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SINA.

O DIA HOJE PARECE QUE ESTÁ SE ARRASTANDO. SEI QUE É POR CAUSA DA EXPECTATIVA DE VER NOAH
novamente. É assustador e excitante. Ainda me preocupo com o fato de Maya ficar muito apegada, mas não posso protegê-la da vida. Eu gostaria que pudesse, mas sei que a realidade é que, se eu fizer isso, ela nunca estará preparada para ficar sozinha um dia. Um dia, bem distante, no qual não quero pensar.

— Ei — Any me cumprimenta. — Você esteve aqui o dia todo?

— Sim, peguei o turno da manhã. Tenho uma hora até ir embora — digo, olhando para meu relógio.

— Dia difícil? — Ela ri.

— Na verdade, foi tudo tranquilo. Estou só esperando meu turno acabar.

— Uh-huh. E por quê? Você tem um encontro quente?

— Vou pegar M na casa da mamãe logo depois do trabalho.

— Está ignorando minha pergunta.

— Não é um encontro.

— Ceeertoo. — Ela arrasta a palavra. — Claro que não é.

— Me atualize sobre o que está acontecendo em sua vida.

Olho para a tela, esperando ver minha seção completa para não precisarmos falar sobre isso.

Não que eu não fale com Any, eu falo. Ela tem estado muito aqui por mim, mas esse relacionamento com Noah é novo e tenho medo de falar sobre isso. Não quero azarar. Essa é minha preocupação.

— Vivendo o sonho, e você? — Ela joga para mim de volta.

— Nada a relatar — minto. Ela me dá um olhar de “sei que está mentindo” e cruza os braços à frente do peito.

— Tente novamente.

— Tudo bem, nós estamos saindo. Ele liga e manda muitas mensagens. Ele foi ao jogo de M ontem.

— Ele foi? — Ela sorri. — Presumo que ele tenha sido a atração principal?

— Os pais estavam se derretendo para conversar com ele. As crianças ficaram boquiabertas… — Paro e penso nisso.

— O que não está me contando?

— Nada, ele foi ótimo. Quando lhe pediram um autógrafo, ele disse que estava com a família e que ligaria para o escritório principal para fazer isso, mas não naquele momento.

— Então agora você é família dele? — Seu sorriso é tão grande que acho que posso ouvir a felicidade no som de sua voz.

— Foi apenas uma maneira de ele não dar autógrafos. Ou nós teríamos ficado lá a noite toda.

Ela me estuda alguns minutos e eu tento não me contorcer sob seu olhar.

— O que mais?

— Nada, nós ficamos na casa dele antes disso.

— Porra, Sina, é como arrancar dentes obter qualquer informação de você. O que há?

— Eu só… não quero azarar isso. Realmente gosto dele, e acho que Maya já está se apegando a ele também. Tudo está acontecendo tão rápido.

— Você é a única que pode julgar a velocidade que acontece o que for que vocês dois têm. Se parece certo, parece certo. Maya é uma garotinha forte. Ela pode lidar com isso. Você não pode protegê-la de se machucar a vida inteira.

— Sei disso. Eu sei, e estou deixando-o entrar. Parece que foi um furacão. Ele nos chama de “suas garotas”. — Tento esconder meu sorriso, mas é inútil.

Além das Bases | Noart Where stories live. Discover now