irmandade

145 21 22
                                    

Abro a porta do estabelecimento e vou caminhando devagar até o balcão até que vejo ele, ele vem até mim e coloca um sorriso forçado no rosto, era engraçado.

- Bom dia, em que posso ajudar?. Ele tenta ser simpático, mas eu sei que é apenas protocolo.

- Quero conversar com você. Ele revira os olhos e finalmente a fase gentil passa.

- Não temos nada para conversar, tenha um bom dia. Diz de um jeito debochado e já vai se afastando para o outro lado.

- É sobre Snack. Digo simples e ele se vira na minha direção novamente, vejo ele relutar por uns segundos e depois assente.

- Te encontro lá fora em um minuto. Diz ainda mais simples e eu começo a sair do estabelecimento, me encosto no meu carro, fazia quatro dias desde que Snack me pediu para deixar ela em paz no auditório e eu não tinha nenhuma resposta sobre o porquê isso do nada assim. Fui algumas vezes tentar conversar com ela, mas sua mãe disse que ela estava irredutível. Então só me sobrou ele, seu irmão. Ele saiu do café com o avental no ombro e as mãos nos bolsos, tinha um pirulito na boca e parou na minha frente. - O que aconteceu com a minha irmã?. Pergunta no mesmo instante e eu suspiro.

- Esse é o problema, ela anda bem estranha e eu sei que está acontecendo alguma coisa com ela. Digo rapidamente e vejo ele unir as sobrancelhas ajeitando sua postura e prestando atenção em mim. - Não é sobre ela não estar querendo me ver. Ele dá uma risada.

- O que ela faz bem, aliás. É a minha vez de revirar os olhos.

- Presta atenção, eu vi ela machucada e só quero saber se você notou alguma coisa por esses dias. Seu rosto se tornou uma mistura de preocupação e curiosidade.

- Como assim machucada?. Sua voz estava um pouco rude e em alerta.

- O braço dela estava com uma espécie de marca vermelha e eu não consegui ver direito, pois ela me afastou dela completamente. Seus olhos procuravam algo nos meus, talvez ele estivesse procurando algum resquício de mentira ou brincadeira, mas não era nada disso.

- Outro dia ela estava de moletom dentro de casa. Ele disse mais para ele mesmo que para mim e então ele me olhou. - Precisamos saber o que está acontecendo com ela. Era um veredito, estávamos juntos nessa e eu quase comemorei por ele não querer me matar com um olhar. Eu tinha percebido que Note era bem protetor em relação a Snack e eles eram bem grudados. - Pode ser alguém na escola, algum bullying ou coisa do tipo. Ele suspira. - Ela sofria bullying e ameaças sua... você não...

- Não, eu gosto da sua irmã e vi que estava sendo uma babaca com ela. Digo interrompendo ele e vejo um sorriso surgir em sua boca.

- Que legal, a crush do sétimo ano agora gosta da Snack. Ele diz me deixando confusa. - É sua idiota, minha irmã gosta de você faz tempo, mas você só a tratava mal. Baixo minha cabeça imaginado Snack contando tudo que acontecia para ele.

- Se ela te contava tudo e agora não falou... é porque é algo bem grave. Olho em seus olhos e ele parece ainda mais preocupado.

- Você tem razão, deve ser algo bem mais sério que apenas bullying. Ele cruza os braços e parece pensar um pouco. - Observe seu ciclo de amigos. Ele diz de repente. - Veja se alguém não está gostando da sua aproximação com Snack, uma popular namorar uma nerd acaba com a pirâmide natural do colégio. Ele da de ombros e eu pisco por uns segundos. - Ainda mais você que está no topo. Ele sorriu, é Snack realmente lhe contava tudo.

- Eu vou descobrir quem está fazendo isso. Digo o mais séria que consigo e ele sorri satisfeito.

- É isso, proteja a nossa garota. Ele descruza os braços e toca em meu ombro, sorriu em sua direção, acho que acabei de conquistar o meu cunhado, finalmente.









Aulas particulares - Nackliu Where stories live. Discover now