Observo quando a valsa acaba e ela se volta em direção a sua mãe — marquesa de Brighton, Gertrudes Thompson — e ali finca seus pés.
Respiro fundo e em uma súbita coragem meus pés se movem em sua direção, meu olhar não se desencontra do seu magnifico rosto.
Seu cabelo está em um coque frouxo e algumas mexas rebeldes escapam do penteado e se vão de encontro ao seu rosto. Seus olhos são amendoados e de um castanho tão profundo, seu nariz é arrebitado de um jeito delicado e seus lábios — aqueles belos e fascinantes lábios — são carnudos e tão apetitosos. Percebo um sorriso leve da parte dela ao fitar os outros casais na pista de dança e uma covinha em seu queixo resplandece pelo seu rosto tão delicado.
Seu corpo é marcado por um vestido azul turquesa, seu decote vai de ombro a ombro e as mangas se aproximam do limite dos seus pulsos. O corpete é justo e a onda tentadora de seus seios é visível aos meus olhos, a saia do seu vestido é armada e seus detalhes são em ramos de flores brancas.
Ao estar a cerca de três metros de distância dela, seu rosto se vira e me encontra. Percebo seu sorriso sumir, porém no seu olhar um brilho mágico reflete e chega até os meus.
Corto por completo a distância e realizo uma reverencia exagerada para ela e sua mãe. Fito ambos os rostos e percebo uma tensão estranha, mas ignoro por hora.
— Boa noite milady, me chamo Alexander Jones. — faço menção de segurar a mão da matrona para lhe dar um beijo em cumprimento, mas ela a esconde.
A marquesa me fita de cima abaixo, pois a cumprimentei primeiro e logo após me viro novamente para lady Carolina, faço menção de falar algo, mas sou cortado pela sua mãe.
— Boa noite Sr. Jones. — a voz da mulher mais velha demonstra irritação — Não seja indelicado e saiba que deve primeiramente aguardar que eu vos apresente, minha filha está debutando esse ano e está à procura de um bom partido.
— Perdoe-me pela indelicadeza. — espero alguns segundos para que ela me apresente a sua filha.
— Senhor Alexander Jones, está é Srta. Caroline Thompson, minha filha. — ela entreolha para a sua filha.
— Boa noite Sr. Jones. — assinto.
Em meu intimo essa simples conversa age de maneira turbulenta, pois sinto uma alegria se apossar de meu ser.
— Boa noite, Srta. Thompson. — ela assente de um jeito estranho, mas opto por ignorar — Por algum acaso, teria alguma vaga para uma valsa a mim em seu cartão de danças?
— Ela não tem. — sua mãe responde de maneira intrometida.
— Mas mamãe... — seu sussurro é choroso.
— Se não houver não insistirei, compreendo. Com todo respeito, sua filha é uma dama bela e seria compreensível não exibir uma linha em seu cartão de danças ainda em branco.
— Eu sei que ela é bela e aguarda um casamento vantajoso. — ignoro seu tom, apenas porque estou a fitar com fascínio a jovem dama.
— Posso me atrever a leva-la até a mesa de quitutes? — noto irritação nas feições da marquesa.
Ela faz menção de responder para mim, mas é interrompida pelo seu marido que se aproxima de nós.
Conheço Edgar Thompson de algumas noites que jogamos carteado com outros cavalheiros, de fato, é muito simpático e parece ser gentil ao tratar as pessoas.
— Olá, Jones. — aceno em cumprimento a ele. — O que conversam?
— Eu estava a convidar a sua filha para uma dança, mas ela já não possui uma vaga para mim. Então estava pedindo para leva-la até mesa de quitutes.
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Fascínio De Um Americano (Série Destinados Ao Para Sempre)
Historical FictionAlexander Joaquim Jones é um grande empresário de Nova York e que deseja expandir seus negócios para a Inglaterra, descobrirá que seus investimentos não serão somente nos negócios, mas também no amor. Desde que se amigou com Katherine -- esposa do d...
Capítulo 1: do fascínio ao ódio.
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