[CONCLUÍDA] Após um colapso na terra - que extinguiu qualquer vestígio de vida -, o planeta passa por diversos séculos tentando se recuperar do estrago da mão humana, e quando isso acontece, uma nova sociedade se ergue das cinzas. Mas diferentemente...
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─ Meu informante acabou de me notificar sobre a chegada do Príncipe de Visha no exílio, ontem mesmo. ─ um homem alto de cabelos escuros disse, olhando para o horizonte.
─ Ah!... ─ o outro rapaz bocejou, iniciando um sorriso. ─ E o que exatamente vamos fazer, Nam?
─ Lorde. ─ o homem o repreendeu, travando o maxilar. ─ Me chame pela nomenclatura ao menos agora. Estamos na frente do Príncipe de Gales...
─ Você tem razão, Visconde. ─ o rapaz se endireitou na carruagem. ─ Até porque o Príncipe de Gales está bem interessado em nosso diálogo. ─ concluiu, ainda bocejando e apontando para o adolescente que parecia dissociar, olhando pela janela.
─ Príncipe de Gales? ─ O Visconde o chamou.
Ele sorriu, com olhos amedrontadores.
─ Visconde. ─ o Príncipe ponderou, passando a mão por cima de suas vestes, em seu peito. ─ Meu peito dói ao imaginar que o primogênito de Visha está tão perto de mim, mas que mesmo assim, não poderei eu nada fazer. ─ concluiu, olhando fixamente um ponto da carruagem.
─ Príncipe de Gales... ─ o Lorde o chamou, com uma voz arrastada pelos bocejos, mas antes que pudesse terminar sua frase, fora interrompido.
─ Senhores, chegamos. ─ o cocheiro informou, parando a carruagem.
─ Então queres matar uma criança, Príncipe de Gales? ─ o Visconde indagou, erguendo as duas sobrancelhas, como se estivesse propondo. ─ Permita-me corrigir, primogênito. ─ complementou, tendo, finalmente, o olhar do Príncipe sobre si. ─ Uma criança quer matar a outra? ─ finalizou, erguendo a sobrancelha de forma pretensiosa.
Eles viram o Príncipe ter sua mandíbula marcada e seu cenho franzido, dizendo: ─ Criança? ─ ele repetiu, em um tom sarcástico. ─ Como posso ser uma criança se todos em minha volta não me enxergam como uma? Se o tratamento que eu recebo está longe de ser como o de uma criança comum? ─ ele sorriu nasalado. ─ Ainda achas que sou uma criança, Visconde?
O Visconde sorriu, negando com a cabeça, um pouco desacreditado, mas já esperando tal resposta.
Eles desceram da carruagem.
─ Agora com suas licenças, estarei retirando-me para meu treino. ─ o Príncipe fechou minimamente seus olhos, inclinando a cabeça e encenando um adeus, com suas duas mãos atrás das costas.
─ Ei, Príncipe de Gales! Em cinco minutos estarei lá! ─ o Lorde exclamou, acenando com a espada.
O Príncipe apenas levantou dois dedos de sua mão, mostrando que havia escutado.
─ Ouça... não estou reclamando, mas por que continuas a provocar Jungkook com palavras? ─ o Lorde questionou o Visconde, cravando sua espada no chão e se apoiando nela.
─ Príncipe de Gales, Lorde, Príncipe de Gales. ─ o Visconde o repreendeu, travando o maxilar novamente.
─ Que seja... ─ o Lorde deu de ombros, quase dando a língua para o Visconde, mas se segurando.
