- Stella Antunes, a filha tão esperada de Zico, ou melhor, Arthur Antunes, a mesma sempre foi a Princesinha do papai, a "favorita", por isso, não tem nenhum tipo de contato com seus irmãos, só com Bruno.
- "Estrela" para íntimos, uma engenheira, que...
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SEXTA-FEIRA - 23:56
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Estou a ponto de tweetar algo desabafando.
Não é que eu esteja triste e só faltando chorar, gritar, até porque isso não vai resolver os meus problemas. Mas eu estou chateada.
Porque além de brigar com o Gabriel e o Gerson, não tô conseguindo fazer o que faço de melhor: trabalhar. Sem contar que ainda estou de TPM.
Já chorei? Odeio admitir, mas acabei de secar as raras lágrimas que caíram pelo meu rosto. Eu não chorei de tristeza, mas sim de raiva, ódio.
Odeio saber que eu poderia evitar tudo isso, evitar as brigas e o meu choro totalmente desnecessário que eu não sei o porquê disso ter acontecido do nada.
A única coisa boa que vai acontecer aqui vai ser essa porra de período menstrual ir de base e voltar só mês que vem.
Não tô conseguindo pensar, nem falar com ninguém, nem dormir e nem nada.
Nesse momento eu estou trancada no meu quarto escuro e todo bagunçado, cheio de papéis espalhados pelo quarto todo. Somente com a luz do computador iluminando o meu quarto.
Me olho pelo espelho em frente a minha cama, eu estou horrível. Maquiagem toda borrada, cabelo oleoso por tanto alisar com as mãos para tentar me conter da ansiedade, ainda com o vestido, porém manchado de suco de uva.
Alguém bate na porta, e pelas falas nervosas deve ser a Lorena.
– Amiga, o que aconteceu? Vocêchegou aqui super nervosa quebrando tudo, fui na cozinha e vi um vidro de suco de uva quebrado no chão. Abre aqui! - ela diz preocupada comigo.
Não vou respondê-la, ainda tô bem nervosa, mas não tanto quanto antes.
Respiro fundo diversas vezes, voltando a olhar para o computador cercado de números nos quais não entram na minha cabeça de jeito nenhum. Não consigo resolvê-los.
– Stella, se vocênão abrir eu vou arrombar essa porra! Eu tô preocupada contigo, só quero te ajudar, lembra de quando eu morava com você e a sua família? Você se trancava direto quanto tava tendo uma crise, e eu sempre te ajudei, não ajudei? Porque seria diferente agora? - ela conversa comigo.
– Eu não quero abrir, e se você arrombar pode ter certeza que vai se arrepender. Eu tô de cabeça cheia, não insiste. - peço me contendo para não a perturbar com meus problemas insignificantes.
