Emily anseia ingressar na vida religiosa como freira, no entanto, sua relação com a religiosidade se complica quando um poderoso demônio, que é obcecado por ela há séculos, decide possuir o corpo de seu primo mais velho, Matthew, e começa a exercer...
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— E o que tem nessa lista? — Emily pergunta com uma mistura de curiosidade e medo.
— Pecados. — Dou de ombros. — O que mais seria?
— Eu vou ter que cometer todos os pecados existentes no mundo, os sete pecados capitais ou ir contra os dez mandamentos de Deus?
— Não exatamente, porque o seu espírito é quem precisa estar corrompido e eu venho te corrompendo há muitos séculos de diversas formas bem prazerosas se é que você me entende. — Minha voz soa maliciosa e a garota abraça o seu corpo como se quisesse se proteger dos meus olhos desejosos.
— Podemos entrar, Matt… Quer dizer, Ox? Eu estou ficando com frio.
— Claro, priminha. — Faço um gesto com a mão para que ela passe na frente e ela me obedece.
— O que eu terei que fazer?
— Bom, falta pouco para você estar pronta para se tornar a chave da ascensão. Bem pouco mesmo, porque as garotas deste século parecem que crescem com o espírito de imoralidade sexual impregnado nelas.
Emily soltou uma risada baixa e sem graça.
— Sabe o que é engraçado? É que eu sei que você está falando a verdade, Ox, mas como eu tenho tanta certeza disso? — Emily questiona, hesitante, enquanto avançamos pela entrada majestosa da mansão. — Eu meio que acabei de te conhecer. Não consigo entender esse sentimento de familiaridade com você.
O interior da casa é igualmente impressionante ao lado de fora, com um ar decadente que paira no ar, um eco dos segredos enterrados nas paredes. Não era a primeira vez que eu e uma reencarnação de Amalthea estamos juntos nesse lugar.
— Minha doce Emily, por mais que você tenha apenas 18 anos, seu espírito tem milênios de existência. Estivemos juntos em quase todas as suas vidas na Terra. Você saberia se eu estivesse mentindo, porque a sua alma me conhece e me conhece muito bem — explico, observando seu rosto tenso.
A curiosidade e o medo lutam pela supremacia em seus olhos enquanto ela processa minhas palavras.
— Então, nem sempre tive que lidar com um demônio me perseguindo? — Ela ri baixinho, esbanjando ansiedade.
— Nem sempre pude estar na Terra junto com você. Tenho muitos inimigos, além de Deus, e fui aprisionado mais de uma vez — acrescento, olhando para as velhas tapeçarias nas paredes.
Emily me lança um olhar curioso e percebo que ela não desistirá facilmente.
— Por quem você foi aprisionado? — ela indaga, e sua voz traz um toque de inocência que me surpreende.
— Por que eu te daria essa informação, Em? — Semicerro os olhos, manifestando minha desconfiança diante da sua indagação.
— Você acha que estou tentando descobrir como sabotar seu plano?
