Quattordici

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𝑆𝐹𝑂𝐺𝐴𝑅𝑆𝐼

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𝑆𝐹𝑂𝐺𝐴𝑅𝑆𝐼

Aqueles lábios tão frios quanto um gelo, em contato com o seus, tão macios e calorosos; Nora sentiu como se todo seu corpo tivesse um choque térmico.

Ele era tão gelado e forte, sua mão esquerda estava agarrando firmemente as costas da garota, como se estivesse garantido que jamais deixaria seu frágil corpo ir ao chão.

Enquando a mão direita do vampiro, ficava imóvel no quadril da humana, pois ele lutava muito contra si mesmo para não se descontrolar, e sem querer quebrar os ossos dela.

Nora mantinha suas mãos sobre o peito rígido de Caius, não sabia direito oque devia fazer e ainda estava processando tudo aquilo, sua mente não estava preparada para tal coisa.

Mas o impiedoso Volturi não lhe concedida sequer um mínimo tempo para Nora processar, a beijava com tanta intensidade, como se estivesse em abstinência daquilo, de beijar alguém. Ela se encontrava tão inerte e entregue, que quando se deu conta a língua dele estava em sua boca, de um jeito tão urgente e difícil de acompanhar, mergulhando, quase dominando todos os sentidos da garota.

Caius tentava descontar toda sua imensa vontade de devorar aquela humana, no beijo, conhecendo pela primeira o seu gosto daquela forma, e quando sentiu uma delicada mão deslizar pela sua nuca e entrar em contato com seus fios de cabelos loiros, quase teve certeza que perderia o controle.

Por isso, se afastou vagarosamente de Nora, mordendo sem muita força o lábio inferior da humana; mas ao sentir aquelas presas afiadas a fez abrir os olhos, encontrando aquelas íris tão vermelhas quanto o sangue.

Eles ainda continuavam próximos o suficiente um do outro, e ver Nora com a boca entre aberta, ainda mais rosada que o normal, na tentativa de recuperar todo ar que perdeu, era satisfatório, ele não podia mentir.

Era muito satisfatório para ele, ver todas as reações que ele causava em Nora, e sendo ainda mais intenso pelo fato dela ser mortal.

Então, a partir dali, percebeu que estar perto da humana, ficaria cada vez mais difícil.

...

— Esse lugar é tão calmo, eu gosto daqui. — ela diz, agachada na beira do lago, observando a água corrente, e de como o pôr do sol iluminava as folhas das árvores e refletia nas águas do lago.

— Pode vir quando quiser. — Responde Caius, que ao contrário, ele observava ela, observava como o pôr do sol iluminava seu rosto suave e seus olhos castanhos, que na luz ficavam quase da cor do mel, oque essa humana estava fazendo com ele!?

— Não teme que eu fuja? — Ela questiona, virando seu olhar para ele, o vendo de braços cruzados e escorado em um tronco de árvore.

— Aposto que não consegueria nem chegar na estrada. — Diz sorrindo de lado, era uma verdade misturada com provocação.

— Descobririam que eu teria fugido tão rápido assim? — retruca com curiosidade, seria bom ter esse tipo de informação, ela pensou.

— Tire a prova, ficarei aqui durante trinta segundos. — fala, e Nora sorri não levando a sério, mas quando ele fecha os olhos e começa a contar ela vê não era brincadeira.

Era uma oportunidade de ver o quão rápido ele poderia a achar, porque não aproveitar, certo?

Pensando assim, levantou no mesmo instante e correu, correu para qualquer direção que fosse, sem se importar para onde o caminho poderia a levar.

Corria o mais rápido que suas pernas conseguiam, ou aguentavam, respirando pelo nariz e soltando o ar pela boca, um truque pra não se cansar tão rapidamente.

Ela espiou atrás de si em questão de milésimos, o que foi um grande erro, pois no momento que voltou sua visão para frente, praticamente colidiu contra algo; só não foi uma colisão forte devido duas mãos geladas que agarram seus braços finos na mesma hora.

— Te achei, humana. — diz ele divertido, ainda segurando a garota, vendo que seu peito subia e descia tão freneticamente que parecia que seu coração ultrapassaria a pele.

— Como pode? — questiona espantada, e com falta de ar, ele nem havia visto para onde ela havia corrido, e mesmo assim a encontrou imediatamente.

Sim, se tinha alguma esperança de fugir dele, acabaram agora, ou pelo menos, viu que fugir sozinha não tinha condições.

— Coisas de vampiro. — Responde naturalmente, colocando suas mãos no bolso. — Temos que voltar, está ficando tarde pra você.

— Tudo bem, espere só mais um pouco. — ela pede, de costas curvada com as mãos nos joelhos, ainda esperando sua respiração voltar ao normal.

— Eu posso te carregar até lá, então. — comenta ele, dando um passo mais perto da humana.

— Não! Não precisa, estou ótima. — Nora diz de imediato, voltando a sua postura e saindo andando.

Caius ri fraco de sua atitude, desde que chegou Nora tem sido uma garotinha teimosa e difícil, sem medo de expressar suas opiniões e ser morta; no fundo ele adorava testar os limites da humana.

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𝐂𝐚𝐢𝐮𝐬 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢 • Eclipse SolarWhere stories live. Discover now