Emily anseia ingressar na vida religiosa como freira, no entanto, sua relação com a religiosidade se complica quando um poderoso demônio, que é obcecado por ela há séculos, decide possuir o corpo de seu primo mais velho, Matthew, e começa a exercer...
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Desperto do meu sono com a voz de Emily ordenando para levantar-me da cama porque estamos atrasados para a missa daquele domingo.
— Quando disse que aceitava ir à igreja com você, eu não sabia que teria que acordar tão cedo — resmungo e ouço uma risada baixa da minha prima.
Viro-me para ficar de bruços e enfio o meu rosto no travesseiro.
— Você sabe que é pro seu bem, Matt. — A garota cutuca o meu braço e sinto o colchão afundar quando ela senta-se na beira da cama. — Largue de ser preguiçoso e vamos logo!
— Venha dormir comigo, Em. — Coloco o meu braço ao redor da sua cintura e a puxo para deitar-se ao meu lado.
Emily coloca a sua perna em cima das minhas costas e tê-la tão perto de mim, me faz sentir um misto de sensações proibidas.
Nunca chegamos a ter esse nível de intimidade antes do aniversário de dezoito anos da Emily, mas agora eu me flagro imaginando como seria se a minha prima sentisse o desejo por mim tomar conta do seu corpo e começasse a esfregar a sua boceta na lateral do meu corpo.
Segundos depois, Emily encaixa o meio das suas pernas no meu quadril e inicia um vai e vem, se esfregando em mim exatamente como havia acabado de imaginar.
Merda, não.
Eu não posso.
Nós não podemos.
— Não, Em. — Coloquei a minha mão novamente na sua cintura, a afastei e a encarei com o cenho franzido. — Isso é errado.
— Desculpa, eu não sei o que me deu! — Emily levanta-se rapidamente da cama e ajeita seu vestido.
Me esforço para continuar firme na decisão de dizer não para Emily.
Por tudo que causou o episódio da morte do tio Keith, talvez eu e ela estejamos confundindo os nossos sentimentos ou tentando lidar com o luto de forma completamente errônea.
— Está tudo bem, Em. A culpa não é sua por me desejar.
— Eu não te desejo!
— Como não? Eu sou extremamente gostoso — brinco, fazendo a garota soltar uma risada.
Ao levantar da cama, me espreguiço sob o olhar tímido da minha prima ao lado do meu corpo, e antes de entrar no banheiro para tomar um banho quente, dou um beijo em sua bochecha.
Mesmo que lá fora esteja chovendo e fazendo frio, eu não consigo ignorar que preciso me banhar para começar o dia. As raízes brasileiras por parte da família da minha mãe não me deixam normalizar o hábito de tomar banho apenas uma vez por semana como a maioria dos estadunidenses.
O banho quente ajuda a clarear um pouco a minha mente, afastando pensamentos confusos e sentimentos conflitantes. Ao sair do banheiro, já vestido com uma camisa social branca, de manga longa e bem passada, calça social preta e sapatos de couro pretos, bem polidos e um cinto de couro combinando com os sapatos, encontro Emily sentada na beira da cama, encarando o chão com uma expressão preocupada.