48. Bastardo ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

A campainha de casa tocou, me fazendo estranhar na mesma hora, mas fui atender mesmo assim, já que estava perto da porta. Quando abro, vejo um homem, mais alto que eu, usando uma camisa azul clara e uma calça social, segurando uma pasta. Franzi a testa, imaginando ser algum amigo de Victor e abri mais aporta.

— Aqui é a casa do Victor Castelli? — o homem pergunta.

— Sim. O que gostaria?

— A senhora é o que dele?

— Mulher.

— Seu marido está? — perguntou, tentando ver dentro da casa, procurando mais alguém.

— Está. Quem é você?

— Me chamo Adrian. Vim conversar com seu marido, sobre uns assuntos que envolve o pai dele. — estranhando o assunto, me viro, quando escuto uns passos de alguém.

— Quem é? — Victor perguntou. Abri mais a porta, deixando que visse Adrian.

— Ele veio falar com você. — Victor se aproximou, fechando a cara, deixando o corpo reto e rígido.

— O que gostaria?

— Oi. Me chamo Adrian e precisava muito falar com você. É sobre seu pai. — Adrian disse, fazendo Victor estranhar aquilo também. — Está muito ocupado? — viro para Victor, vendo ele pensar.

— É algo importante? — Adrian confirma. — Venha comigo. — Victor disse, se virando e Adrian entrou, me dando um aceno de cabeça e pedindo licença. Fechei a porta e fui para o sofá.

━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

— O que gostaria de conversar, que envolve meu pai? — questionei Adrian, quando dei a volta na mesa do meu escritório.

— Sei que não me conhece, nunca ouviu falar de mim, mas eu precisava falar com você, sobre um assunto sério. Acho que pode até estranhar, mas...

— Desembucha. — mandei, sem tempo para falatório.

— É... Bem... Não sei como dizer isso, mas meio que seu pai, no passado, acabou de envolvendo com a minha mãe e engravidou ela.

— Meu pai poderia ser o canalha que fosse, mas não tinha amante. — cortei ele, grosseiramente.

— Não era isso que minha mãe dizia. — murmurou, me fazendo ficar mais sem entender.

— Onde está querendo chegar?

— Como eu disse, seu pai se envolveu com a minha mãe no passado e acabou engravidando de mim. Então, posso dizer que seu pai, é o nosso pai. — ele disse, não me deixando nenhum pouco surpreso.

— Acha mesmo que vou acreditar nisso? — disse sarcástico, querendo rir do absurdo que estava falando.

— Sei que pensa isso, mas eu tenho provas. — ele ergueu a pasta que segurava e colocou em cima da mesa, me fazendo tirar a atenção dele, para o plástico azul na mesa.

Ele acha que sou burro ou o quê?

— Acha mesmo que vou cair nessa? Não burro, se está pensando que sou.

— Veja o que eu trouxe e tire suas próprias conclusões. Veja mesmo se estou mentindo. — disse, firme, me encarando e desafiando.

— Quem você pensa que é, pra falar dessa forma comigo? — tirei as mãos do bolso da calça e as apoiei na mesa, me inclinando sobre ela.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Where stories live. Discover now