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NOAH.

TEMOS UM JOGO EM CASA HOJE E ESTOU FELIZ PORQUE SINA E MAYA VÃO ESTAR AQUI. ONTEM À noite parei e peguei algumas camisetas com o logotipo da Blaze na frente, e Urrea20, meu número, nas costas. Inferno, me excita saber que Sina está usando meu nome e número, e Maya… o orgulho me atravessa pelo fato de que minha princesinha vai me aplaudir.

Nós tivemos uma reunião obrigatória da equipe, o que significa que eu tinha que estar aqui mais cedo, então as garotas estão vindo sozinhas. Odeio isso. Queria buscá-las e lhes mostrar o estádio antes que ele começasse a encher. Da próxima vez, vou fazer acontecer, porque definitivamente haverá uma próxima vez.

— Por que está olhando para o seu telefone? — Josh pergunta, inclinando-se sobre o meu ombro.

— Nada, cara. Si disse que ia me mandar uma mensagem quando chegasse aqui e até agora nada.

— Tenho certeza de que ela vai estar aqui — diz ele, tomando seu lugar ao meu lado na frente de seu armário. — Como estão indo as coisas? Sinto que você nunca mais sai com a gente. Nos jogos fora, você corre de volta para o quarto e, quando estamos em casa, você também não sai.

— Não poderia ser melhor — digo a ele honestamente. — Sou louco por ela, por elas.

Ele assente.

— Vou ter que pedir à Larissa permissão para você sair com os meninos? — ele brinca.

— Não. Não preciso de permissão. Preferiria estar com elas agora. Viajar leva toma muito tempo e, quando ficamos longos trechos na estrada, será difícil ficar longe delas.

— Ela amarrou você. — Ele sorri.

— Ambas amarraram. — Assim que as palavras saem da minha boca, meu celular vibra e uma foto de nós três que tiramos no zoológico ilumina minha tela. — Ei, querida, vocês estão aqui?

— Sobre isso — ela suspira, — não podemos ir.

— O quê? Por quê? O que está acontecendo? — atiro perguntas. Eu estava realmente ansioso para elas virem hoje.

— M não está se sentindo bem. Ela estava reclamando de sua garganta a incomodando na noite passada, então não disse mais nada esta manhã. Pensei que talvez fosse apenas alergia.
Começou a ter uma febre baixa há cerca de uma hora. Dei a ela um remédio e ela se aconchegou no sofá assistindo Pocahontas.

— Posso falar com ela?

— Pode.

Eu espero enquanto ela entrega o telefone para Maya.

— Noah — ela grita ao telefone, e eu me sinto um idiota por fazê-la falar.

— Ei, princesa. Não diga nada, só queria dizer para você se sentir melhor. Estarei aí logo, assim que meu jogo acabar.

— O-kay — ela murmura.

— Devolva o telefone para a mamãe. — Eu ouço o arrastar enquanto ela dá o telefone de volta para Sina.

— Desculpa…

— Não se desculpe por ser uma mãe incrível. Odeio que ela esteja doente e eu, preso aqui. Estarei aí assim que o jogo acabar.

— Não precisa fazer isso. Não podemos arriscar que você fique doente. Você viaja na terça por uma semana.

— Mais uma razão para eu estar aí. Preciso vê-la. Vocês precisam de alguma coisa? O que posso levar? — divago com perguntas, antes que ela tenha tempo de respondê-las.

— Eu ia pedir à mamãe para vir ficar com ela para que eu pudesse sair e comprar uns picolés e sorvete.

— Eu levo no caminho para casa.

— Noah, está tudo bem, de verdade. Nós cuidamos disso.

— Sei que você cuida, mas quero ajudar. Só se aconchegue com a nossa garota e eu estarei aí em breve.

— Ok. Tenha um bom jogo.

— Obrigado, querida.

Terminamos a chamada e o desejo de correr para fora do estádio e para elas é forte. Tão forte que aperto o celular na mão, uma guerra dentro de mim. Sei que é apenas uma dor de garganta, mas ela nunca esteve doente, não desde que eu entrei na parada e… realmente não sei. Apenas sinto que elas precisam de mim.

— Você está bem? — Josh pergunta.

— Maya está doente, dor de garganta e um pouco de febre. Elas não vão vir.

— Que merda.

— É — digo, ainda segurando meu celular.

Apoiando os cotovelos nos joelhos, olho para minhas chuteiras. Como os caras das famílias lidam com essa merda?
Meu celular vibra na mão. Levantando a cabeça para ver quem é, sorrio quando vejo o nome de Sina.

SINA: Estamos bem aqui, Noah. Se concentre no jogo.

SINA: Acabe com os Badger.

SINA: Assistiremos você na TV.

Ela me conhece bem o suficiente para saber que eu estava pensando em dizer foda-se o jogo para ir até elas. Parece ridículo até para mim. É uma dor de garganta. Ela sabia que eu precisava ouvir.

EU: Leitora de mentes?

SINA: Leitora de Noah.

EU: Ha ha. Vejo você em breve, baby.

SINA: Estaremos aqui.

Guardando meu celular no meu armário, termino de me vestir para o jogo. Quanto mais cedo começar, mais cedo terminará, e eu posso ir para minhas garotas. Isso é algo que nunca pensei que sentiria quando se tratava de beisebol. O beisebol tem sido minha vida desde que eu era criança.

Sina e Maya mudaram minha perspectiva de vida. Tenho uma ótima vida e investi bem. Estou pronto para a vida. Amo o esporte, mas eu as amo mais.

Congelo.

Adoro-as.

Amo-a. Eu disse a Maya que a amava porque ela é uma criança fofa e é difícil não amar, mas é mais do que apenas fofa. Eu a amo. É que eu quero ser o homem de quem ela depende. Quero ser a figura paterna em sua vida. E a mãe dela, Sina, é a única que quero.

Meu coração a quer.

Minha alma a quer. Cada parte de mim a quer.

Eu amo minhas garotas.

Além das Bases | Noart Onde as histórias ganham vida. Descobre agora