Ventuno

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𝐴𝑃𝑂𝐷𝑌𝑂𝑃𝑆𝐼𝑆

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𝐴𝑃𝑂𝐷𝑌𝑂𝑃𝑆𝐼𝑆

Nora sentiu falta de forks e sua família exatamente como da primeira vez que durmiu no castelo Volturi agora que voltou. Mas, no fundo não pode negar que sentiu um pequena ponta de sensação voltando ao lar após ficar tanto tempo com eles, e sentiu uma pequena ponta de felicidade ao sentir o vento gélido do final de tarde naquele parque atrás do castelo.

— Eu quero amar você.

Nora olhou lentamente até encontrar seus olhos quando escutou as palavras que soaram com sua voz levemente rouca e profunda, o analisando cuidadosamente antes de retrucar.

— Mas você não me disse sobre não acreditar no amor, quando estávamos no casamento de Bella?

Caius desviou seu olhar para o Oriente, ficando em silêncio por alguns segundos antes de responder a garota.

— E não acredito. O amor dos humanos é instável e quase nunca se compreendem, humanos nascem para morrer e parecem que não lembram disso. — Ele diz aquelas palavras, demonstrando visivelmente seu desprezo pela humanidade e como eles agem. — O amor dos vampiros é impossível, é um elo eterno, mas, quem suportaria aguentar eternamente. — Ele termina, ainda olhando para algum ponto específico na paisagem.

— O amor é como um fio invisível, Caius, você não sente ele aparecer ou enrolar você e uma pessoa cada vez mais. Quando você ao menos percebe, estão juntos, estão conectados de uma forma bonita e ao mesmo tempo triste. — O vampiro enfim encara ela ao ouvir suas palavras.

— Triste? — Ele questiona.

— Bonita pois, o amor é um sentimento indescritível, único, e triste, porque você sabe que se algo acontecer com seu amor, isso irá te destruir inteiramente por dentro. — Ele sabia que era verdade.

— Você sente isso por mim? — A humana fica sem saber como responder de primeira, não esperava uma pergunta como aquela vindo dele.

— Você acreditaria que fosse real tendo esse elo entre nós? Digo, ser almas gêmeas nos obriga á sentir algo assim, certo? — Nora responde, sem jeito.

— Ser almas gêmeas, nos obrigou á encontrarmos um ao outro. —Caiu se inclina levemente perto do rosto dela. — Qualquer sentimento desenvolvido, foi construído por nós.

— Você sente algo por mim? — Ela pergunta, em um timbre baixo pois ele estava perto suficiente.

— Eu quero sentir. Eu quero amá-la desde aqui até a lua. Pois seu coração bombeia 7570 litros de sague por dia, o necessário para percorrer da terra, até a lua. Então, diria que estou te amando a cada batida do seu coração. — Caius diz, de repente. — Eu lutei e luto com tudo que posso contra esses sentimentos, pois não sou alguém que ama ou alguém que se deve amar, Nora. — Enquanto o vampiro dizia, seus olhos apenas olhavam os dela. — Mas, você me faz desejar ceder, me faz desejar isso, desejar nós.

Aquelas palavras abalaram Nora de uma forma, que ela não conseguia ao menos pensar em alguma resposta contra tudo aquilo. Não sabia o que havia a abalado mais, o como ele explicou a profundidade que queria amá-la, o como estava travando uma batalha contra tudo isso ou como ele se referiu o "nós" de um jeito tão confortável e carinhoso.

Quando eles se conheceram, Caius nem cogitava colocar essas letras, esse "nós" em alguma frase que envolvia eles. Mas agora, era queria aquilo, ele e ela eram um só. Eram nós.

...

Ouvir aqueles dizeres do tão afamado Caius Volturi, aquele que jamais te dará uma segunda chance, ou ver como Nora ficou após isso, uma presa tão fácil...

Caius simplesmente jogou tudo para o alto, e quando menos perceberam estavam se agarrando entre as paredes no objetivo de chegar aos aposentos dele. Com sua velocidade imortal, as coisas estavam rápidas o suficiente, mas também intensas, tão intensas que aquela humana quase não tinha tempo para respirar.

Aquelas mãos tão fortes e grandes em sua cintura, fazendo ela sentir aquela sensação gélida e arrepiante enquanto o Volturi a apertava com possessividade.

Finalmente no quarto, Nora sentiu suas costas deitarem sobre a cama tão rapidamente que sua mente estava uma bagunça, tentando racionar os acontecimentos na velocidade dele, mas era meramente impossível.

— Não posso continuar assim. — Ele sussurra, descendo lentamente os lábios para aquele pescoço tão convidativo, sua mão esquerda tocando sua coxa macia e lisa, mas seu desejo era apertar tão forte que ficaria a marca por dias...porém, Caius sabia que não poderia ser tão agressivo, ou perderia qualquer controle que pensava ainda ter.

— É difícil para você? — Nora retruca com outro sussuro, entre seus arfares enquanto seus olhos se mantinham fechados aproveitando o êxtase de senti-lo daquela forma, pois nunca sabia quanto tempo aquilo duraria.

O vampiro deslizou suas presas pela curvatura do pescoço da garota, seus olhos praticamente cintilando em vermelho após ouvir sua fala, parecia uma provocação contra ele; apenas por ela respirar alguns centímetros perto, dificultava para ele.

Desde o segundo que á viu entrar naquele salão dos tronos, um desejo avassalador e cortante de devorá-la e reivindicar cada centímetro do seu corpo o percorre sem parar, e aumenta cada dia, cada minuto.

Por isso, resolveu lembrá-la. Sua mão contornando o pescoço fervente pela circulação sanguínea da humana, colocando uma pressão controlada para fazê-la olhar em seus olhos avermelhados. — Estar com você, e não poder tê-la como quero é uma das situações mais difíceis que enfrentei em toda existência.

A estrutura de Nora se estremeceu inteira por dentro, o Volturi havia acabado de dizer que estava a beira de perder o controle, estava a beira no colapso. Ela devia ter medo, devia querer correr por sua vida, mas ao contrário disso...ela desejava vê-lo sem essas restrições, desejava ver do que ele era realmente capaz.

Mesmo que provavelmente não aguentaria.

Por esse motivo, suspirou, encarando profundamente aqueles olhos quando ele se aproximou deliberadamente de si, deixando seus batimentos rápidos o suficiente para até mesmo ela própria ouvir. Então, Caius mordeu o lábio inferior da garota, permitindo um perfuração mínima, mas o bastente para ele sugar como se fosse morrer sem aquilo.

Provar aquele doce mas cítrico sangue pela primeira vez, sentir aquele líquido que todo seu ser delirava para ter até a última gota.

Era uma droga. Tão viciante como querer estar perto dele mesmo sabendo os riscos.

Não havia mais volta. Ele não lutaria mais. Ele teve certeza que depois de tantos anos, perderia. E estava adorando perder.

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𝐂𝐚𝐢𝐮𝐬 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢 • Eclipse SolarWhere stories live. Discover now