CAPÍTULO 2

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Pov SN 28 de outubro de 2010

Acordo sentindo alguém me chacoalhando e me chamando, abro os e tenho a vista da minha, ela estava desesperada me gritando para que eu acordasse, logo recupero meu consciente e sento rapidamente na cama.

— Mãe? Por que você tá assim? O que tá acontecendo? Cadê o meu pai? — pergunto a ela que me puxa pra levantar da cama.

— Não temos muito tempo pra conversar, vesti seu tênis, pega um casaco e desce pra sala rápido, o seu pai já está nos esperando, vai — ela fala apressada e euforia e eu não entendo, só obedeço.

Calçei meu tênis o mais rápido que consigui, vesti o casaco e desci pro andar de baixo, assim que chego na sala vejo meu pai com uma espingarda na mão e minha mãe com uma caixa térmica e outra caixa de madeira com comidas enlatadas dentro.

— O QUE TÁ ACONTECENDO? — grito para chamar a atenção deles, que rapidamente me olham.

— Filha antes de qualquer coisa, pare de gritar, evite gritar a todo custo gritar. Ouve um problema na usina, seus resíduos radioativos vazaram, e estão se espalhando, os insetos que antes tinham milímetros agora tem metros, tanto de altura quanto largura,  até agora só afetaram insetos mas pode afetar outros animais com o passar do tempo, temos que ir pro carro, agora — explica rapidamente pra que demoro um pouco para processar, mas logo o sigo.

Vamos em direção ao carro e antes de entrar no mesmo ouvimos um barulho na casa da vizinha, nós viramos e ficamos em silêncio, segundos depois ouvimos gritos, a porta da frente da casa da vizinha se abre e ela sai da mesma correndo desesperada e sangrando, quando a mesma cai no chão.

Antes que meu pai pudesse ajuda-la, ouvimos um grunhido vindo de dentro da casa, um ser que eu jamais tinha visto, parecia uma formiga, era vermelha, grande, parecia que tinha veneno ou ácido, algo do tipo saindo de suas presas, mas seus olhos, seus olhos não transmitiam um instinto assassino, eram olhos assustados, olhos que mostravam que ele estava na defensiva.

Mas antes de eu conseguir concluir tal pensamento, nossa vizinha arranca uma faca de cozinha de seu bolso e enfia no monstro, enfiando a faca no que eu acredito ser a caixa torácica do monstro, ele a joga para longe fazendo com que a mesma batesse na árvore que tinha em frente a sua casa e quebrar o pescoço.

Meu pai aponta a espingarda para o monstro, atirando e acertando o mesmo, visto que seu tiro não casou nenhum dano no monstro ele se desespera, pegando no meu pulso e no pulso de minha mãe e nós puxando para dentro do carro.

Assim que entramos no carro, meu pai encaixa a chave e da a partida, logo o carro liga, quando olho para trás o monstro estava nos encarando, novamente olhando em seus olhos não vejo maldade, vejo medo, ele parecia assustado. Quando o barulho do motor do carro se faz presente e o mesmo da um arranque pra frente partindo, ele parece se assustar e grunhir, um grunhido de socorro.

Logo desvio minha atenção do monstro quando vejo que estamos nos afastando, meu pai estava concentrado enquanto dirigia frenético em alta velocidade, minha mãe estava com sua respiração desregulada, claramente assustada com a situação.

— Vai ficar tudo bem ok? Não se preocupem, nós vamos ficar bem — fala meu pai tentando tranquilizar minha e tranquilizar a sua mesmo.

— É eu sei, vamos ficar bem — fala minha mãe claramente mal.

Continuamos nosso caminho, meu pai estava dirigindo adoidado a 80km por hora para conseguir ficar mais afastado da cidade possível, mas para que conseguimos ir para o campo tínhamos que atravessar o centro da cidade, que até então estávamos próximos de chegar.

Assim que adentramos a cidade vemos pessoas correndo desesperada e milhares de monstros de diferentes tipos atrás delas, logo um carro a nossa frente bate, causando uma parada forçada aos carros logo atrás, incluindo o nosso.

— Puta que pariu, tudo bem, a gente vai ter que andar, saiam do carro agora, não temos tempo pra pegar as comidas — fala meu pai assim que o carro solta uma fumaça a acinzentada.

Eu e minha mãe não o questionamos, só saímos do carro e fomos atrás do mesmo, a cidade estava um caos, pessoas sendo mortas por monstros, carros, casas e prédios em chamas, alguns tentando matar os monstros, outros apenas roubando as lojas que agora não tinham mas dono, já que ele provavelmente estaria morto.

Em meio a multidão desesperada correndo para todos os lados, sinto meu pai puxar minha mãe e eu, logo nós levando a um beco.

— Venham, aqui é um atalho, algumas ruas e chagamos a fronteira da cidade — fala ele nos guiando.

Passávamos por diversas ruas, todas estavam lotadas de gente correndo, matando, roubando, meu pai nós guiava através da multidão para não nós separamos.

Quando estávamos perto de sair da cidade sinto um puxão na minha camiseta, me fazendo cair para trás e soltar da mão do meu pai, logo ele para e minha mãe também e os dois me olham, olho para trás vendo um policial nos encarando.

— Vocês não podem passar daqui, vão ter que permanecer no local — fala o policial para nós.

— O que? Como assim? — meu pai pergunta confuso.

— Vocês vão ter que ficar na cidade — o policial diz calmamente.

— VOCÊ TA FICANDO LOCO, QUER QUE EU FIQUE AQUI? — diz meu pai já alterado.

— senhor preciso que fique calmo e se cale — mandou o policial.

— EU NÃO VOU ME CALAR, VOCÊ QUER QUE EU FIQUE NA PORRA DE UMA CIDADE EM QUE EU VOU MORRER SEU FILHO DA PU.... — me assusto com um barulho alto de tiro, quando olho meu pai percebo que o policial lhe deu um tiro.

— EU MANDEI CALA A PORRA DA BOCA, MAS VOCÊ QUIS DO JEITO MAIS DIFÍCIL — grita o policial pro meu pai.

Meu olhos se enchem de lágrimas quando vejo meu pai começar a cospir sangue e ter dificuldade ao respirar, enquanto obsevava meu pai no chão imóvel sou tirada dos meus pensamentos por um barulho de tiro, quando me viro vejo minha mãe com os olhos marejados segurando a arma e o policial caído no chão, ela matou ele.

Vou até meu pai caído no chão sangrando, me agacho perto dele e começo a me derramar em lágrimas, minha mãe parece ser dispertada pelo meu choro e vem até meu pai, se agacha do meu lado e me abraça.

— Pai... n-não faz isso c-comigo.... p-por favor.... eu preciso d-de você.... preciso do s-seu a-abraço.... preciso te ter comigo.... por favor... papai..... — enquanto as lágrimas desciam de meu rosto o meu pai tentava me falar algo, me aproximei do mesmo para ouvir.

— Pega a bússola..... leva ela com.... você.... pra não.... se perder....... eu te amo tanto.....minha filha..... minha menina — fala com dificuldade por causa do tiro, pego a bússola que estava no seu bolso.

Quando volto meu olhar ao mesmo, seu corpo estava relaxado, não havia respiração e nem batimentos, ele tinha morrido, escuto o choro dolorido de minha mãe ao meu lado, não consegui conter minha lágrimas e chorei novamente.

Ouvimos um barulho atrás de nós, quando nós viramos havia um monstro atrás de nós, minha mãe pegou a arma que tinha largado no chão novamente e apontou para o monstro, logo ele avançou na mesma e a jogou contra um muro, depois a arrastou pelo chão, a jogou contra um poste e a arremessou no muro novamente e foi embora.

— Não mãe.... por f-favor não faz i-isso comigo.... não posso perder vocês d-dois — falo chorando mais do que em qualquer outro momento de minha vida.

— Eu te amo.... minha filha — fala e logo fecha os olhos, ficando com o corpo relaxado e não respirando mais, ela tinha morrido.

Em meio a todos meus gritos e lágrimas, apenas sinto algo ser injetado no meu pescoço,  sinto alguém me arrastando e logo apago.

An apocalypse and a love (Jemma and SN G!P)Where stories live. Discover now