Capítulo 6

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Alya Cross

Cada vez o trabalho se vinha fazendo mais difícil e eu ainda tinha que lidar com o temperamento da Diana e do Arnold. Ela sempre reclamando e querendo mais assistência e ele me sugando como se somente eu trabalhasse na concessionária, o que me acalma é saber que hoje é sexta e vou poder passar o final de semana na minha cama quentinha e sem nada pra me irritar, mas segunda-feira terei de lidar com outro secretário e não faço ideia de como é o seu temperamento.

Afastei esses pensamentos de minha mente quando saí de minha sala, voltei mais cedo da hora de almoço e aproveitarei que Arnold não estar para organizar a sua mesa, esta muito bagunçada e me dá agonia ver tanto papel espalhado. Desde que ele me deu essas funções começamos a trabalhar literalmente lado a lado, o que não é exatamente fácil não só por Arnold ser exigente, mas pela forma diferente que me sinto com a sua presença, ela me deixa tímida e nem sou assim tão tímida.

Estava de frente a mesa depois de arrumar vendo se o ângulo me agradava, mas vi que os papéis estavam fora de sincronia, então me curvei sobre a mesa para arrumar melhor.

-Ótimo.. -falei a mim mesma ao ver o resultado.

-Não sabia que gostava tanto de organização.. -ouvi falar atrás de mim e me assustei na mesma hora.

Quando virei pude ver a figura de meu chefe parado a porta com as mãos nos bolsos da calça, seus olhos estavam sobre me corpo e senti como se me analisasse. A forma como ele olha é capaz de deixar qualquer mulher louca e querer transar com ele...quer dizer puta merda em que estou pensando ele é meu chefe e sem dúvidas não faço seu tipo, só devo ter esse tipo de pensamento pois não transo desde que terminei meu relacionamento.

-Eu, eu só arrumei, mas não quis ser intrometida.. -me atrapalhei com o que falava ao ver ele me olhando e se aproximando daquela forma.

-Não precisa ficar nervosa, acho que preciso de você bem mais do que achei Alya Cross... -não compreendi o que falava, pois a forma que dizia era tão predominante e com ele se aproximando ainda mais difícil era. -Devo realmente estar precisando de você arrumando esse caos. -dizia tão próximo a mim que pude sentir seu hálito quente sobre minha pele.

Me desviei rapidamente ao notar a maior proximidade e ele virou o rosto fechando brevemente os olhos.

-Vamos começar então de onde paramos? -sugeri sem jeito, mas na verdade tudo que eu menos precisava agora era sentar ao seu lado.

-Claro.. -disse de forma automática e apontou para que me sentasse na cadeira ao lado da sua e assim o fiz.

Por hora estamos analisando algumas coisas ainda a maneira antiga e outras pelo computador, Arnold quer que instalem um novo computador e aumentem a sua mesa, faz questão que estejamos lado a lado, e fico feliz de meu trabalho estar sendo valorizado.

Percebi que ele estava no celular e não quis interromper, mas assim que se virou para ver os modelos que lhe mostrava na tela do computador outra mensagem chegou em seu celular, foi automático e acabei olhando a notificação.

Aidan: Você precisa transar com ela sim!

Foi estranho, mas aquela mensagem me trouxe um certo desconforto.

....

O decorrer do dia foi produtivo e posso estar equivocada, mas acho que o Arnold vai contratar definitivamente a Diana, parece simpatizar com ela, ou não, ainda temos o Levi próxima semana.

Estou agora falando com minha tia sobre isso.

-Você é uma excelente amiga por estar ajudando ela.. -disse, mesmo que minha tia não goste do nome Diana e por isso sem conhecer já diz para eu não confiar tanto, superticiosa demais as vezes.

-A Diana foi uma das primeiras pessoas que conheci aqui, quer dizer ela e você sabe quem. E agora é um dos poucos laços que tenho afinal acho que o pessoal da empresa não conta. -falei sorrindo amo conversar com minha tia.

-E então seu chefe parou de ser um chato? -questionou.

-Hum.. -demorei a responder pensando no que aconteceu hoje a tarde. -Acho que sim.. -falei em tom diferente.

-E esse sorriso ai, quero conhecer ele e ver se aprovo, vou ai na Turquia.. -disse rindo e me entusiasmei ao ouvir aquilo.

-Você vem mesmo? -perguntei com alegria.

-Não querida, não posso pra sua própria segurança... -disse e meu sorriso se esvaliu. -Não fique assim, acho que deveria desligar a chamada e sair um pouco curtir a noite.. -comentou.

-Sinto sua falta.. -sussurrei. -Mas bom, não vou sair só, acho que vou terminar o balancete que trouxe para ajustar e amanhã iriei.. -comentei e ela riu, sabe que sou mais reservada.
....






Dia seguinte (sábado/domingo, por volta dás 01h30)



Minha vontade é de nunca mais sair e ao mesmo tempo de sair e matar aqueles dois, me joguei na cama fedendo a álcool mesmo, sei que minha face deve estar toda borrada também.

Não sei que parte foi pior, ouvir eles dois zombando e rindo de mim no canto daquela boate enquanto falavam de quão bom é o lance de viver o escondido, como faziam debaixo do meu teto ou ver os dois transando naquele canto como provavelmente fizeram aqui várias vezes. Eu me odeio por ter confiado tanto na Diana e no Charles.

Me senti tão mal por saber que o cara que eu chamava de amor e a garota que considerei a minha melhor amiga me traíram da pior forma possível.

Preferi nem sequer tomar banho e apenas engoli alguns comprimidos com a água para dormir e esquecer isso tudo.

[...]

Não faço ideia se isso foi normal, ou se foi pela mistura do álcool e remédios pra dormir, mais acordei por volta de 13h45 da segunda-feira, passei todo domingo dormindo e as imagens ainda estavam frescas em minha memória.

Peguei o celular somente para pedir vinho e inevitavelmente vi as notificações de chamadas da minha tia e até mesmo da Diana, se aquela cínica soubesse que já sei de tudo. Larguei o aparelho sobre a mesa ignorando a chamada de Arnold, sei que devo correr o risco de ser demitida agora, fui burra mas não estou em condições de ir à empresa.

...

Meu pedido acabou chegando quase que às 17h00, mas compreendo que liguei duas vezes para pedir comida italiana e confundi a entrega do vinho ligando errado.

Basicamente essa é minha primeira refeição em quase dois dias e o vinho está queimando meu estômago, esqueci o quão quente a bebida se torna e acende o corpo. Apenas ignorei e assistindo casos criminais continuei bebendo vinho como uma louca sentada no sofá.




Clube dos que odeiam a Diana já esta aberto!

Arnold- Spin-off de Os Ceos da MaffiaWhere stories live. Discover now