Capítulo 24

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Arnold Smirnov

A forma como a Alya me expulsou da sua casa foi o de menos, o que me intrigou foi o fato dela ter mentido, e agora mais que nunca eu quero saber quem é essa tia dela que nunca sequer me falou nome e não quer que eu a veja.

Liguei para Abham mais ainda esta em Florença e me passou contato de uma  de seus homens para que me informe sobre o que preciso e agora estou em frente a tela do computador analisando as informações que ele me passou que até onde vi não são muito importantes. Aparentemente  a Alya não é exatamente pobre como pensei, seus pais eram influentes onde residiam na Polônia antes de serem mortos num incêndio no qual somente ela sobreviveu a cerca de 10 anos atrás, como Alya ainda era menor de idade sua tia que era uma modelo disputada na Polônia, como sua única parente ficou responsável pela sua guarda desde então conhecida como Maitê Kowalski, esta que desde então abandonou a carreira e mais nada se sabe sobre ela. As informações sobre o incêndio que ceifou a vida dos pais de Alya são vagas e incompletas tendo suspeitas de um incêndio proposital e ao mesmo tempo por um vazamento de gás o que foi tido como certo desde então.

A cada informação incompleta que eu tinha menos pareciam se encaixar as coisas e com mais dúvidas a respeito da Alya eu tinha, me senti errado pois ela também pouco sabe de mim, mas eu preciso saber essas informações tanto para poder protegê-la de mim e sabe-se lá se dessa tia também, porque é impossivel se saber tão pouco de alguém, é como se a mulher tivesse virado um fantasma.

No mesmo momento em que eu tentava compreender esse quebra-cabeça com peças faltando recebi uma mensagem da Alya.

"Podemos jantar juntos? Quero te apresentar a minha tia, mas se não puder tudo bem

Beijos, Alya"

Eu não faltaria a esse jantar por nada nesse mundo é claro que vou, então logo respondi confirmando minha presença e marquei o restaurante ideal.





Alya Cross

De todas as coisas maravilhosas que poderiam acontecer nesse dia as que eu mais poderia desejar se concretizaram, o homem que amo me ama e minha tia veio me visitar.

-Então vocês começaram a namorar hoje? -questionou enquanto segurava uma taça de vinho branco andando e me observando, minha tia pode ter mudado todos seus hábitos, mas a postura impecável de modelo jamais será perdida, ela parecia uma rainha andando.

-Sim e eu estou inteiramente apaixonada por ele tia, é diferente dessa vez, é como se ele fosse quem eu sempre procurei sem nem mesmo procurar. -afirmei e sei que faz todo o sentido estar preocupada, desde que meus pais morreram ela cuidou dos negócios de familia e bom de mim, seus hábitos que já eram perversos por assim dizer só se intensificaram e ela me protege desde então.

Quando meus pais foram mortos e tia Maitê se responsabilizou totalmente com a minha segurança me jurou proteger e deixar fora de toda sujeirada que infelizmente o meio em que nasci e cresci se caracteriza, ela mais que ninguém se empenhou em aniquilar um a um dos que tentavam contra mim e tentaram contra a vida de meus pais. Mas sabia que eu não poderia viver toda a vida presa sobre uma sombra para não me tocarem e por isso que me mandou para a Rússia e por mais que eu não precisasse trabalhar eu sempre quis construir sozinha minha própria independência livre do dinheiro dos meus pais.

-Verei no jantar isso, mas agora tenho que ir. -disse repousando o copo sobre a mesa de centro.

-Onde vai, não conhece nada aqui.. -falei e ela me olhou como se eu fosse um bebê que não sabia andar.

-Querida, cheguei até aqui, não cheguei? -disse e concordei positivando com a cabeça. -Pois então.. e além do mais tenho um trabalho aqui. -agora fazia sentido ter vindo mais cedo. 

Não gosto de saber que minha tia é uma assassina de aluguel e pode estar em risco a qualquer momento.

-Agora querida não pense  muito, tenho que ir. -ela notou meu semblante cair com o que disse anteriormente e logo falou isso.

[...]

Assim que chegamos no restaurante e minha tia viu o Arnold se assustou, deu pra ver na sua expressão facial, quer dizer desde que chegou dessa suposta reunião a trabalho está com uma fisionomia assustada.

-Boa noite senhoritas. -Arnold disse e me cumprimentou com um beijo casto e a minha tia com um aperto de mão. -Vejo que a beleza é algo recorrente na familia. -disse ao nos acomodar nas cadeiras e em seguida se sentar.

Logo o garçom veio e pedimos as entradas, havia um silêncioo e um clima tão pesado entre nós. Tentei algumas vezes puxar conversa para que dialogassemos mais na maioria das vezes era cortado. 

-Mas e então Arnold se a Alya decidisse voltar a Polônia o que faria? -não entendi o sentido daquela pergunta da minha tia do nada, não tenho a menor vontade de voltar a Polônia.

-Tia que pergunta é essa eu não tenho a menor intenção de voltar a Polônia no momento, tenho uma vida aqui.. -lhe chamei atenção, mas parecia não me escutar e somente esperava a resposta de Arnold.

-Querida você tem um emprego aqui e um namorado, emprego que pode conseguir outro, e bom namorado.. -não entendi o porque dela estar sendo tão argilosa, não parecia a Maitê, não parecia a minha tia parecia a Tormentação (como é conhecida por ser assassina de aluguel).

-Eu iria atrás da Alya onde fosse. -foi a única resposta que deu e foi realmente significativa pra mim, mas as atitudes de minha tia não.

Me levantei rapidamente e fui em direção ao toalete, mesmo que pudesse errar o caminho, mas não queria mais ver aquele maldito circulo que minha tia fazia.

Entrei na porta a minha frente e somente vi meu reflexo no espelho e em seguida vi minha tia entrando no banheiro.

-Querida desculpe-me.. -disse e veio em minha direção.

-Por que? -foi o que lhe perguntei. -Pra que fez isso, quer me ver infeliz se foi pra isso que veio então com certeza veio para acabar com a minha vida porque ta estragando tudo. -por mais que aquelas palavras fossem doer eu precisava dizer, minha tia mais que ninguém sabe toda a insegurança que tive e tento vencer dia a dia e vem fazer isso agora.

-Querida desculpa eu só queria saber se realmente é o homem certo pra você Alya. -disse e veio até mim me abraçando. -Algo nele não é assim tão bonito quanto vê e quero que saiba disso.. -falou deixando em aberto e eu não retruquei mais.

....

Conversei um pouco com a minha tia e ela me acalmou e disse que iria embora, mas não era isso que eu queria, só que alegou que eu precisava ficar um tempo com o meu namorado.

Arnold- Spin-off de Os Ceos da MaffiaWhere stories live. Discover now