Otto

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𝐵𝐴𝑆𝑂𝑅𝐸𝑋𝐼𝐴

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𝐵𝐴𝑆𝑂𝑅𝐸𝑋𝐼𝐴

Caius não podia deixar aquela humana interferir nos negócios Volturi.

Essa era a desculpa que inventou para si mesmo, só pra não admitir sua preocupação caso Nora descobrisse que existe um possível exército de recém criados indo em direção aos Cullens.

Por conta disso, sumiu com o celular da garota, tinha toda certeza que Isabella não esconderia nada de sua irmãzinha, mesmo sabendo como reagiria.

E, também sabia do seu desespero quando notasse o sumiço, então sorrio levemente de lado quando observou Nora abrir sua porta do quarto apressada, mas parou imediatamente qualquer movimento que faria quando o viu escorado em uma posição bem confortável na parede do lado contrário da porta, um pouco mais longe.

— Perdeu alguma coisa, humana? — questionou ironicamente, o que fez ela ligar os pontos na mesma hora.

— Além de me manter em prisão domiciliar, irá me deixar sem conexão ao mundo lá fora? — diz cruzando os braços, mostrando seu desgosto ainda mais a tudo aquilo.

— Apenas por enquanto, sua amiguinha Alice está vigindo as decisões de Aro, então não precisamos de mais um encomodo. — Diz virando as costas, porém a garota não entendeu ser chamada de encomodo, por esse motivo seguiu atrás de Caius.

— E oque tenho haver com isso? — pergunta o alcançando.

— Quando menos você souber, melhor, humana. — Some do corredor e das vistas da garota após dizer.

— Pois eu concordo com você, vampiro ignorante. — resmungou sozinha, andando para o lado oposto, decidindo ir até a biblioteca terminar de ler o livro que começou noite passada.

...

— Precisamos ver de perto, aliás seremos nós que teremos que tomar as decisões sobre isso, estão vigiando as de Aro. — Nora conhecia aquela voz de algum lugar, mas iria sair dali, era sério, estava se tornando uma intrometida, seria a segunda vez que ouvia os assuntos desses vampiros escondida.

Entretanto tinha um certo medo de jane, quando viu que realmente se tratava dela, olhando camuflada entre os livros; então apenas se agachou indo para o fundo da biblioteca para não correr o risco de ouvirem sua respiração e apenas ficou lá, esperando irem embora.

Como aquele ambiente era fechado, enorme e havia só estantes, ocorria eco nas falas. Sendo Nora ouvinte do diálogo que acontecia agora, já que jane, Alec, Demetri e Felix entraram de repente.

— impediremos os recém criados, ou os deixamos irem até os Cullen, Irmã? — pergunta Alec, e a mortal arregala os olhos após escutar, recém criados seria vampiros recém transformados? Que estão indo até os cullen, até Bella?

— Primeiro devemos ir dar um boa olhada, certo? — Felix se pronuncia.

— Sim, quero ver o tamanho do estrago que estão fazendo, e se a próxima direção é de fato Forks. — Jane termina, dando sua decisão final sobre aquilo, e todos saem imediatamente.

Mas Nora ainda permanecia sentada no chão, com milhões de pensamentos em sua mente, tentando racionar oque escutou.

Por esse motivo a manteram "presa" ontem? Por esse motivo Caius roubou seu celular? Um exército de vampiros loucos por sangue estão a caminho da cidade que está seu pai e sua irmã, e escondem completamente dela.

A humana pensou em várias possibilidades; que talvez omitiram por terem certeza que sua família vai morrer, ou omitiram por acharem sua presença tão irritante que tudo oque menos iriam querer dela, seria um escândalo e pedidos para a levarem direto para Forks.

Tudo, menos, que alguém estaria preocupado em como iria digerir essa informação.

Seu primeiro pensamento, foi querer voltar pra casa. Porém, oque faria? Ela não era uma super heroína para salvá-los, estaria somente sendo mais uma humana para os Cullen tentarem proteger.

Nora começou a se sentir desconfortável por se passar tantas coisas em sua cabeça, não sabia mais o que pensar.

Por isso correu, correu da biblioteca, correu do castelo, correu de tudo. Era um tentativa de correr dos problemas, correr da sua vida, correr daquela vida.

Seu pobre pai sem saber de nada e ter que ficar sozinho naquela casa novamente, sua irmã sempre em perigo por querer se casar com um vampiro sendo mortal, e ela, presa na Itália porque seu destino tem que ser Caius.

Se ao menos ele fosse apenas algum cara rico e humano, que mora em um casarão na Toscana e tem problemas com seus pais; mas não, tinha que ser um vampiro, o líder ainda por cima.

Acontecimentos surreais de mais pra uma humana só.

Cansada, Nora se escorou e deslizou por um dos diversos muros de pedras de Volterra, sentindo a chuva gelada escorrer pela sua pele, esperando que limpasse sua mente e sua alma.

Voltou para si em questão de segundos, quando vivenciou toques firmes no seus braços, podendo ver Caius fixado em seu rosto, com uma expressão indecifrável.

— Isso foi um atentado de fuga ou de me deixar louco? — fala, sem quebrar o contado visual por um milésimo.

— Eu só quero a minha vida normal de novo, sem vampiros. — desabafa, desvindo o olhar, pois era difícil dizer que queria estar longe dele, olhando pra ele.

— Você tem tudo, e oque não tem, pode pedir. — diz ele, o fazendo ter a atenção da garota sobre si mais uma vez.

— Não se trata disso, eu quero o que sempre tive, minha casa em Forks, meu pai, minha irmã. Não essas coisas, eu não pedi por isso. — Caius pela primeira vez, se sentia atacado com aquelas palavras, se sentia rejeitado e amassado.

— Nora, eu sinto muito. — Isso sim, foi surpreendente. — No início não concordei com nada disso, mas parece que minha opinião não valeu de nada. — Conta, abaixando rapidamente a cabeça, e voltando a olhá-la.

— No início? — ela o incentiva a continuar, queria o ouvir, queria o entender.

— Sim, não me importo com pessoas e sentimentos, até alguns dias. — diz como se aquele fato o irrita-se, oque era verdade. — Parece que você tem algum poder sobre mim, que me faz ter vontade de ir contra qualquer coisa, se isso for te manter a salva.

Nora esperava as piores palavras vindas daquele sangue suga, menos uma declaração daquela, mal sabia como reagir, nunca chegou nesse nível na vida.

Encarava profundamente a íris avermelhada do vampiro, as vezes seu cabelo molhado despencando no seu rosto pálido, ou seus lábios bem desenhados que notou só agora, quando percebeu uma aproximação maior do vampiro sobre si.

Seus batimentos cardíacos estavam um pouco fora do normal, o que pra Nora não significava muito, mas para Caius era mais um motivo pro seu descontrole.

Sua pele tão quente se misturando a chuva gélida, sua doce expressão de espanto, seu frágil coração batendo aceleradamente bombeando tanto sangue por suas veias. Ah, como aquilo era tentador, chegou a pensar na hipótese, de que talvez amenizasse um pouco se a beijasse.

Mas, na hora que a viu fechar os olhos, se deu conta da significância que aquele ato teria para Nora, e teria para ele também, em outro momento, pois naquele, seu objetivo era outro.

Por isso parou.

— Não podemos. — fala quase como um suspiro, baixo o suficiente pela aproximação dos dois.

Nora abre os olhos no mesmo instante da fala, um tanto confusa, pois a iniciativa veio da parte dele.

— Não antes de você saber da verdade.

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𝐂𝐚𝐢𝐮𝐬 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢 • Eclipse SolarWhere stories live. Discover now