Capítulo quatro

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A sala de estar é aconchegante, com móveis vintage e uma televisão de tubo ocupando um lugar de destaque

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A sala de estar é aconchegante, com móveis vintage e uma televisão de tubo ocupando um lugar de destaque. O sofá é macio e desgastado pelo uso, mas ainda confortável o suficiente para Jacques e Marie se sentarem e relaxarem após um longo dia de trabalho.

O crepúsculo pinta o céu com tons dourados, e os raios do sol poente invadem suavemente a sala, iluminando o ambiente com uma luz suave e calorosa. Os pais estão sintonizados em um programa de variedades na televisão em preto e branco, um deleite para a época.

Enquanto riem de alguma piada contada pelos apresentadores na tela, eles ouvem o som dos passos leves de Sophie chegando em casa. Ela irrompe na sala com uma energia contagiante, seu uniforme escolar perfeitamente arrumado e seus cachos escuros dançando ao redor de seu rosto angelical.

Ela corre até o sofá e pula no colo de Jacques, que a envolve em seus braços e beija o pescoço da garota de dezoito anos com malícia.

Sophie começa a tagarelar animadamente sobre seu dia na escola, compartilhando histórias sobre seus amigos, a lição de matemática difícil que ela finalmente entendeu e as travessuras engraçadas que aconteceram no seu almoço. Seus olhos brilham com entusiasmo enquanto ela fala, mas Jacques tem outras intenções e a garota não demora para sentir algo entre as suas pernas.

Marie, com um sorriso amoroso nos lábios, acaricia a cabeça de Sophie gentilmente.

— Deixe o Jacques fazer carinho em você.

— Mãe...

— É ele que tem nos ajudado desde que seu pai se foi e você já tem dezoito anos, então tem que fazer a sua parte para contribuir com o sustento da nossa família.

— Você é uma garota tão boa, Sophie. Sempre tão esperta e dedicada. Estamos muito orgulhosos de você — diz Jacques subindo as suas mãos pela perna da sua enteada.

Antes que eles possam continuar, Sophie solta-se do homem e corre para o banheiro, onde foi encontrada sem vida algumas horas depois.

***

Acordei sobressaltado, o coração ainda martelando no peito, os ecos do pesadelo ainda dançando em minha mente. Minha respiração estava irregular, e eu podia sentir o suor frio que cobria minha testa. Os detalhes perturbadores do sonho ainda estavam frescos em minha memória, como se eu tivesse sido arrastado para um mundo distorcido e sombrio. Lentamente, meu olhar vagou pelo quarto, buscando familiaridade e conforto na realidade que me cercava.

Mais uma vez, estava atrasado para trabalhar, e a verdade é que minha sorte tem sido ser o meu próprio chefe. Caso contrário, eu já teria sido demitido há semanas.

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