Minha Namorada Fake

Capítulo 25

Valentina P.o.v

Depois que eu me sentei na frente dela e sorri pra mesma, ela só se aproxima de mim e aquilo me deixa um pouco receosa do que ela ia fazer, mas quando ela me da um selinho, eu logo correspondo, me aproximando mais dela, e quando eu vou intensificar aquele beijo, ela morde meu lábio se afastando de mim e eu entendi que não era pra se transformar em mais. 

Luiza: - me... desculpa... - ela fala envergonhada abaixando a cabeça e aquilo me entristece pois possivelmente ela fez por pura impulsividade, sua forma de demonstrar gratidão.

Valentina: - tudo bem... não se preocupa, já foi meu bem... - me arrumo no sofá e ela se aproximou deitando no meu peito e eu abraço ela passando a mão em seus cabelos, acho que melhor do que ficar naquele clima esquisito eu deveria mudar de assunto. - Eu sei que você faz faculdade, mas não sei de que, quer contar? 

Luiza: - bom, como tudo que eu fiz na minha vida foi sempre em prol da minha família, eu faço marketing... - ela pega o sorvete e uma colher e começa a comer enquanto eu ouvia o que ela falava - meu pai no início sabia fazer um marketing, mas depois de um tempo com novos clientes, ele não soube mais atender e vender os produtos dele, nisso eu tomei a iniciativa pra ajudar na empresa, assim que eu passei na faculdade, e comecei o curso, ele fez a besteira de apostar tudo em ação achando que com isso contrataria uma equipe pra poder substituir os antigos funcionários... mas deu tudo errado, ele teve que demitir todo mundo pra juntar dinheiro e tentar se reerguer... mas ai me vender foi mais fácil

ouvir a voz dela falando aquelas coisas, com a voz carregada em decepção, me fez sentir meu peito doer, ainda mais que eu amo ser livre dessa forma, e praticamente viver em função da família, em agradar, em desistir das coisas que eu queria pra deixar a família bem, eu até conseguiria em partes fazer isso, mas não dar minha vida completamente como a Luiza fez, e o que me indigna mais é mesmo depois de tudo, eles não serem gratos pra ela. 

Valentina: - e qual seu sonho? o que você gostaria de fazer, me conta, quero saber da verdadeira Luiza, não quero a Luiza filhinha dos pais. - falo animada tentando olhar pra ela, queria animar ela, queria fazer aquele sorriso tão lindo aparecer de novo, queria trazer cores pra essa sala só com a presença dela. 

Luiza: - Não veja isso como puxa saco pra você viu - ela fala brincando comigo e isso já me anima pois ela já estava mudando a seu humor. - bem... meu sonho sempre foi modelo, mas acho que não tenho altura pra desfiles, passarelas, mas adoraria ser modelo, fazer varias campanhas, sair por ai viajando pra modelar, eu odeio frio, imagina sair do inverno aqui do brasil e sei lá, ir pro verão europeu tirar fotos? nossa meu sonho, mas fazer o que... nem tudo que sonhamos é o que temos na nossa vida. - ela fala abaixando a cabeça novamente pegando mais sorvete e eu senti que aquele momento era hora da Valentina palhaça aparecer.

Valentina: - mentira isso ai, sonhei com você na minha vida e olha agora - assim que eu falo ela olha meio espantada pra mim então continuo - mas acho que meu sonho foi meio confuso, ou o destino não entendeu direito, eu to pegando uma casada. - assim que termino ela que estava com o cenho franzido cai na gargalhada deitando a cabeça no encosto do sofá e eu dou risada junto com ela, não pelo que eu falei, mas porquê tudo com a Luiza era contagiante, sua alegria, sua risada, sua essência.

Luiza: - casada nada viu, sou sua noiva, que foi quer me dar pro seu irmão pra depois me roubar de volta? - ela pergunta parando de rir colocando as mãos em sua cintura tombando a cabeça um pouco de lado segurando um riso fraco

Valentina: - vamos imitar aquela novela.... puta esqueci o nome dela, o cara aparece no casamento da mulher, sequestra ela num cavalo, leva ela pro meio do nada, e os dois vivem ali apaixonados.... eu acho que é assim a novela... a unica coisa que eu lembro era do cavalo branco ajudando em um sequestro - falo confusa tentando fazer os meus divertidamentes escolherem a memoria certa pra que eu lembrasse ou o nome ou a cena, nada deu certo e volto a mim com a risada da Luiza