As Cores do Amor | jjk + pjm

🏳️‍🌈 Neném dodói

Capítulo 28
Neném dodói

Nosso retorno para Seul foi tão tranquilo quanto a ida e, mais uma vez, Jungkook dormiu em meus braços, encolhido em uma mantinha devido aos sintomas de um resfriado que, repentinamente, começaram a aparecer nele. Quando notei a espirradeira sem fim e a respiração se tornando difícil, junto com seu rosto um pouco quente, logo entendi que nossa mistura de temperaturas não o ajudou muito nesses quatro dias.

Pegamos muito sol, o gelado do mar, banho quente, ar-condicionado frio no quarto, nossos corpos quentes em um atrito bem gostoso... fizemos uma mistura grande de mudanças climáticas e Jungkook não se alimentou muito bem nesses dias, também. Logo, não é surpreendente que ele fique um pouco doente. E não é nada bom, mas vou tomar conta dele e garantir que fique tudo bem.

Hoje de manhã, fomos para as nossas aulas, encontramos nossos amigos e estudamos para recuperar os dois dias perdidos. Deu tudo certo, dentro do possível, mas Jungkook piorou muito. Tanto é, que eu coloquei todos os seus pertences em caixas enquanto ele dormia um pouco e levei tudo para o meu carro e para o dos pais do meu amor, permitindo que ele descansasse um pouco mais. Até dor de cabeça ele estava sentindo.

E agora, nós estamos terminando de colocar suas roupas no guarda-roupa que até um dia atrás pertencia somente a mim. Eu já tinha aberto um espaço para tudo que ele poderia trazer. Meu apartamento pode ser pequeno, mas eu tenho móveis planejados nos lugares certos para que nós dois tenhamos o espaço necessário. Além disso, ainda há um quarto de bagunças, onde podemos colocar mais alguma coisa caso seja preciso.

— Meu corpo todo dói. — Ele diz, e há um biquinho doloroso em seus lábios. — Aquelas caixas a gente arruma amanhã, por favor.

— Não tem problema, amor, não temos pressa. — Afirmo, deixando um beijo em sua testa. — Por que não toma um banho quentinho enquanto eu finalizo essas blusas?

Ele concorda todo amuado e tristinho e eu o dirijo um sorriso, apenas para tentar o tranquilizar. Sei que ele não está bem e que precisa de cuidados, mas sorrir para ele mostra que estou aqui e que tomarei conta dele sempre, não importa o que aconteça.

O nosso “na saúde e na doença” começou antes mesmo do casamento.

Enquanto ele pega seu pijama de um tecido que lembra pelúcia e se direciona ao banheiro, eu dobro as últimas blusas de Jungkook e as coloco na gaveta. Outro sorriso me escapa assim que percebo que, em poucas horas, eu mudei o meu status de “namorando” para “morando juntos”. E eu nunca cheguei nesse nível, nunca fui tão longe com alguém, mas também sequer quis isso em qualquer outro momento.

É engraçado pensar que, com Jungkook, eu desejei estar ao lado dele desse jeito desde que o conheci.

Talvez a nossa brincadeira constante de dizer que somos almas gêmeas, seja mesmo uma verdade.

Ao finalizar a organização das roupas, desmonto as caixas para poder guardá-las e as deixo em um cantinho onde não serão capazes de nos atrapalhar. Eu gosto de deixar tudo em seu devido lugar, detesto bagunça e agradeço muito que Jungkook também é assim. Desse jeito, sei que nunca teremos uma briga por um assunto tão bobo como toalha molhada em cima da cama, ou algum objeto fora do lugar.

Quando volto para o quarto, vejo meu amor deitado de bruços na cama, utilizando uma calça de pijama e um moletom cinza na parte de cima. Seus cabelos estão secos, porque ele os lavou hoje pela manhã e eu os sequei antes de sairmos para a faculdade.

É ao ver um hidratante corporal sobre a mesa de cabeceira e me lembrar da dor que ele disse estar sentindo no corpo inteiro, que eu me aproximo e pego o pote, logo subindo na cama e me sentando sobre, confesso, sua bunda. Jungkook parece se assustar com meu ato, mais ainda quando deslizo as mãos quentinhas por sua nuca e seu rosto conforme me debruço sobre ele sem soltar todo meu peso para não o machucar.