CAPÍTULO 30

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Pov SN

Eu não podia sair de perto delas, não podia solta-las e deixasse que sofressem por meus erros novamente, eu precisava arranjar uma maneira de sair daqui, nós tirarmos daqui, achar os outros e irmos embora pra longe, tão longe que nem rastreadores seriam capazes de nós achar, eu precisava pensar, mas antes, eu tinha que tentar convencer Foggs a deixar minhas namoradas em paz, não suportaria vê-las naquela situação novamente, sentindo uma dor que era pra ser minha, não delas.

Estava sentada no canto da parede daquela sala com minhas namoradas ao meu lado, estávamos de mãos dadas, já tinha se passado um dia do ocorrido. Ouvimos a porta da sala ser aberta, revelando Foggs e seu cinco parceiros, eu voaria no pescoço deles e os mataria agora mesmo seu eu não soubesse que se caso a tentativa fosse falha, eles descontariam em Emma e Jenna, e eu não iria permitir que encostassem nelas, de novo não.

— Já tá na hora e você sabe do que — fala Foggs com seu taco de pegros em sua cintura, que era o antigo taco de Otto.

— ESPERA — grito me levantando antes que ele saia por aquela porta novamente.

— Diga — diz ele para que eu prossiga.

— Faz qualquer coisa comigo, qualquer coisa, mas por favor, deixa elas em paz, elas não tem nada haver com isso, eu te provoquei, arcarei com as consequências seja o que for, isso é entre mim, não elas, deixa elas... Por favor — falo quase suplicando a ele que olha no fundo dos meus olhos.

— Você está disposta a sofrer qualquer dano por elas? — ele pergunta curioso.

— Tudo que for necessário, só deixem elas — falo não desviando meu olhar do dele.

— Tudo bem, se você quer assim, assim será, foi bom ouvir seus gritos de culpa, por mais que tenha sido só uma vez, me sinto satisfeito, deixarei elas em paz, já você eu não garantirei se ainda conseguirá respirar depois daqui — fala sério.

— Não me importo com o que acontecerá comigo, contanto que elas fiquem bem, farei qualquer coisa — falo convicta, ele assente com a cabeça abrindo um sorriso.

— Você tem convicção, gostei, vamos, todas — ele fala começando a andar.

Ajudo Jenna e Emma a ficar em pé, e as ajudo a caminhar, andamos atrás dele durante um tempo, até que ele para em frente a uma porta, seu número era 82. Ele abre a porta da sala e adentra a mesma, com Jenna, Emma, eu e os homens da gangue do Foggs logo atrás, como eu quero cravar uma faca no pau e depois no pescoço de cada um e vê-los sangrar até a morte.

Assim que entramos na sala, pude ver ela melhor, era grande, maior que as outras que eram pequenos cubículos, tinha uma mesa, em cima da mesa tinha alicates, facas, isqueiros, martelos, soco inglês, álcool, barras de ferro, entre outras coisas.

— Aqui é a salinha da tortura, veja como sua nova casa, pois você irá passar muito tempo, quero te ver sofrer — fala ele, apenas o olho sem retrucar ajudando minhas namoradas a se sentarem no canto da sala.

— Prendam-nas — diz Foggs pegando uma faca. Dois homens vieram até mim me colocando na cadeira e me prendendo na mesma com cordas, em meus pulsos e pernas. Outros dois algemaram Jenna e Emma no chão para que não fugissem.

— Já podem ir inúteis — fala Foggs despachando os seus homens, que logo saíram da sala fechando a porta.

— Que a diversão comece — ele fala ficando a faca na minha perna, fazendo eu gritar.

— SN — minhas namoradas me gritam.

— Cala boca vadias — fala Foggs.

— Filho da puta — falo grunhindo de dor, sinto um tapa ser dado em meu rosto.

— Cala boca, a única coisa que eu quero ouvir são seus gritos — fala ele cuspindo perto do meu rosto.

— Se fod... — sinto outro tapa.

— Eu mandei CALAR A BOCA PORRA — fala ele afundando mais a faca na minha perna.

— Tudo por causa de um soco? — pergunto.

— Você fez muito mais do que um soco — me olhando com raiva.

Tudo que eu conseguia fazer naquele momento era gritar de dor, mesmo naquela situação, estava um pouco mais tranquila pelas minhas namoradas não terem passado por aquilo novamente, pelo menos quem estava pagando era o real culpado, no caso eu.

Foggs retira a faca da minha perna vagarosamente, me fazendo grunhir, ele finca a faca na minha outra perna, mas rapidamente tira, ele vai até a mesa que tinha na sala, pegando uma barra de ferro, ele vem até mim e acerta meu abdômen com a barra, depois outra vez, e outra vez, outra, até que eu começo a cuspir um pouco de sangue e ele para. Ele vai em direção novamente, pegando um soco inglês, ele caminha até mim, para a minha frente e desferi um soco no meu rosto, várias e várias vezes, quando eu estava quase fechando os olhos, pois doía demais mantê-los abertos, ele para com os socos.

Foggs volta a mesa e parece pensar um pouco, até que ele pega um taser e vem em minha direção, assim que ele se aproxima, ele gruda o taser em meu abdômen, ele distribui vários choques por mim, até eu começar a me sentir meio tonta. Ele se afasta e pega a barra de ferro de novo, ele vem até mim, coloca a barra no chão e me desamarra, eu tentaria fugir, mas não dava, eu não tinha forças pra isso. Vendo que eu não iria me levantar por vontade própria, Foggs arraga a gola da minha camisa e levanta da cadeira, comigo já em pé, ele pega a barra novamente, acertando minhas costas, depois minha pernas, me fazendo cair no chão, canelas, braços, costela, então ele finalmente para e vai até a mesa e volta com uma garrafa de álcool, o despejando em mim, fazendo eu me contorcer no chão.

— PORRA — grito sentindo tudo doer e agora arder.

— Acho que você não sentirá falta disso — fala Foggs pegando minha bússola que caiu do meu bolso no chão, ele logo a quebra. Olho a bússola quebrada no chão, eu queria gritar e o xingar o máximo possível, mas eu não conseguia.

— Por hoje é só — fala Foggs saindo da sala.

— SN — ouço seus gritos abafados, ficando cada vez mais longes, eu não conseguia raciocinar direito, eu só sentia doer, doer tudo, eu queria poder me levantar e abraça-las fortemente, mas eu não conseguia. A medida que elas gritavam, seus gritos se tornam distantes e meus olhos se fecham aos poucos, até não se ouvir mais nada e tudo escurecer.








An apocalypse and a love (Jemma and SN G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora