O Dia da Devastação - 2-8

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 O aguardado dia da última prova do Torneio Tribruxo finalmente se materializou, preenchendo o coração de Emma com uma ansiedade avassaladora que se espalhava por todo o seu ser. À medida que ela subia as escadarias da arquibancada, a sensação de expectativa crescia em consonância.

 Encontrou seu assento marcado ao lado do enigmático Snape mais uma vez, mas, desta vez, sua mente estava completamente imersa na iminência do desafio que a aguardava. Neste momento, o notável vizinho de cadeira passou a segundo plano, eclipsado pela intensidade de seus pensamentos e emoções.

 No aguardo ansioso pelo início da prova, Emma se via incapaz de conter a preocupação que a assombrava, envolvendo-a como um manto sombrio. Seus pensamentos estavam fortemente direcionados a Cedric e Harry, cujas imagens surgiam em sua mente como faróis de preocupação.

 Em meio a esse turbilhão de sentimentos, suas mãos se cerravam com firmeza, na tentativa de acalmar os nervos que pareciam dançar uma dança frenética dentro dela.

 Severus, atento à agonia que afligia Emma, optou por quebrar o silêncio que pairava entre eles. Sua voz ecoava com uma calma e serenidade que buscava transmitir conforto. "Emma," ele começou, "eu compreendo o nervosismo que toma conta de você, mas é importante que confie neles. Tenha fé, eles são mais do que capazes de superar esse desafio."

 Emma dirigiu seu olhar a Severus e, no profundo abismo de seus olhos negros, encontrou um resquício de compreensão que a tocou profundamente. Ela respondeu ao gesto com um lento aceno de cabeça. "Eu sei, Professor Snape. É apenas... difícil não se preocupar em uma situação como essa."

 Ele assentiu, seus olhos amenos refletindo a empatia profunda que nutria por ela. "Eu entendo, é natural preocupar-se com aqueles que gostamos, mas acredite, eles vão conseguir."

 Com um leve sorriso, Emma dirigiu seu olhar de volta para o campo diante dela. A voz de Severus tinha lançado um suave véu de conforto sobre sua alma inquieta, e, em sua gratidão, ela reconheceu o valor da presença dele naquele momento, mesmo que as circunstâncias de seu relacionamento fossem complexas e repletas de nuances.

 Ela tinha plena consciência de que ele compreendia suas preocupações de uma forma peculiar, única, o que tornava sua conexão ainda mais especial.

 Finalmente, o aguardado início da prova foi anunciado e os corajosos campeões adentraram o imenso labirinto. Com cada passo dado, Emma sentia a crescente onda de nervosismo ameaçando envolvê-la.

 Severus, atento a seu estado, optou por um gesto gentil que transcendia quaisquer preocupações com quem pudesse estar observando: ele segurou a mão dela. Por um instante, ela interrompeu seu percurso, desviando o olhar para as mãos entrelaçadas e, em seguida, para ele, um reconhecimento silencioso e cálido passando entre eles.

 Sua mente sussurrava insistentemente que deveria soltar a mão dele e manter sua distância, mas todos os outros sentimentos e intuições clamavam por ela para aceitar aquele conforto no gesto simples e significativo.

 Movida por uma necessidade mais profunda do que a razão, Emma simplesmente apertou a mão dele, voltando seu olhar para o desafiador labirinto à sua frente.

 O coração de Emma martelava em seu peito, uma sinfonia acelerada de expectativa, enquanto aguardava com ansiedade o retorno de Cedric e Harry. Seus olhos permaneciam inabalavelmente focados no campo onde a prova se desenrolava, e sua mão continuava firmemente entrelaçada com a de Severus.

 Ela ansiava que aquele tormento chegasse ao seu fim, mas o tempo parecia se estirar dolorosamente, prolongando a agonia da espera. Cada segundo que passava parecia uma eternidade, e a incerteza era um fardo pesado a carregar.

Para Sempre Nós - Severus SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora