010

533 42 3
                                    

SINA.

PENSEI EM FALAR À MAMÃE QUE EU TINHA QUE TRABALHAR ALGUMAS HORAS, PORÉM DECIDI NÃO falar. Eu sabia que, assim que pedisse a ela que cuidasse de Maya para que eu pudesse ir a um encontro com ninguém menos que o solteiro mais elegível do Tennessee, de acordo com o Google, admito que fiz algumas pesquisas, seu sorriso seria enorme e permanente em seu rosto. Ela está sempre me dizendo para sair mais, namorar e fazer as coisas por mim. Sempre dou a mesma resposta: ninguém despertou meu interesse, e ela e Maya, bem, e Any são toda a vida social de que preciso.

Eu estive em alguns encontros desde que Steven faleceu, mas geralmente eram encontros duplos com Any, que nunca levam a mais do que jantar e algumas bebidas. Talvez eu esteja quebrada.

— Vá se divertir. Não precisa se apressar — mamãe diz, com Maya em seu quadril. — M e eu estamos indo para o parque, depois pensei em fazer um bolo.

— Yay! — Maya lança seus pequenos braços no ar e aplaude.

— Vou chegar às cinco — digo novamente. Ela revira os olhos divertidamente.

— Bem, se as coisas mudarem, não se preocupe conosco. Na verdade, eu estava esperando uma festa do pijama.

— Posso, mamãe, por favor, por favor? — Maya implora.

— Mãe, você já fica muito com ela.

— Claro que fico. É para isso que são as avós. Vá, nós cuidamos disso. Se divirta, viva um pouco. Leve o tempo que precisar. Vejo você amanhã no café da manhã.

— Tenho que estar no trabalho às dez.

— Então é melhor se levantar e se mexer, preguiçosa. — Ela ri, e Maya a imita, jogando a cabeça para trás em gargalhadas. — As panquecas e o bacon estarão prontos às nove.

— Obrigada, mãe. — Eu me inclino e dou a ambas um abraço, beijando M na bochecha. — Você, seja boazinha com a vovó.

— Mamãe, eu sempre sou boazinha — ela diz dramaticamente. Minha filhinha tem quatro anos, mas já é esperta.

— Vocês, meninas, se comportem — digo, com um aceno final quando corro pela porta.

No caminho todo até o The Vineyard, tento não pensar sobre hoje, sobre esse encontro com o qual concordei. É muito difícil continuar resistindo a ele.
Entrando no estacionamento, eu o vejo em sua caminhonete. Ele pula e corre para minha porta, abrindo para mim.

— Oi, Si. — Ele se inclina e beija minha bochecha.

— Oi — digo, sem jeito. Eu me sinto uma adolescente tonta quando estou com ele. Preciso parar com isso. Sou uma mulher adulta, mãe. Ele é apenas outro cara. Não preciso deixar seu trabalho e sua fama me intimidarem.

— Você está pronta? — ele pergunta.

— Claro, o que vamos fazer?

— Pensei muito sobre hoje e decidi compartilhar algo que amo com você.

— Oh — digo, sem saber o que falar. Noah Urrea não é nada do que eu esperava. Ele continua me surpreendendo.

— É, então pensei que poderíamos comer alguma coisa. Sei que você precisa estar de volta às cinco, então espero ter tudo bem planejado.

Eu me sinto um pouco culpada pelo prazo. Quando disse a ele às cinco horas, era para manter minha filha em sua rotina. Bem, e para manter distância dele. Ele é sexy e encantador, e eu preciso de toda a ajuda que puder.

— Parece legal — finalmente digo. O que devo dizer a ele é que não há limite de tempo, mas parece que não consigo empurrar as palavras além dos meus lábios. O passeio está cheio de conversas casuais. Noah me pergunta sobre a faculdade e meu trabalho.

Além das Bases | Noart Onde as histórias ganham vida. Descobre agora