Capítulo 21

2.1K 222 70
                                    

Valentina P.o.v

Quando a porta se abre e ela me puxa pra dentro de uma sala me surpreendo com o que eu vejo, era uma sala grande, sem móveis e outros cômodos, era uma sala unica, como se fosse um armazém, mas era completamente decorado.

Dentro dele tinha um sofá de palete, com almofadas espalhadas pra todos os lugares, algumas plantas nos cantos da sala, uma estante com livros, mas o que me espantou em entrar nessa sala foi vários, e quando eu digo vários, quis dizer muitos, mas muitos legos de vários locais do mundo, ali eu vi a Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Estatua da Liberdade, Cristo Redentor, Torre de Pisa, Torre de Miroku (torres japonesas), e não era só isso, mas também alguns quebra cabeças em formatos de quadros colados na parede, vi ali Veneza, Cecilia, Times Square, Monte Fuji, muralha da China.

Valentina: - Meu Deus Luna, isso... nossa é incrivel - falo me aproximando das coisas que ela montou vendo cada detalhe com os olhos brilhando 

Luna: - Obrigada de verdade, deu trabalho montar esse meu cantinho aqui - ela fala indo pro sofá que tinha ali separando as coisas na mesinha baixa que tinha ali, parecia uma mesa de centro reaproveitada 

Valentina: - eu aposto que deve ter demorado e muito, tentei montar uma vez a minha moto versão lego e eu surtei depois de ver quanta pecinha pequena tinha, perdi varias e nunca consegui montar. - arrumo minha postura indo na direção dela me jogando no sofá junto

Luna: - bom, você queria uma vista pra poder comer seu pastel com caldo de cana, eu trouxe você pro meu mundinho, onde você olhando pra direita está em Paris, um pouco mais pra lá já chega na Itália, se virar total oposto tem Japão, entre outros países, só escolher - ela fala brincando e eu dou risada da maneira que ela pensou achando aquilo tudo um máximo.

Valentina: - de onde você tirou essa ideia de construir seu próprio mundinho? tipo, porquê você fez tudo isso aqui? hobby? gosta de quebra-cabeças?  - pergunto interessada dando a primeira mordida no pastel que estava quente ainda graças a Deus, e fecho os olhos saboreando por finalmente estar comendo alguma coisa. 

Luna: - bem, meio que.. eu sempre tive vontade de viajar o mundo, conhecer cada cantinho dele, poder voltar pra casa cheia de histórias do que eu fiz, do que eu vi, das culturas que participei, das loucuras e perrengues que eu passei - ela fala com um sorriso triste, enquanto desembrulhava o seu lanche, eu achei que ela estava cabisbaixa por conta de estar olhando o pastel na sua mão mas depois percebi que não

Valentina: - eii... qual motivo de não ficar mais animada com seu sonho? você é nova, e pelo que você montou aqui, você já tem até seus destinos traçados, não fique assim...

Luna: - é meio difícil não ficar assim, eu sempre juntei cada dinheirinho que eu podia, desde pequena que tenho esse sonho, mas nunca tive apoio nenhum da minha família, sempre me colocaram pra baixo, falando que filha de quem trabalha na feira nunca vai sair por ai viajando o mundo, e cada vez que eles falavam isso pra mim, e eu acreditava, eu comprava um desses, e o tempo que eu passava montando, eu me imaginava lá, em cada pecinha dos quadros, em cada montagem do Lego... então por falta de apoio eu sempre me sabotava e acabava gastando o dinheiro que tinha guardado... e depois de um tempo desacreditei que poderia realmente viajar, ai transformei minha forma de viajar nesse cômodo. - ela fala com tristeza na voz, fala como se realmente tivesse sofrido muito pra cada viagem que ela não fez, olhava ao mesmo tempo pra cada quadro e brinquedo com orgulho, e tristeza, como se tivesse lembrando das viagens imaginárias, mas logo ficando triste por não ter realmente vivido elas.

Valentina: - mas você não pode ficar com isso na cabeça Luna, você pode sim viajar pra qualquer lugar que voce queira, você já sabe juntar dinheiro, vai pesquisando passagem, locais pra voce ficar, eu... eu sou mochileira na verdade, vivia viajando pelo mundo, e não vou falar que é fácil viver da forma que eu vivi, pra mim foi mais facil já que eu falava os idiomas dos países que eu fui, mas tudo da um jeito. - falo sorrindo pra ela segurando sua mão dando apoio pra ela, e vejo um pequeno sorriso aparecer em seus labios olhando pra mim acenando com a cabeça 

Minha Namorada FakeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora