03 | fontes

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ALEX'S POV

Já estava um silêncio há horas, uma situação realmente desconfortável. O único barulho que podia ouvir era das gotas do chuveiro caindo. Taylor estava enrolada em uma toalha rosa e andava pelo quarto em silêncio.

Ela finalmente quebrou o silêncio quando se virou, segurando um vestido curto e branco.

— Vai me acompanhar na boate hoje? — ela perguntou com a voz baixa, mordendo os lábios e desviando o olhar logo em seguida.

— Talvez. Não vou ficar a noite toda.

Respondi simples. Estava cansado, porém, não suficiente para negar uma bebida. Além disso, a loira é minha namorada e preciso acompanhar ela em lugares como esses.

Me levantei ajeitando minha blusa, abotoando os dois últimos botões novamente e segurando a bolsa que ela me entregou. 

Em alguns minutos ela saiu do closet, com o vestido de antes, uma bota que ia até perto de seu joelho e acessórios dourados que combinavam com a mesma.

Já faziam dois anos que começamos a namorar, e 2 meses que estabelecemos um acordo.

Um dia ela chegou em mim, começou a falar coisas malucas e eu apenas concordei. 

— Sabe, Alex. Eu não te amo mais.

Me lembro que quase soltei um suspiro de alívio. Talvez eu fosse bom para escrever canções, mas não tinha muita coragem de dizer algo do momento. Não amava ela mais também.

— Não podemos terminar agora, talvez final do ano? 

Ela concordou com a cabeça, éramos ótimos amigos.

— Mídia e fama. 

Ela falou por fim, com um sorriso.

Quando decidimos isso juntos, foi tão tranquilo que lembrei do porquê me interessei pela mesma. Bonita, engraçada e um turbilhão de sentimentos sobre. Mas chegou uma hora que a vi mais como uma melhor amiga, e saber que ela sentia o mesmo me deixou leve. 

De qualquer modo, no mundo, ainda precisaríamos fingir que éramos um casal feliz e totalmente ativos. Já não era algo, porém eu e nem ela podíamos sair com outras pessoas, mais pelos internautas, que descobrem e acham tudo e todos. 

Não era só minha namorada, mas também minha amiga que estava sendo assediada por um bêbado com um sorriso nojento. 

Se talvez eu estivesse sóbrio, não teria o chutado e muito menos o sacado. Mas não estava. E tem aquele velho ditado que creio que serve para as ações também. 

"O que foi dito bêbado, foi pensado sóbrio"

A noite acabou em pura tragédia. Mas nem tanto para mim.

O rapaz ganhou um soco no rosto e estava com as bolas doloridas. Taylor e eu saímos dali e o ar fora daquela boate era mais limpo.

Segurei ela pela bolsa, quando tentou fugir para dentro de volta.

— Eu disse que não ia ficar muito. Vamos logo.

— Eu tenho que devolver isso, já volto.

Ela falou com uma cara de tédio, mostrando um copo do estabelecimento e voltando de lá em menos de 2 minutos.

— Obrigada, Alex.

Ela falou baixo e segurou um de minhas mãos, levando até seus lábios e os selando de leve. Voltando a andar juntamente a mim.

Não foi difícil dormir, ainda mais com a loira ali. De manhã sabia que iria ter algumas fofocas sobre, mas esperava não ser nada de mais, até porque não era.

 De manhã sabia que iria ter algumas fofocas sobre, mas esperava não ser nada de mais, até porque não era

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Passei minha mão aonde deveria estar meu cavanhaque, porém o tirei há alguns dias.

Estava analisando cada palavra escrita no artigo mais famoso sobre: 'Alex Turner e a briga na boate'

Estava impressionado com tantas informações minhas e de Taylor em uma única página de fofocas. Porém, algo que não me agradou nem um pouco foi a última parte, especulando que Taylor havia combinado isso.

" Foi vista, Taylor Bagley, alguns minutos antes de deixar a festa com o namorado, conversando com o suposto assediador. O mesmo foi descoberto como Barley Rodriguez, um modelo da mesma agência de Taylor. Seria isso algo combinado?"

Não fazia sentido. Nenhum.

Resmunguei em voz alta, sabendo que estava sozinho em casa, quando ouvi Taylor sair da cama mais cedo e provavelmente ir para seu apartamento.

— Deve ter sido só uma coincidência.

Falei para mim mesmo e antes que desligasse o celular dei uma conferida nas fontes e o escritor.

Ou melhor, escritora.

"Lydia Paz"

Não era alguém conhecida, mas agora seria.

Peguei a chave da minha moto, que apesar de precisar de alguns consertos eu ainda andava com ela. Infiltrei-me nas ruas pouco movimentadas e chegando a parte comercial, avistei logo de cara o anúncio de uma Impressa jornalística independente.

Com um cigarro na boca, entrei nos diversos elevadores e quase no último andar, senti meu corpo pedir por mais explicações.

A uma pequena porta de vidro, uma placa indicando que era ali o local. Um homem de blusa social apertadíssima me cumprimentou sem mistério.

— Precisa de ajuda, senhor...?

— Turner. Preciso. Procuro Lydia Paz.

Dei um sorriso sem mostrar os dentes e apaguei meu cigarro na lixei ao lado, o jogando.

Seu semblante pareceu confuso, e me deu espaço para entrar, podendo assim ver o escritório. Grande, mas nem tanto.

Havia quatro mesas, apenas com uma ocupada. Além, é claro, da sala em que provavelmente aquele homem ficava.

— Lydia, visita para você!

Ele gritou e a morena levantou o rosto concordando, mas seus olhos demoraram um tanto para desgrudarem do papel em mãos.

Ela me fitou e podia ter certeza que sua cabeça gritava um palavrão.

WET STAGE - 𝑨𝒍𝒆𝒙 𝑻𝒖𝒓𝒏𝒆𝒓Where stories live. Discover now