Capítulo Doze

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A manhã nasceu com um céu límpido, e eu e Matthew estávamos a caminho da biblioteca pública de HellDale em seu carro

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A manhã nasceu com um céu límpido, e eu e Matthew estávamos a caminho da biblioteca pública de HellDale em seu carro. Ele usava uma camisa preta de manga comprida com uma calça da mesma cor, e eu estava vestida com um vestido branco que ia até o início dos meus joelhos. 

— Será que alguém lançou uma maldição sobre nossa família, Matt? — questiono, pensativa. 

— Eu não duvido de mais nada, Em. — Matthew suspira profundamente, cansado. 

— Desde meu aniversário de dezoito anos, as coisas começaram a ficar estranhas, não é? 

— Eu espero que não seja nada sobrenatural. — Ele bufa e balança a cabeça de um lado para o outro.

Os olhos de Matthew ficam vidrados em mim por alguns segundos e em seguida, ele abaixa a cabeça e massageia as suas têmporas como se estivesse sentindo dor de cabeça. 

— Talvez deva haver uma explicação lógica para tudo isso.

— É, talvez esse desejo de estar no meio das suas pernas seja apenas uma resposta natural do meu corpo, porque você cresceu e ficou gostosa pra caralho — Matthew diz em um tom sarcástico e eu arregalei os olhos. 

— Para de ser boca suja, garoto! 

— Apenas comentando a nossa realidade, priminha. — Ele volta a me encarar e dá um sorriso malicioso na minha direção. 

— Odeio quando você me chama de priminha.

— Por quê?

— Porque você parece um velho tarado. 

— Mas eu sou um velho tarado, Em. Um velho tarado por você. 

Olhei pela janela, observando as árvores que passavam, tentando ignorar as falas ridículas do meu primo mais velho. 

— Ah, não fique chateada comigo. Isso me corta o coração. — A ironia é evidente na sua voz e eu suspiro fundo para evitar uma discussão desnecessária. — Não me ignore, eu sou o mais velho aqui.

— Não é hora de discutirmos sobre nós dois como um casal, Matthew. Nós sequer sabemos se essa atração sexual é real. 

Ele diminuiu a velocidade do carro e o estacionou à beira da estrada, desligando o motor. Matthew virou-se para mim, segurando meu rosto com gentileza.

— Emily, não importa o que esteja acontecendo, eu sei que o que sinto por você é real. 

— Nós somos primos, Matthew. Você é bem mais velho que eu… Isso é errado. 

Obriguei o meu corpo a afastar-se do Matthew antes que eu cometesse algum deslize. 

— Deixa eu te beijar de novo, Em. Estou sentindo falta da sua boca. 

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