Sedici

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𝐴𝑀𝑂𝑅 𝐹𝐴𝑇𝐼

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𝐴𝑀𝑂𝑅 𝐹𝐴𝑇𝐼

Seu quarto.

Ainda era estranho para ela aceitar isso, seu... aquilo não era seu, não era sua casa, não era seu quarto, muito menos sua cama.

Como poderia uma simples conexão idiota do além a trazer até aqui? Eles são vampiros, vampiros da guarda Volturi, os mais antigos, os líderes, a hierarquia.

Poderiam simplesmente a matar, sem explicações, sem pena, e tudo isso acabaria; menos um ser humano para incomodá-los.

Mas não, estava ali, viva e saudável, mesmo cometendo várias desobediências.

Algo tinha. Tinha que ter.

— Deve ser difícil pra você. — se pronuncia, após sentar na beirada da cama, vendo o imortal loiro parado de costas, olhando pro lado de fora da janela.

— O que? — interroga de volta, calmo, sem se mover.

— Ter que me ver quase todo dia, obrigado por Aro. — ela joga verde, não queria entrar em uma ilusão, começar a pensar que ele queria estar com ela, a levando aos lugares por boa vontade.

Assim que a garota proferiu aquelas palavras, Caius virou para ela, para olhar em seu rosto, como ela poderia ainda pensar desse jeito? Não tinham a mesma ligação? Não sentiam o mesmo?

O Volturi andou até ela, porém parou no meio do caminho, quando percebeu que a humana deitou um pouco seu corpo para trás, na intenção de se afastar.

— Desde daquele dia, que corri atrás de você, em meio a chuva, por conta própria. — ele faz questão de dizer em tom mais forte, que foi até ela por si mesmo. — jamais, me encontrei com você mandado por alguém.

Ela o olha, sem desviar, sem querer desviar. Estava presa naquelas íris, de novo, como no primeiro encontro.

— Eu não quero, confesso, mas é mais forte do que eu, acredite. — Caius continua. — Essa coisa de ligação é real, eu sinto, depois de séculos atrás de séculos eu sinto algo, você me fez sentir algo Nora. — fala se ajoelhando diante dela, a única vez, o único momento em que Caius Volturi se ajoelha perante alguém, perante a sua garota.

— Você não está mentindo, está? — é oque diz, cheia de receios; hoje mais cedo foi em busca de motivos para voltar a o odiar, para o afastar mais, e agora, está sentimental, ao ouvir de um homem palavras que pensou nunca ser ditas para si.

— Estou caído aos seus pés, estou praticamente entregando a alma que não tenho a você; acha que estou mentindo? — questiona, e logo um leve sorriso de lado parece.

— Parece que não. — Se pronuncia baixo, se arrependendo de imediato, estava acreditando nele, estava se deixando enrolar em sua suposta teia, estava se condenando a viver no castelo.

— Não confia em mim, e lhe dou razão, mas irei fazer você ter motivos o suficiente para acreditar em cada palavaras que lhe dizer. — o volturi termina, se levantando e desaparecendo dos aposentos da humana.

Nora enfim solta todo o ar que nem sabe quando o prendeu, foi como se tivesse mergulhado em um mar de intensidade de repente; aquelas falas a acertaram de jeito, o que ainda a faz levar em conta que pode ser tudo um truque.

Ela queria, quer acreditar que pode ser amada por alguém, nem que uma conexão tenha feito isto acontecer, seria o destino de todo modo.

Mas são vampiros traiçoeiros, é de Caius Volturi que se trata, ele não se importa com absolutamente nada além de si mesmo, poderia mudar assim? Da água pro vinho?

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Os sentimos humanos podem ser destrutivos, podem te dar a mesma sensação do seu coração sendo arrancado do seu peito; mas também, podem ser a salvação, podem purificar cada parte do seu corpo, te trazendo de volta a sensação de viver.

— Quero te dar uma coisa. — diz o vampiro, com seus olhos cor de sangue fixados nos dela.

Estavam no mesmo lugar que sentiram aquela ligação juntar suas almas de uma vez, quando tiveram certeza que aquilo era real, que não teria mais volta. Na mesma árvore que si viram de uma maneira diferente, que viram além do exterior um do outro, e onde sentiram oque o outro sentia.

Nora esperou ele mostrar, sem questionar. Foi quando o garoto loiro retirou do bolso de seu casaco escuro, um colar de prata, com o formato de uma mulher moldado no meio da joia celeste, com detalhes em volta.

— És a única coisa que tenho da minha existência humana. Era da minha mãe. — revela, a garota fica sem reação diante disso, nunca pensou que Caius era do tipo que guardava relíquias familiares.

— É muito bonito, mas não posso aceitar. — sim, ela nega, deixando o imortal confuso com seu ato repentino.

— Por qual motivo, será que posso saber? — interroga, ajeitando sua postura.

— Por que não deu isto para Athenodora!? Sua esposa. — devolve sua pergunta.

— Oque tenho com Athenodora não é nada, nada além de consideração. Ela é a única que me conhece desde que me tornei um vampiro, viemos do mesmo lugar. Somente por isso. — explica, como se aquilo já tivesse que ser óbvio para ela. — Oque nós temos é real, deve existir muito antes de nascermos, não há como quebrar.

— E você resolve se entregar a isto de repente? Resolver se aproximar de mim e ver se começa a me amar!? — Não consegue acreditar nele, ainda, muito menos que tudo isso era de fato, verdade.

— Eu não posso mais ficar longe de você, disto tenho certeza. — confessa, dando um passo a frente, e ela contradiz dando um passo para trás. — Não tenho nada a perder, nada, então sim, decidi me entregar a isso e ver até onde irá me levar. Minha ruína ou minha salvação.

Nora não disse absolutamente uma palavra, mas escutou, escutou com muita atenção oque o imortal lhe disse; porém, oque mais a fez pensar foi ele dizer que não tinha nada a perder, e ela? Tinha?

Bella tinha sua mãe, seu pai, seu futuro e sua vida. Como humana. E nada disso a fez desistir de Edward, nada disso a fez por um segundo repensar suas decisões.

Então, Nora apenas se virou de costas para ele, agarrando a metade do seu cabelo para cima, e aquele ato foi o suficiente para Caius entender oque a garota quis dizer. E ele fez, colocando delicadamente o colar no pescoço dela, mas mesmo sendo cuidadoso, escostava sua pele fria na pele quente da mortal.

— Então, vamos tentar aceitar nosso destino juntos. — falou confiante, após virar de novo para frente dele. E naquele momento, Caius presenciou pela primeira vez o belo sorriso de Nora, um sorriso verdadeiro, um sorriso que ele sem dúvidas gostaria de ver mais vezes; demonstrando que ela estava realmente decidida no que disse.

Os dois estavam decididos, a encarar oque for, juntos.

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𝐂𝐚𝐢𝐮𝐬 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢 • Eclipse SolarOnde histórias criam vida. Descubra agora