CAPÍTULO 3

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Pov SN 2012, 12 anos

Estava sentada no terraço de um prédio abandonado vendo o por do sol, relembrando os acontecimentos de 2 anos atrás, muitas coisas aconteceram desde lá.

No dia em que meus pais morreram, alguns polícias apareceram no local e me levaram, eu fui levada pra uma cidade afastada, que estava sendo feita pra recrutar pessoas, sim recrutar, desde crianças até adultos, para serem treinados e fazerem parte da guarda contra os monstros.

Cada cidade tem 5 orfanatos, que estam sendo feitos de campo de treinamento, o orfanato 5 é para aqueles que chegaram agora, os novatos, e o um é para elite, poucas pessoas são levadas pra lá, já que só os melhores, com as habilidades mais aguçadas entram.

No momento o país está dividido entre três, cidades de recrutamento, a qual eu faço parte, cidades de civis, para aqueles que tenham alguma doença que prejudiquem seu desempenho em campo, ou seja, são cidades abandonadas para as pessoas se virarem como der, a maioria das pessoas que populavam essas cidades estão mortas, e a cidades renomadas, dos privilégiados, existem poucas delas, lá as pessoas vivem normalmente como se não tivessem insetos mutantes extremamente perigosos, por isso privilegiados, eles tem dinheiro para pagar sua segurança, então vivem normalmente.

Quando eu entrei pro recrutamento ninguém sabia que eu era intersexual, mas depois de 1 semana descobriram, eu não venho tendo paz desde esse dia, as pessoas me zoam, mas eu não ligo, eu estou no orfanato 1, sou da elite, então por isso eles evitam muito contado, é mais falação mesmo, mas antes de eu ser da elite eles me batiam, todos os dias, e como os membros da elite tem permissão pra andar armado, eles nem se atrevem a me encostar um dedo.

Eu fui passada não tem muito tempo para a elite, acho que tem um ou dois meses, descobri que eu lutava muito bem e que tinha uma ótima mira, sentidos aguçados, portanto não demorei pra aprender a usar uma arma, quando me levaram pro recrutamento inicial eu ainda estava muito irritada, devia ser pela adrenalina da morte de meus, então descontei tudo em tiro ao alvo, no momento estou bem mais calma.

Eu irei fugir hoje a noite, estou planejando essa fuga desde que entrei na elite, ou seja, a dois meses, eu não aguento mais esse lugar, eles são cruéis, tanto no seu treinamento, quanto no dia a dia, eles abusam de mininas de classes de orfanatos menores que 2, eu tenho nojo de pessoas desse tipo.

Descobri diversas coisas sobre o mundo adulto, descobri que existem pessoas maldosas e nojentas, pessoas que não tem respeito a outros, esses cenários não acontecem só com crianças, também acontece com mulheres, principalmente aquelas que não tem meios de defesa.

— É hoje — falo pra mim mesma me incentivando.

*QUEBRA DE TEMPO*

Já estava de noite, eu teria que colocar meu plano de fuga em prática, a cidade é revestida de guarda, já que ela é de recrutamento, há 4 meus de entrar e sair da cidade, área norte, área leste, área sudeste e área oeste.

Todas essas áreas são compostas por 50 guardas, mais as câmeras e as cancelas, o toque de recolher é as 22:00, agora já são 23:42, todos esse horário já devem estar dormindo, eu irei sair pela área oeste, já que ela é a mais afastada e é a única que não tem câmeras.

Neste momento estou no dormitório do orfanato, como não o dividido com ninguém não me importei de fazer o mínimo de barulho, mas só o mínimo já que tem guardas em casa orfanato.

Pego minha mochila, guardo na mesma uma muda de roupas e um cobertor, levo no bolso um canivete, um esqueiro e minha bússola, por último minha pistola, saio do dormitório em silêncio para não acordar ninguém e vou calmamente até a escadaria de incêndio, sempre atenta a guardas.

Depois de descer a escadaria, tinha uma porta logo a minha frente, mas eu não poderia sair pela mesma, já que atravessando aquela porta, chegaria a entrada do orfanato, onde a maioria dos guardas estão, olho para o lado procurando outra saída, logo avisto uma janela no alto da parede de tamanho pequeno.

Dou alguns passos para trás pra pegar impulso e corro até a janela, escalo a parede e chego na mesma, passo pela janela e caio para fora do orfanato, do lado de fora tem uma grade e está escuro muito escuro, quando o toque de recolher bate, as pessoas evitam iluminação, só os portões da cidade que ficam iluminados 24 horas por dia.

Me aproximo da grade, escalo a mesma e pulo, caindo do outro lado da grade, olho as ruas, estão vazias, isso é bom, todos respeitam o toque de recolher, atravesso a rua indo para um beco, tal beco que me levaria a estação de metrô.

Chegando na estação, pulo nos trilhos não temendo um metrô, já que depois do toque de recolher eles são desativados, sigo meu caminho pelos trilhos com minha lanterna, vejo três divisões, sigo pela oeste para o portão da cidade, chego perto das barricadas que ficam próximas dos portões, atravesso por trás das mesmas, olho o grande portão, a maioria dos guardas de patrulha estão lá, e alguns em pontos estratégicos caso alguém decida fugir.

Olho bem para os muros vendo um buraco, era pequeno, mas o suficiente pra eu passar, vou até buraco do muro e percebo que a rachadura, o cimento não tá aguentando, ou fizeram esse muro as pressas ou o pedreiro é ruim mesmo, me agacho, passo minha mochila primeiro e me deito, logo rastejo para fora.

— EI VOCÊ! ESPERA, TODOS OS GUARDA DO PORTÃO OESTE PARA FORA, UM CADETE ESTA FUGINDO — quando escuto a voz do guarda pego minha mochila e corro o mais rápido possível já fora da cidade, logo o escutando chamar reforços.

Corro o mais rápido que consigo me espreitando na mata, ao passar por um rio eu caio, mas rapidamente me levanto e volto a correr, desse vez prestando mais atenção no chão, olho para trás e vejo os guardas na minha cola, logo atravesso em meio a alguns arbusto e chego em um ninho de globbens de areia, são tipo sangue sugas grandes e com pressas, muito rápidas por sinal, logo paro imediatamente e me escondo atrás de uma pedra.

Escuto barulhos altos de passos, com certeza os globbens acordaram, os guardas param antes de cair no seu ninho que fica embaixo da terra, mas antes de qualquer ação uma enchurrada de globbens saem do ninho e pulam nós guardas, deveriam ter uns 20 guardas ali, mas só 3 conseguiram fugir, os globbens arrastaram os guardas no ninho, só consigo ouvir seus gritos de dor.

Aproveito que eles estão submersos na terra e saio correndo, corro por mais ou menos uns 30 minutos até sentir que estou longe o bastante deles e começo a andar.

Depois de uma caminhada de 40 minutos eu avisto uma cidade, ela estava abandonada, com certeza era uma cidade de civis ou só uma cidade abandonada após o começo do tumulto mesmo, passo entre vários prédios até que acho um mercado, já devem ter assaltado mas não custa nada ir procurar algo.

Então no mercado e vou passando os corredores, a maioria das prateleiras estavam vazias, mas ainda restavam algumas coisas, o mercado era um mercado de tudo então vou até a sessão de camas e pego uma coberta e um travesseiro, vou até a dispensa e me deito, aqui ainda tem algumas comidas, da pra ficar aqui por alguns dias








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