Capítulo cinco

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Desperto do meu sono com a voz de Emily ordenando para levantar-me da cama porque estamos atrasados para a missa daquele domingo

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Desperto do meu sono com a voz de Emily ordenando para levantar-me da cama porque estamos atrasados para a missa daquele domingo. 

— Quando disse que aceitava ir à igreja com você, eu não sabia que teria que acordar tão cedo — resmungo e ouço uma risada baixa da minha prima. 

Viro-me para ficar de bruços e enfio o meu rosto no travesseiro. 

— Você sabe que é pro seu bem, Matt. — A garota cutuca o meu braço e sinto o colchão afundar quando ela senta-se na beira da cama. — Largue de ser preguiçoso e vamos logo!

— Venha dormir comigo, Em. — Coloco o meu braço ao redor da sua cintura e a puxo para deitar-se ao meu lado. 

Emily coloca a sua perna em cima das minhas costas e tê-la tão perto de mim, me faz sentir um misto de sensações proibidas.

Nunca chegamos a ter esse nível de intimidade antes do aniversário de dezoito anos da Emily, mas agora eu me flagro imaginando como seria se a minha prima sentisse o desejo por mim tomar conta do seu corpo e começasse a esfregar a sua boceta na lateral do meu corpo.

Segundos depois, Emily encaixa o meio das suas pernas no meu quadril e inicia um vai e vem, se esfregando em mim exatamente como havia acabado de imaginar.

Merda, não.

Eu não posso.

Nós não podemos. 

— Não, Em. — Coloquei a minha mão novamente na sua cintura, a afastei e a encarei com o cenho franzido. — Isso é errado. 

— Desculpa, eu não sei o que me deu! — Emily levanta-se rapidamente da cama e ajeita seu vestido.

Me esforço para continuar firme na decisão de dizer não para Emily. 

Por tudo que causou o episódio da morte do tio Keith, talvez eu e ela estejamos confundindo os nossos sentimentos ou tentando lidar com o luto de forma completamente errônea. 

— Está tudo bem, Em. A culpa não é sua por me desejar.

— Eu não te desejo!

— Como não? Eu sou extremamente gostoso — brinco, fazendo a garota soltar uma risada.

Ao levantar da cama, me espreguiço sob o olhar tímido da minha prima ao lado do meu corpo, e antes de entrar no banheiro para tomar um banho quente, dou um beijo em sua bochecha. 

Mesmo que lá fora esteja chovendo e fazendo frio, eu não consigo ignorar que preciso me banhar para começar o dia. As raízes brasileiras por parte da família da minha mãe não me deixam normalizar o hábito de tomar banho apenas uma vez por semana como a maioria dos estadunidenses.

O banho quente ajuda a clarear um pouco a minha mente, afastando pensamentos confusos e sentimentos conflitantes. Ao sair do banheiro, já vestido com uma camisa social branca, de manga longa e bem passada, calça social preta e sapatos de couro pretos, bem polidos e um cinto de couro combinando com os sapatos, encontro Emily sentada na beira da cama, encarando o chão com uma expressão preocupada.

OBSESSÃO DIABÓLICA Where stories live. Discover now