Livros, chá, músicas diferentes e Matt Smith.
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Sim, esta é uma história sobre o amor entre duas pessoas, mas não só sobre esse amor. Ela é sobre os sonhos que parecem inalcançáveis; sobre as inseguranças que nos atormentam e a superação delas. É...
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Eles andaram por mais alguns metros, até que Cecília parou de frente para outra entrada. Matt sentiu a garota apertar o seu braço.
━ É aqui ━ um brilho tomou conta dos olhos dela quando eles entraram no espaço onde ficava o palco.
Cadeiras com um estofado vermelho ocupavam aquele espaço, levando até o palco no fundo. Era ali que aconteciam as principais peças de teatro do The Vaults, assim como sessões de cinema em um telão que era posto no palco.
O lugar estava vazio naquele momento. Cecília soltou Matt e começou a andar de um lado para o outro, tão impressionada que quase tropeçou e caiu em um dos degraus.
━ Isso não é incrível?! ━ ela se virou para Matt. ━ Um teatro construído embaixo da cidade!
Matt estava parado alguns degraus acima dela com as mãos nos bolsos, observando-a como se estudasse cada reação da garota.
━ Sim ━ ele sorriu. ━ É incrível.
Mas estaria ele falando sobre o mesmo que ela?
A empolgação de Cecília desapareceu um pouco quando a garota parou de frente para o palco. Ela ficou pensativa, como se relutasse em dar o próximo passo. Os pensamentos negativos começaram a surgir, dizendo-lhe que tudo aquilo era errado, que ela não era e nunca seria digna de pisar naquele palco.
━ Os camarins ficam atrás daquelas cortinas? ━ Matt parou ao lado dela.
━ Sim, nos fundos do palco ━ respondeu ela.
━ Então vamos ━ ele estava quase pisando no palco quando Cecília segurou o sobretudo dele. ━ Ei, Cecília, o que foi?
━ Eu não deveria estar aqui ━ ela o soltou e deu um passo para trás. ━ Não posso subir nesse palco assim, não sou uma atriz daqui. Isso é contra as regras, é contra tudo...
━ Pois que se danem essas regras! ━ Matt soltou e pisou no palco sem nenhuma cerimônia. ━ Vamos, se eu posso, você também pode ━ ele estendeu a mão na direção dela e sorriu. ━ Confie em mim, Cecília.
Às vezes Cecília tinha vontade de bater nele por fazer aquilo com ela, influenciá-la daquela maneira que a deixava louca. Quando o viu pela primeira vez naquela livraria, jamais imaginou que aquele rapaz tranquilo e gentil também pudesse ser tão... selvagem e rebelde.
Uma rebeldia que faltava nela.
Cecília se aproximou e segurou a mão dele, e os dois seguiram em direção aos bastidores atrás do palco.
