Antes que os outros saíssem de seus lugares para atacá-la, Freya arremessa os carrascos paralisados para longe fazendo-os estabacarem-se violentamente no chão. O único som que se ouve são os ossos dos mesmos se quebrando em várias partes. Os outros homens ficam estarrecidos com a cena.


- Como consegue fazer magia dentro das dependências do Tribunal? - pergunta um dos carrascos perplexo. - Este é um lugar sagrado, livre de magias malignas.


- Eu sou uma bruxa diferente - ela dá mais um passo à frente -, portanto eu posso fazer magia em qualquer lugar.


- PEGUEM-NA AGORA! - grita outro carrasco em ordem, impaciente.


- Eu aconselho a vocês a correrem se quiserem sobreviver - diz ela calmamente, enquanto com um movimento de mão, segurava-os inertes no lugar -, pois para aqueles que resolverem ficar, aviso que morrerão hoje.


Assim que Freya solta-os da magia paralisante que os envolvia, três dos carrascos insistem em investir contra ela. A bruxa saca seu punhal, que estava escondido em sua bota e espera o ataque. Quando o primeiro homem se aproxima, em um gesto rápido, Freya corta-lhe a garganta fazendo o sangue dele jorrar e respingar em seu rosto, braços e vestes. Ela assiste o corpo do carrasco tombar no chão com um baque surdo.


Então olha para frente e vê outro carrasco avançando com a espada apontada na direção de seu peito. Sem titubear, Freya lança seu punhal contra o homem acertando-o em cheio na testa fazendo a cabeça dele ser jogada para trás e os olhos se esbugalharem de surpresa e medo antes de perderem o brilho. A espada que ele segurava cai ao chão junto com seu corpo sem vida.


Ela percebe a presença do próximo carrasco aproximando-se pela lateral. Sem virar-se para ele, Freya estica seu braço paralisando-o e com um gesto de mão, mesmo à distância, faz como se o estivesse enforcando. O homem agarra seu pescoço desesperado tentando se desvencilhar da força invisível que o sufocava, ele começa a ficar com a pele arroxeada sentindo sua tranqueia sendo esmagada. A bruxa, com magia, aperta mais forte a garganta dele e num movimento rápido torce a mão quebrando o pescoço do carrasco.


Freya abaixa seu braço vendo o corpo do outro desabar no piso de pedra do pátio. Ela vira sua atenção aos outros dois carrascos que sobraram e estavam estagnados, pelo pavor, em seus lugares.


- Quem vai ser o próximo? - provoca ela encarando-os com fúria.


Ambos saem correndo, tropeçando em suas próprias pernas, para dentro da fortificação do Tribunal. Freya encaminha-se de volta a passagem para chamar o restante do grupo.


- O pátio está livre, por enquanto - avisa ela -, vocês podem entrar e resgatar as pessoas presas.


Todos entram no interior do Tribunal e uma parte do grupo encaminham-se para o subsolo onde ficava as celas, enquanto a outra parte fica de vigia no pátio para o caso de mais carrascos ou caçadores aparecerem.


Freya com Adrian vão a frente ao adentrarem o subsolo através das escadas de pedras em espirais. Ela com sua magia vai guiando os outros, aguçando sua audição para ficar em alerta em relação a qualquer ruído suspeito. Ao chegar na entrada para as celas, a bruxa estaca os passos fechando os olhos para se concentrar e com um movimento de suas mãos, todas as fechaduras das portas de aço das celas se abrem com um clique.


Freya sente um liquido espesso e quente escorrer de seu nariz, ao perceber que era sangue, ela, rapidamente, limpa com a manga de sua capa cinza. Depois vira-se para os demais fazendo um aceno de cabeça sinalizando de que as portas já estavam destrancadas. Os bruxos se espalham ajudando as pessoas presas a saírem de suas celas.

Caça às Bruxas (CONCLUÍDO)Kde žijí příběhy. Začni objevovat