[CONCLUÍDA] Após um colapso na terra - que extinguiu qualquer vestígio de vida -, o planeta passa por diversos séculos tentando se recuperar do estrago da mão humana, e quando isso acontece, uma nova sociedade se ergue das cinzas. Mas diferentemente...
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─ Feche seus olhos, sim?
Ele assentiu.
─ Eu estou aqui e segurarei sua mão.
Ele fechou os olhos.
─ Você não precisa ter medo.
Injetaram a agulha sobre sua veia e Namjoon rapidamente incendiou o quarto com seu feromônio, impedindo que Jin sentisse o cheiro.
─ Eu não vou mais te abandonar.
Seokjin já estava inerte ao que acontecia ao seu redor. Ele já não se importava com quem entrasse ou saísse da sala, com o que falavam ou deixavam de falar. Enquanto seu sangue era tirado, apenas suas memórias se reviravam.
Mas ele preferia que elas o invadissem do que perder o controle ao ver ou sentir o próprio sangue.
Por que coisas ruins não podem sumir apenas com o querer?
Por que elas não saem como o sangue que é retirado de si com tanta facilidade?
O que falta para ele esquecer seu passado?
─ Seokjin, acorde! ─ a criança balança a que estava dormindo. ─ Você precisa ver o que fizeram com o papai e a mamãe! ─ ela puxa pela casa a criança que estava dormindo.
Mas era estranho. Conforme ele era puxado, a imagem da criança se esvaía.
─ Minseok? Onde você está indo?... ─ a imagem da criança sumiu por completo ao parar em frente a uma porta.
Seokjin queria saber o paradeiro de sua irmã. Mas assim que tocou a maçaneta da porta, sangue começou a pingar de suas mãos.
─ O quê?...
Ele abriu a porta, e por um momento, quis não ter aberto.
Sua família estava brutalmente morta.
Sua mãe? Com todos os membros decapitados.
Seu pai? Seu rosto estava irreconhecível.
E sua irmã? Sua querida irmã… apenas o sangue dela restava, seu corpo estava estraçalhado.
─ E…
Ele tentou gritar, porém, ninguém ouviria seu grito e iria o ajudar. Porque todas as pessoas que poderiam o ajudar, agora, estavam mortas em sua frente.
─ Jin, calma! ─ Namjoon pede ao vê-lo levantar ofegante.
Seokjin abriu sua boca para dizer algo, mas nada saía.
─ Ei… ─ Namjoon viu os olhos aterrorizados do ômega e sentou na maca, levando a cabeça dele ao seu peito. ─ Eu estou aqui, lembra?
Jin agarrou suas vestes, tremendo.
─ Eu não saírei…
─ Meus... meus demônios voltaram, Joonie. ─ Jin falou, lembrando o apelido carinhoso que havia o dado na infância.
