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NOAH.

VOLTO PARA DEBAIXO DO CHUVEIRO E PARA LONGE DELA. SEI QUE ESTE TRABALHO É O SEU SUSTENTO. Quase disse a ela para pedir as contas e me deixar cuidar delas, mas sou melhor do que isso.

Quero que ela alcance seus sonhos e objetivos de vida. Sei que trabalhar no The Vineyard não é o sonho dela, mas é o que coloca comida na mesa para ela e Maya. Então, em vez disso, desisto e deixo a água quente cair sobre mim enquanto mantenho os olhos colados nela. Seus olhos estão fechados enquanto ela ensaboa os cabelos e inclina a cabeça para enxaguar o shampoo. A água e o sabão escorrem por seus seios, e eu só quero tocá-la ali, em todos os lugares. Ela é meu vício.

— Você tem condicionador? — ela pergunta.

— Não — sufoco a palavra. Estou tão consumido pela luxúria que falar, quando ela está nua, molhada e a poucos metros de distância, é quase impossível.

— Ok. — Ela pega meu sabonete, derrama algumas gotas na palma da mão, esfrega-os juntos e, em seguida, ensaboa todo o corpo.

Eu coloco as mãos em punhos ao meu lado, lutando contra o desejo de assumir o controle. Meu pau está duro como aço enquanto a assisto. Estou meio tentado a cuidar disso aqui e agora.

Imagino seu corpo molhado deslizando contra o meu enquanto ela agarra meu pau, da base à ponta, lentamente me deixando louco. Se não fosse pelo fato de eu saber que a coisa real, o calor dela, é melhor do que qualquer orgasmo autoinduzido, eu o faria. Há também o pequeno fator de ambos nos atrasarmos. No entanto, posso ver o desejo em seus olhos; não sou só eu quem está ligado, mas a respeito e o fato de ela se recusar a se atrasar para o trabalho. Além disso, essa coisa entre nós é uma maratona, não só um lance.

— Você está bem, Urrea? — ela me pergunta. Seu sorriso é contagiante.

— Já acabou?

Ela joga a cabeça para trás e ri.

— Sim, acabei. — Ela sai do banho.
Tenho que fechar os olhos para não segui-la. Meu pau está puro aço, então alcanço o registro e viro a água para o frio. Eu me encolho quando ele atinge minha pele aquecida, mas tempos desesperados exigem medidas desesperadas. Não preciso chegar ao treino com um taco entre as pernas. Sou todo a favor de brincar, mas os caras nunca me deixariam viver isso. Uma vez que tenho as coisas sob controle, termino o resto do meu banho na água gelada, sem correr nenhum risco.

Tomo meu tempo me secando, esperando que Sina tenha tido tempo para se vestir. Dando-lhe tempo para cobrir seu corpo lindo, não que isso faça diferença. Vestida ou nua, anseio por ela.

— Quanto tempo dura o treino? — ela pergunta, quando entro no quarto. Está completamente vestida de calça e camisa pretas, o uniforme para o The Vineyard.

— O dia todo. Musculação, depois campo e depois filme.

— Uau. O dia todo. Presumi que fossem algumas horas ou algo assim.

— Quero dizer, sim, sou bom para isso. Os outros precisam de toda a ajuda que conseguirem. — Sorrio.

— Aham — ela responde com uma risada. — Acho que da próxima vez que eu vir Josh, vou pedir a opinião dele sobre o assunto — ela brinca. Ando em direção a ela e a levanto em meus braços, seus pés balançando do chão.

— Está tentando me deixar com ciúme?

— Não, mas você está?

— Pode ter certeza. — Pressiono os lábios nos dela rapidamente, então a coloco de volta em seus pés. — Não posso ficar muito perto de você agora — confesso.

— Mais um pouquinho e nenhum de nós vai sair deste quarto hoje.

Ela sorri para mim. Seus olhos estão brilhando, e meu peito incha sabendo que fui eu que coloquei esse brilho lá. É como se ela finalmente estivesse se abrindo para mim e, mesmo que eu achasse que nunca seria possível, ela é ainda mais bonita. Talvez seja porque sei que ela é minha.

— Então, tem certeza de que quer que a gente volte aqui hoje à noite? Não quer uma folga?

— Vou embora amanhã e só volto até quinta-feira.

— Eu sei, entendo se quiser uma pausa antes de sair.

Coloco um braço em volta de sua cintura e a puxo para perto.

— A única coisa que eu quero são minhas garotas aqui comigo, assim posso absorver o máximo de vocês duas antes que pegue a estrada.

— Verdade? — Ouço esperança em sua voz.

— Sim. Pegue a princesa M e venham para cá o mais rápido que puderem. Vou comprar o jantar a caminho de casa.

— Pensei em fazermos algo na grelha.

— Acho que a M gostaria mais de pizza de queijo.

— Você não pode ficar mimando-a — diz ela com uma voz severa, a qual não me incomoda.

— Claro que posso. Ela é minha princesa. — Beijo o nariz dela e a solto do meu aperto. — Tenho que ir. Te vejo hoje à noite. — Um beijo rápido em seus lábios e vou para longe dela em direção à porta do quarto.

— Espere! — ela grita. — Estou quase pronta. Vou com você. — Ela corre para pegar suas roupas e colocá-las de volta na bolsa.

— Está bem. Você tem algum tempo ainda. Vou verificar o pátio e as portas da frente. Apenas certifique-se de fechar a porta da garagem com o controle que eu te dei e está tudo bem. — Volto para ela, simplesmente porque posso, e a beijo mais uma vez. — Tenha um bom dia, Si. — Com isso, saio do quarto, pego minhas chaves e carteira e saio correndo pela porta. Vinte minutos depois, estou entrando no vestiário ainda com um sorriso bobo.

— Por que parece que você acabou de bater um grand slam no final do nono tempo? — pergunta Josh, sentando-se no banco ao meu lado.

— O que foi? Um cara não pode ter um bom dia?

— Claro que pode, mas isso — ele aponta para o sorriso que eu não consigo controlar —, é mais do que apenas um bom dia.

Concordo.

— A vida é boa, meu homem. Apenas vivendo o sonho.

Ele me estuda, e um sorriso lento curva seus lábios.

— Sina.

— Um cavalheiro nunca diz — repreendo, colocando celular, chaves e carteira no meu armário.

— Desde quando?— ele pergunta, cruzando os braços à frente do peito.

— Desde Sina — confesso.

— Não brinca. — Ele bate a mão no meu ombro. — Você finalmente a pegou?

— Finalmente — concordo. Um tempo atrás, eu não tinha certeza se ela iria me dar uma chance.

— Está pronto para tudo isso? Ela é mãe, Noah.

— Estou pronto — asseguro-lhe.

Eu não tenho medo do fato de Sina ser mãe solteira. Inferno, no mínimo, isso a favorece ainda mais para mim. Sei pelo que as mães solteiras passam, a luta para sobreviver, a luta para ser ambos os pais. Ela é uma das mulheres mais fortes que conheço.

Ele balança a cabeça e isso encerra nossa conversa. Ele me conhece. Sou um homem de palavra. Se estou dentro, estou dentro e, quando se trata de Sina e Maya, não há outro jeito.

Além das Bases | Noart Where stories live. Discover now