CAPÍTULO 33

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Pov SN

Andando atrás da enfermeira no local onde, de acordo com ela, minhas namoradas estariam, podia ver as diferentes alas hospitalares, com milhares de pessoas, algumas acamadas, outras esperando melhoras de amigos ou familiares, parecia que tinha uma cidade inteira aqui, o grupo de Foggs realmente fez um estrago. Ver todas aquelas pessoas machucadas despertou um medo em mim, medo de que algo tivesse acontecido com Emma ou Jenna, aquilo me preocupava em um nível absurdo.

Assim que chegamos em frente a uma porta fechada, ela para de andar e eu paro também, ela abre a porta, revelando naquela sala não tão grande, mas nem tão pequena assim, todos do meu grupo, rapidamente começo a procurar minhas namoradas com os olhos, até que escuros suas doces vozes.

— SN — elas chamam pelo meu nome, me viro pra elas e antes que eu tenha qualquer reação, sinto seus corpos colidirem com o meu em um abraço apertado e reconfortante.

Sem perceber meus olhos já deveriam estar marejados, assim que olho para seus rostos, vejo que não estavam diferentes de mim, já que seus olhos brilhavam pelas lágrimas. Sem muita falação, iniciamos um beijo a três, um beijo onde continham os mais fortes e profundos sentimentos já existentes, eu estava aliviada, aliviada em saber que elas estavam bem, que estavam vivas. Assim que o beijo se cessa pela necessidade de ar dos nossos pulmões, encostamos nossas testas, sem palavras, apenas ações que já poderiam dizer tudo que se precisava saber.

— Nós ficamos com tanto medo de perder você — fala Emma assim que afastamos nossas testas.

— Eu também fiquei com medo de perder vocês, eu não saberia o que fazer se não as encontrasse mais — falo, Jenna chega mais perto de mim, me abraçando de lado escondendo a cabeça em meu pescoço.

— Nunca mais nos deixe preocupadas assim — fala Jenna com a voz abafada.

— Jamais ousarei ficar longe de vocês novamente — falo deixando um beijo no topo de sua cabeça, sinto Emma também me abraçar de lado, apoiando a cabeça em meu ombro.

— Não quero promessas falsas — fala Emma.

— Nunca fiz uma tão verdadeira, não cometerei o mesmo erro de novo, eu prometo cuidar e proteger vocês, nem que eu tenha que morrer para vocês ficarem bem — falo as apertando mais no abraço.


— De dedinho? — fala Emma levantando seu dedo mindinho, solto uma risada curta por sua ação.

— De dedinho. Acho que você também deveria participar mi amor — falo pra Jenna entrelaçando meu dedo mindinho com o de Emma. Logo Jenna também entrelaça seu dedo ao nosso.

— Promete? — pergunta Jenna tirando a cabeça do meu pescoço.

— Claro, é uma promessa de dedinho, tem mais forte que isso — falo sorrindo, ato que logo elas retribuem.

Ficamos ali aproveitando o momento, elas estavam um pouco machucadas também, por isso insisti que se sentassem na maca e esperassem por atenção médica, o que não demorou muito, pelas palavras do médico foram apenas alguns pequenos cortes e ralados, ele nos deu uma pomada pra cicatrização, disse que ia ajudar na minha perna e nos meus cortes, ele também nos deu algum analgésicos pra dor e falou pra compartilharmos com os outros, logo o fizemos.

Todos já tinham tomado um analgésico e agora eu estava ajudando as minhas namoradas a passar as pomadas em seus pequenos cortes.

— Como conseguiram esses cortes? — pergunto passando a pomada num pequeno ralado no ombro de Jenna.

— Muitas pessoas correndo pra mesmas direção, algumas tropeçaram e caíram, o que foi nosso caso — fala Jenna.

— Tem certeza que não estão sentindo mais nada? — pergunto preocupada agora as olhando.

— Estamos bem, é você que tá toda machucada — fala Jenna.

— Eu tô bem — falo guardando a pomada.

— Certeza? — pergunta Emma.

— Absoluta, alguém mais vai querer pomada de cicatrização? — pergunto me virando para o grupo.

— EU — grita uma voz conhecida por mim, Dylan, ele rapidamente vem até mim, mas eu me afasto, o que o faz franzir o cenho.

— Como consegue? — pergunto olhando em seus olhos.

— Como assim? — ele pergunta confuso.

— Fingir que não fez nada de errado — falo, logo todos já estavam nos observando.

— Eu... Eu não tô entendendo — fala em confusão.

— Eu lembrei... De tudo... Eu já te conhecia desde a minha infância, eu lembrei da Leslie, e lembrei do Foggs, vulgo seu pai — falo séria.

— Você não sabe do... — fala Dylan com os olhos marejados, eu o corto.

— Foi você não foi? Quem entregou nossa localização, era impossível ele saber exatamente aonde estávamos — falo.

— O que quê tá acontecendo? — pergunta Sandra.

— Eu não queria que isso acontecesse — diz encarando o chão.

— Não queria? As minhas namoradas foram abusadas por sua culpa — falo com raiva.

— Eu não... — ele deixa a frase morrer.

— Você não o que Dylan? — pergunto alterando minha voz.

— No dia em que a Leslie morreu, ele não queria olhar na sua cara, ele achava que a culpa da morte dela era sua, eu não tinha opinião sobre aquilo, com meus 15 ele decidiu esquecer você, quando eu fiz meus 16 anos eu saí de casa, um ano depois a aconteceu o problema com a usina, eu tinha cortado meus laço de vez com meu pai. No dia em que encontramos você, Nick, Marcel e Roger no shopping, eu lembrei de você, mas você não lembrou de mim, então eu decidi deixar o passado no passado — ele fala com sua voz embargada, eu prestava atenção nele com esperando que ele continuasse, assim como os outros na sala.


— Quando ele foi pra vila do Otto, ele falou comigo. O plano principal dele era apenas ir atrás do otto por causa da sua irmã, mas aí você chegou socando ele, e no momento em que ele te viu, todo o sentimento de raiva por você pela morte da filha dele veio a tona novamente. Antes que eu conseguisse sair da vila junto de vocês, ele me encurralou, me deu um walk talkie e me obrigou a falar as nossas localizações, ele disse que se eu não fizesse isso, ele não iria fazer só você sofrer, mas sim todos nós. Eu não sabia que ele iria mandar matar o Hoechlin e nem que ele ia fazer aquilo com suas namoradas, quando ele matou o Hoechlin, eu cortei o contato com ele, só que eu não sabia que o walk talkie tava grampeado, eu sinto muito mesmo, eu não queria fazer aquilo — ele fala desabando em lágrimas, os olhos, pareciam tão... Sinceros, ele tava falando a verdade, eu sabia disso.

Não digo nada, apenas o abraço, ele retribui o abraço apertado, chorando em meu ombro, ficamos assim por um tempo, até que nós separamos, e eu olho em seus olhos.


— Se fizer isso de novo eu te taco de um prédio O'brien — fala pra ele que enxugava os olhos.

— Vai abraçar ele depois de ter feito quase todos nós morrermos? — fala Chris incrédulo.

— Ele está falando a verdade — falo simples.

— Como tem tanta certeza? — pergunta Michael.

— Nunca duvide da intuição da SN — fala Nick.














An apocalypse and a love (Jemma and SN G!P)Where stories live. Discover now