisesse ir, sabia que precisava. Era a única cafeteria que vendia cookies de doce de leite. Mais um dia de trabalho cansativo por prêmios como esses.

 Mais um dia de trabalho cansativo por prêmios como esses

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WET STAGE - 𝑨𝒍𝒆𝒙 𝑻𝒖𝒓𝒏𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora