Capítulo 27

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Alya Cross

Era como se faltasse chão sobre os meus pés, tudo parecia passar em câmera lenta. A minha tia foi contratada para vir aqui me matar e somente por isso veio, mas ainda não sabia e ao chegar aqui conhece o meu namorado que é mafioso, ou nem sei se ele realmente é meu namorado. O Arnold é um mafioso, ele estava escondendo algo tão importante de mim e somente me contaram porque vão querer me controlar e pra isso e evitar os questionamentos me disseram.

Mas eu não quero passar isso de novo, viver com medo e dependendo da outra pessoa pra garantir minha seguridade, correndo o risco de amanhã acordar e saber que outra pessoa que eu amo morreu e eu ter que assistir, e toda aquela dor de volta eu não posso suportar, eu não quero.

Senti minha respiração falhar, minha cabeça girar e tudo ao meu redor passar em câmera lenta quando saí daquela sala e no fundo eu só queria que o Arnold viesse atrás de mim e dissesse que tudo vai ficar bem, não que ele ia me proteger, mas sim que isso seria um grande mal-entendido, porém isso não aconteceu...

Ele não veio. Era tudo verdade.

Ouvi distante a voz de Levi me chamar e ele vir até mim, mas ergui a mão pra que se afastasse. Eu não conseguia respirar, parecia que algo tomava o meu fôlego e me tirava de órbita, só queria sair dali. Só precisava sair dali eu tinha que respirar outra vez.

Chamei o elevador e assim que a caixa de metal se abriu adentrei e apertei no térreo sentindo que a sensação de angústia e aperto só piorava ali, mas rapidamente quando o elevador se abriu fui em direção a saída.

-Alya.. -ouvi me chamar e tudo que eu menos queria era ter que responder então fui passando direto sem responder nem olhar pros lados. -Alya está tudo bem? Você está pálida, precisa de algo? -ouvia dizer, mas não sabia de onde vinha.

A passos rápidos logo atravessei a porta e estava na calçada onde passavam muitas pessoas, mas eu tentava regular minha respiração descompassada.

Dei mais alguns passos e me encostei numa parece na esquina, apoiando uma mão na parede e a outra no joelho. Sentindo como se o mundo agora estivesse passando ainda que lentamente, mas eu estava imóvel ali.

Com o movimento das pessoas indo e voltando eu mal consegui perceber quando um homem aparentando pouco mais de trinta anos parou na minha frente perguntando se estava tudo bem e apenas afirmei com a cabeça, em seguida sua mão veio até meu ombro fazendo uma breve massagem de alento e no mesmo instante senti no local uma leve pinicada. Olhei para ele e a única coisa que entendi foi ele dizendo:

-Boa noite bonequinha.. -antes de sentir minha visão escurecer, os meus pés flutuarem e meu corpo ceder totalmente sem eu poder dizer uma só palavra.









Arnold Smirnov

Maitê tentava me convencer que eu precisava deixar a Alya respirar e raciocinar toda essa situação nova que lhe cerca, mas o meu coração apenas queria ir atrás dela levá-la pra casa e ainda que me xingasse poder saber que está por perto.

Repentinamente o celular de Maitê começou a tocar, a princípio ignorou, mas em seguida pelas investidas insistentes foi ver de quem se tratava as mensagens. No mesmo momento o telefone da minha sala tocou indicando uma ligação diretamente da recepção o que achei estranho, mas logo atendi.

-Senhor, levaram a Alya. -disse a recepcionista e fiquei totalmente sem reação, anestesiado como se não ouvisse.

-Quem? Como? -questionei esbravejando.

-Ela saiu aqui muito transtornada e andou alguns metros de distância daqui, chegando na esquina um homem se aproximou falou algo com ela que em seguida caiu em seus braços e foi posta em um carro que ja estava próximo, pelo homem e em seguida arrancaram em disparada. -apenas ouvi aquilo e desliguei em seguida.

Assim que retirei o telefone do ouvido olhei pra Maitê que desde que vi não parecia ser o tipo de mulher que se rende a algo, mas estava com os olhos marejados.

-Levaram a Alya! -falamos em uníssono.

-Acabei de receber uma sequência de mensagens de algum numero dizendo isso. -falou e me entregou o celular para que visse as mensagens.

"Achei que fosse mais profissional querida, você só tinha uma função dar fim na garota e foi de imediato ficar amiga dela e mudar de lado querida, ou vai me dizer que ela despertou em você seu lado maternal. A questão é que monstros não amam querida e esse especialmente que está do seu lado é um claro exemplo disso, ou achou que eu não iria investigar se fez tudo certo, mas você se deixou levar Tormentação e escolheu o lado perdedor porque eu serei vitorioso e sou inevitável e me vingarei de seus maus passos. 

Diga ao Arnold que irei cuidar muito bem da pequena dele, costumo tratar bem os mais achegados e ela não terá uma morte lenta e dolorosa, mas garantirei profundos momentos de tortura os quais ela preferirá morrer do quê lembrar todos os dias"

Ler aquilo me consumiu de ódio como somente senti do Bóris na minha vida, eu estava dando tiros ao ar, não sabia quem poderia ser o maldito a estar por trás disso e agora estavam com a Alya, o amor da minha vida a pessoa por quem eu darria a minha vida pode morrer somente por estar ao meu lado e me amar.

-Precisamos achar a Alya! -exclamei e Maitê parecia estar fumengando odio em especial de mim, mas não falava nada e quando sai da sala apenas me seguiu atrás.

....

-Aparentemente haviam mais dois homens dentro do carro senhor, tentamos correr, mas foi inútil. -disse um dos seguranças da portaria.

-Viram placa, modelo do carro algo que possa ser útil? -questionei.

-Sim, não sei a placa. Mas se tratava de um Bentley Continental GT preto. -aquilo não era grande informação, mas ajudaria em algo.

-Venha. -falei a Maitê e a mesma me seguiu.

Fomos para a garagem e peguei a chave do  Hennessey Venom F5 no painel, alarrmando em seguida.

-Não é o mais discreto. -disse.

-Mas é o mais veloz. -falei e entrei no carro onde em seguida ela também entrou, logo arranquei saindo da garagem e entrando nas ruas que esse horário infelizmente estão lotadas em Moscou.

....

Assim que chegamos a base Maitê que se questionava como iriamos achar a Alya me olhou meio surpresa e arrisco dizer que assustada. Eu estava dando o melhor de mim para ser racional a única vez que perdi alguém importante na minha vida de maneira brutal foii minha mãe quandoa ainda era criança e pouco me lembro, meu tio morrera por velhice e a Alya era meu mundo eu não poderia perder ela; mas infelizmente a Maitê já havia assado por algo assim mas recentemente e a Alya é responsabilidade dela.

Arnold- Spin-off de Os Ceos da MaffiaWhere stories live. Discover now