Assinando para a Mudança - 2-19

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 Na manhã seguinte, após o perturbador encontro com os alunos do primeiro ano e sua firme promessa de conceber uma estratégia eficaz para garantir a segurança das crianças e evitar que elas se machucassem novamente, Emma acordou com uma determinação inabalável.

 Ela estava totalmente comprometida em encontrar uma abordagem que permitisse a conclusão bem-sucedida de seu plano. Consciente de que cada passo precisava ser cuidadosamente planejado, Emma estava ciente de que um único erro poderia comprometer todos os seus esforços.

 Com a mochila repleta de livros pesando sobre seu ombro, Emma dirigiu-se com passos decididos em direção à biblioteca de Hogwarts, seus pensamentos turbulentos preenchendo sua mente. À medida que atravessava os corredores geralmente vazios da escola, seus olhos captaram algo fora do comum no canto de sua visão periférica.

 Próximo a uma tapeçaria antiga, dois alunos da Grifinória permaneciam imóveis, manifestando um comportamento que inspirava certa estranheza. Demonstravam nervosismo evidente, murmurando confidências em um tom discreto, enquanto lançavam olhares incessantes ao redor, cuidadosos para assegurar-se de que não estavam sendo observados por olhos curiosos.

 Movida pela curiosidade e desconfiança, Emma deliberadamente diminuiu o ritmo de seus passos e habilmente se ocultou atrás de uma imponente coluna de pedra, garantindo que sua presença permanecesse oculta.

 Sua decisão de observar a situação antes de tomar qualquer medida era movida pela incerteza do momento atual, consciente de que, embora não fosse o modo mais apropriado de lidar com as pessoas, a cautela imperava, pois qualquer elemento poderia representar um potencial perigo.

 Os dois alunos, persistindo em sua conduta peculiar, continuavam a revolver em suas mochilas, sussurrando em segredo, enquanto seus olhares inquietos perscrutavam o entorno, ansiosos por assegurar que nenhum observador se encontrava próximo.

 Repetidamente, retornavam sua atenção às mochilas, revelando rostos tensos e preocupados, como se estivessem envolvidos em algum tipo de atividade proibida e misteriosa.

 Enquanto continuava sua vigilância discreta, Emma sentia-se tomada por uma série de indagações sobre a natureza da conspiração que os dois alunos pareciam tramando. Ela também ponderava se havia alguma conexão obscura entre essa conduta suspeita e as ações de Dolores Umbridge, cujas atitudes recentes haviam gerado apreensão em toda a escola.

 A curiosidade de Emma crescia a cada momento, impulsionando-a a aprofundar-se ainda mais nas circunstâncias antes de decidir como proceder.

 Emma, ainda escondida atrás da sólida coluna de pedra, continuou a observar os dois alunos com atenção, enquanto eles fechavam suas mochilas e iniciavam uma caminhada repleta de precauções.

 A cada passo, suas expressões revelavam um temor evidente de serem surpreendidos, seus olhares inquietos varrendo o ambiente em busca de qualquer sinal de descoberta iminente. Era notório que estavam tomados pelo pânico, agravando ainda mais o mistério que os envolvia.

 Com extrema cautela, certificando-se de que sua presença permanecesse despercebida, Emma seguiu os dois alunos enquanto eles se distanciavam pelo corredor. Seu comprometimento com a investigação a impelia a persistir, e assim ela continuou a trilhar o mesmo caminho, observando em silêncio.

 Eventualmente, os estudantes pararam diante de uma porta que magicamente surgiu e se abriu para eles. Emma, mantendo-se à distância, estava cada vez mais intrigada e começou a presumir que aquela era a renomada Sala Precisa.

 Conhecida por sua capacidade de se transformar no ambiente necessário para atender às demandas de quem a visita, essa sala mágica suscitava grande interesse, e Emma mal podia conter sua ansiedade para descobrir o que os dois alunos estavam planejando ali dentro.

 Após a entrada dos dois alunos, Emma, com destreza e rapidez, deslizou para o interior da Sala Precisa. Dentro do aposento, ela se camuflou habilmente atrás de uma pilha de cadeiras, seu olhar perspicaz focado no centro da sala.

 O que encontrou a surpreendeu, pois viu diversos alunos presentes, representando todas as casas de Hogwarts. No entanto, seu olhar se fixou em um aluno específico.

 Harry Potter, com uma expressão de confiança estampada em seu rosto, liderava a reunião, claramente compartilhando um plano com seus colegas. O plano que ele delineava envolvia a formação da Armada de Dumbledore, uma organização secreta composta por estudantes, com o propósito de se prepararem para enfrentar as artes das trevas.

 Emma observava com crescente fascinação, sentindo-se orgulhosa da iniciativa de Harry. Era evidente que ele desejava capacitar os outros alunos, ensinando-os a se defenderem, uma nobre atitude que despertava sua admiração.

 "Estamos plenamente conscientes das ações da Umbridge e do Ministério da Magia, que nos privam do direito de aprender a nos defender", declarou Harry com uma voz firme. "E, como todos sabemos, o perigo é uma realidade constante, espreitando lá fora. Precisamos adquirir conhecimento, treinar e nos preparar para o pior. A Armada de Dumbledore representa a nossa oportunidade de agir, de fazer a diferença."

 A segurança e confiança que Harry demonstrava naquela reunião impressionaram profundamente Emma, considerando que ele costumava ser um tanto reservado quando se tratava de interagir com muitas pessoas.

 Enquanto os alunos começaram a se dispersar, alguns saindo da sala e outros se acomodando em diferentes pontos do ambiente, Emma, instigada por sua curiosidade crescente, tomou uma decisão firme.

 Com passos silenciosos e cautelosos, Emma se aproximou de Harry enquanto ele estava concentrado em escrever em um pergaminho. Com uma voz suave e tranquila, ela o chamou, "Harry?" O objetivo era não assustá-lo, mas chamar sua atenção de forma gentil e respeitosa.

 Harry ergueu os olhos do pergaminho, seu semblante exibindo surpresa ao notar a presença de Emma. "Oh, olá Emma... o Neville te encontrou?" ele perguntou, revelando um toque de curiosidade em sua expressão.

 A testa de Emma se franziu em confusão. "Neville?" ela repetiu.

 Harry ficou em silêncio por um momento, processando a situação. "Então, você nos encontrou sozinha, não foi?" Emma assentiu com a cabeça. Harry esboçou um leve sorriso. "Hm...o Neville saiu para procurar por você, mas ele provavelmente está dando uma volta enorme..." Ele sacudiu a cabeça, deixando escapar uma risadinha.

 Emma riu suavemente. "Pobre Neville..." Ela lançou um olhar para o pergaminho repleto de nomes. "Então, posso me juntar à sua Armada?" Ela fez a pergunta com um tom de determinação, ansiosa para fazer parte da iniciativa que Harry estava liderando.

 "É claro, toda ajuda é muito bem-vinda," afirmou Harry, entregando o pergaminho a Emma. "Basta assinar o seu nome." Com essa oferta calorosa, ele demonstrou sua gratidão pelo interesse dela em participar da Armada de Dumbledore.

 Com determinação, Emma pegou a pena que estava sobre a mesa e assinou o pergaminho com seu nome, "Emma Lupin." Ao depositar a pena de volta na mesa, ela olhou para Harry com um sorriso terno no rosto, irradiando orgulho pela iniciativa que ele havia tomado. A união na Armada de Dumbledore prometia ser uma jornada significativa para todos os envolvidos.

 Emma experimentou um sentimento de alívio profundo ao perceber que havia pessoas dispostas a levar a sério as circunstâncias que estavam acontecendo. A ocultação do ataque durante o Torneio Tribruxo e a morte de Cedric, tanto por parte de Umbridge quanto pelo Ministério da Magia, a entristeciam profundamente, considerando isso uma injustiça à memória de seu querido amigo.

 No entanto, a existência da Armada de Dumbledore lhe deu esperança, sinalizando que havia indivíduos genuinamente empenhados em fazer a diferença e trazer luz a uma situação sombria.

 Por um breve instante, depois de um longo período de incerteza, Emma sentiu que, finalmente, estavam dando os primeiros passos para honrar a memória de Cedric, e estava determinada a fazer o que fosse necessário em prol de seu nome e do que ele representava.

Para Sempre Nós - Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora