Capítulo Catorze

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Horas se passaram desde que cheguei na mansão de Matthew e a chuva continua caindo lá fora, parecendo que o céu resolveu se desabar em água sem parar

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Horas se passaram desde que cheguei na mansão de Matthew e a chuva continua caindo lá fora, parecendo que o céu resolveu se desabar em água sem parar. A tensão está no ar, e eu estou tentando me manter serena depois do que houve entre nós dois. 

— Essa chuva não está normal — Bob, o funcionário de Matthew, comenta ao passar pela sala onde estamos. — A última vez que ouvi falar de uma chuva assim na nossa cidade foi há séculos. 

— Lembro vagamente de uma professora falando sobre esse acontecimento na escola — comento em um sussurro. 

— Que acontecimento? — Matthew pergunta, curioso.

— Uma inundação que deixou a cidade embaixo d'água, mas, antes dessa tragédia, houve um incêndio que devastou a cidade inteira — conto para o meu primo. — Aconteceram vários desastres naturais em pouco tempo e no mesmo lugar. 

Tenho a leve impressão que Matthew dá um sorrisinho como se estivesse feliz pelos ocorridos trágicos em nossa cidade, mas tento me convencer que é coisa da minha cabeça. Matthew é uma boa pessoa. 

— Por isso a cidade recebeu o nome HellDale, dizem que a cidade ficou tão quente depois desse incêndio que as pessoas que tentavam entrar se derretiam — Bob terminou de explicar.

— Isso são apenas lendas, Bob. 

— Você é cético demais, Matthew, mas quem vive nessa cidade sabe muito bem que coisas estranhas acontecem o tempo todo. 

— Isso é verdade, Bob — concordo com o senhor de idade. — Não faz muito tempo que haviam histórias de animais de grande porte sendo encontrados sem nenhuma gota de sangue. 

— Não acredito na metade das coisas que o povo de HellDale fala.

— Tudo bem, Matthew. Ninguém é obrigado a acreditar em nada. 

Eu e Bob olhamos um para o outro com o sentimento ruim que algo vai acontecer em breve.

— Parem de esperar o pior, Em e Bob. Vocês parecem dois lunáticos. 

Matthew solta uma gargalhada, fazendo Bob balançar a cabeça negativamente, chateado por não estar sendo levado a sério, e caminha em direção à cozinha.

— Emily, preciso te mostrar algo — Matthew murmura, sua expressão séria contrastando com a brincadeira anterior. 

— Se for seu pau, eu não quero vê-lo tão cedo.

Antes que ele possa responder, sinto um arrepio percorrer minha espinha quando meu celular toca. É minha mãe. Rapidamente, atendo a ligação.

— Mãe! Estamos na mansão do Matthew. A chuva está terrível aqui.

Do outro lado da linha, a voz de minha mãe soa preocupada.

— Emily, escute com atenção. Eu e suas irmãs decidimos partir para outra cidade. O rio da cidade está transbordando, e estou com medo de que nossa cidade sofra uma alagação.

OBSESSÃO DIABÓLICA Where stories live. Discover now