08. Boate ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Eu me odeio. Me odeio e muito. O que estou fazendo? Simplesmente acordada, quase dando sete da manhã e estou pensando naquele maldito "quase beijo" meu e de Victor, que aconteceu há dois dias atrás. Minha cabeça me atormenta com isso o tempo todo, desde quando ele saiu pela aquela porta, bufando de bravo comigo. De vez em quando, sinto uma culpa, por ter acertado um tapa em sua cara, mas rapidamente mudo meu pensamento, dizendo que era a coisa certíssima a se fazer naquele momento.

Ele não me obedeceu, então, mereceu o tapa.

Não posso ficar com a consciência um pouco pesada, porque no fundo, era isso que eu queria fazer, desde quando vi ele pela primeira vez. Estou com razão e ela está comigo e é isso que importa. Não sei como vai ser a minha relação com Victor agora, porque mesmo estando "brigados", ainda trabalhamos juntos e por um azar meu, ontem fomos convocados para uma reunião hoje, que por maravilhoso que seja, é daqui 2 horas.

Destino, eu te odeio.

Agora o jeito é piorar minha mente, desgastando ela com pensamentos ruins e quando decidir parar, volto a recarregar minhas mentes, para prestar atenção na reunião. E quer saber? Eu vou sair dessa cama e preparar um café da manhã bem caprichado, porque eu mereço, depois de duas noites sem dormir direito. O que Victor tinha me dito e o que mandou gravar, eu gravei. Até agora não esqueci das suas palavras. E quando me lembro delas, sinto um arrepio, que nem agora.

Ele não pode estar falando sério, mesmo que o que disse, não vá acontecer. Victor e eu não vamos voltar e isso já está certo de acontecer. Pensei na possibilidade dele descobrir que voltei para Nova York e sei que quando descobrir onde moro agora, vai me perturbar. Já estou ciente disso.

Pego meu celular, vendo que horas era e decido ir tomar meu banho já, para não fazer tudo na pressa, por medo de não me atrasar. Me levanto da cama, indo para o banheiro e logo já estou debaixo do chuveiro.

....

Saio do elevador, me deparando com algumas pessoas empresárias conversando e olho para os lados, pensando se fico alí, até ser encaixada na conversa ou se espero em um canto, até a sala de reuniões ser permitida a entrada. Vou até uma salinha que tem alí, me sentando em uma poltrona e enquanto a hora não passa, pego meu celular e começo a mexer nele.

— Preciso que imprima esses dois documentos para mim agora. — escuto uma voz familiar, fazendo eu tirar a atenção do celular e quando olho, vejo Victor falando com uma secretária.

— Claro, Sr. Castelli.

Sinto alguma coisa dentro de mim, que me faz pressionar a mandíbula e eu abaixo a cabeça de volta e me fazendo prestar atenção no celular. Quando dá o horário e somos chamados para estar presente na reunião, eu me levanto e vou em direção a sala de reuniões. Me sentando na minha cadeira, olho todos que estão alí presentes e sem eu querer, meus olhos se direcionam a Victor, que entra, ajeitando seu terno.

Como ele fica sex...

— Todos presentes? — Sr. Jones fala, me tirando nos meus pensamentos, onde eu me xingaria e me bateria — mentalmente — um monte. — Então vamos começar.

....

Deixando a sala, vou em direção a um corredor, que dá para os banheiros e quando acho, entro no feminino, percebendo que estou sozinha. Saindo da minha cabine, lavo minhas mão e saio do banheiro. Volto o corredor, para pegar o caminho que me leva até o elevador, até que vejo uma cena, que me incomoda. Demais, até.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora