Os dois irmãos

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 O som ecoava facilmente pelo silêncio, e em pouco tempo alcançamos os responsáveis por aquela balbúrdia.

—Não vou!

—Vai sim!

—Não foi eu que quebrei!

—Foi sim! Então trate de arrumar!

Duas pessoas discutiam em frente a uma espécie de carroça, ambos estavam vestidos com roupas leves e finas em um sutil tom azul, branco e verde, mas o que não passou despercebido eram as máscaras imitando escamas e guelras.

—Vamos! Pense logo em alguma coisa para arrumar sua bagunça!

O primeiro a nos avistar foi o que estava encostado na carroça.

—Ei! Viajantes! Talvez eles possam nos ajudar!

—Não banque o preguiçoso! Você faz a bagunça e quer que outro limpe?

O homem que estava de costas se virou fazendo uma breve reverência.

—Peço desculpas pelos modos do meu irmão mais novo, ele ainda é um jovem inconsequente que não sabe lidar com os próprios erros, aliás, me chamo Gart, e vocês, quem são?

A raposa demorou para responder e antes que o clima ficasse tenso dei um passo adiante.

—Me chamo Sophie, e esses são Eylef e Cobalto.

O cachorro azul se colocou ao meu lado balançando a cauda felpuda.

—É um prazer conhecê-la, senhorita! — o irmão mais novo se aproximou — Está indo para o baile de verão?!

Baile?

—Onde estão seus modos Guilbert, se apresente!

—Tem razão, me perdoe...

O irmão mais novo fez uma reverência exagerada.

—Guilbert a seu dispor bela donzela.

Vi quando ele estendeu a mão para mim, mas antes que me tocasse alguém me puxou para trás.

—Estamos a caminho da cidade imperial — Eylef foi breve.

—Isso é ótimo! Podemos ir juntos se nos ajudarem a consertar a carroça!

—Já falei para você arrumar seus erros sozinho! Que disparate pedir ajuda de nobres para arrumar sua bagunça!

Gart deu as costas para o irmão se voltando para Eylef.

—Pelo visto vocês vieram de Autumnus.

—É sempre um prazer ter visitantes de tão longe em nossas terras!

—Suas terras? — a pergunta escapou da minha boca antes que eu me desse conta.

—Meu irmão quis dizer as terras dos homens peixe, ou melhor, feéricos do mar...

Gart se colocou na frente do irmão, parecia querer tomar as rédeas da conversa.

—De qualquer forma, nos desculpe pela inconveniência.

—Bom, talvez a gente possa ajudar...

Senti os olhos da raposa sobre mim, quase como uma censura, porém, antes que ele pudesse dizer alguma coisa, Guilbert foi mais rápido.

—Mesmo?!Que maravilha! A roda da carruagem se desprendeu e não conseguimos colocar de volta.

—Porque um certo alguém não soube guiar direito.

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⏰ Laatst bijgewerkt: Sep 26, 2023 ⏰

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Corpo e alma, a pior das maldições (Projeto em fase de criação)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu